QUESTÃO SOCIAL NO BRASIL
Por: Tharcíla Vargas • 3/12/2018 • Trabalho acadêmico • 656 Palavras (3 Páginas) • 182 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS - CFCH
ESCOLA DE SERVIÇO SOCIAL - ESS
QUESTÃO SOCIAL NO BRASIL
Discente: Tharcíla Vargas Labi Souza
Docente: Cecilia Paiva Neto Cavalcanti
Resenha do texto “UBERIZAÇÃO TRAZ AO DEBATE A RELAÇÃO ENTRE PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO E TECNOLOGIA”
O texto é um a entrevista concedida pela doutra em Ciências Sociais pela Unicamp, Ludmila Costhek Abílio fala sobre o um termo usado nesses últimos anos de “Uberização”, falando de forma grossa se trata de novas tecnologias que são usadas para precarizar as relações de trabalho, veremos a seguir mais a fundo como ele se aplica.
Na entrevista ela bate na tecla que a principio a automatização do trabalho era vista como algo bom para o proletariado, pois se tinha a ideia de que lhe traria benefícios, mais ao longo de seu bate papo podemos observar que com ela o trabalhador perdeu a sua força, para as máquinas, um exemplo que pode ser observado é a instalação de telas de touch que fazem a função do caixa em redes de fast food ou em lojas de departamento.
O termo também pode ser usado no quando se há uma ideia ilusória de que você é o dono do seu próprio negócio, o aplicativo uber é um exemplo concreto, pois por meio dele o motorista acha que manda em seu horário de trabalho e descanso, mas caso negue algumas corridas o aplicativo diminui sua avaliação e o penaliza lhe concedendo corridas curtas.
Outra coisa também é a questão de gastos, o trabalhador que usa dessa ferramenta para obter seu salário custeia gasolina, manutenção, eventuais acidentes e não tem seguridade em relação a direitos trabalhistas, pois é visto como um trabalhador que trabalha pra si, podemos lhe chamar de manoempreendedor.
A empresa de gerencia o aplicativo criou uma nova forma de exploração sem que o explorado tome consciência disso, a eliminação do Estado nesse meio faz com que o trabalhador não possa correra atrás de possíveis prejuízos, pois não existe vinculo empregatício justamente por se tratar de um pessoa que trabalha si. Outro ponto interessando é que a empresa usa a expressão “parceiro” para relacionar o motorista assim ganha fidelidade, pois o mesmo não se vê como uma pessoa que trabalha para outra, eliminando a questão de que tenha um patrão.
Outro aplicativo que trabalha de forma semelhante é o Ifood e o Uber EATS, eles são usados por microempresas para a entrega de seus pedidos alimentícios, trabalham da mesma forma que o citado no parágrafo anterior, fornece infraestrutura para os trabalhadores que usam da sua força de trabalho com a garantia somente do seu salário, mesmo o definindo, criando regras e estímulos.
Cita-se sobre a transformação do trabalhador em um trabalhador just-in-time que é usando conforme a demanda de seus serviços, e esses apps deram a essa forma de exploração da mão-de-obra a uberização não é nenhuma novidade o que há de novo e a forma como ela é organizada pelo capital, pois é novidade um trabalhador se gerenciar.
Pode-se observar que grandes empresas terceirizam a mão-de-obra de pessoas, as mesmas usam do seu trabalho para aumentar seu capital sem pagar os direitos trabalhistas fazendo com o Estado seja ausente, o empregado tenha a ideia ilusória que trabalha pra si e que é o dono do seu próprio negócio, a criação do termo de “parceiro” ou “Colaborador” é usada para aproximar aquele que vende a sua força de trabalho de quem explora a sua força.
O texto de Ludmila se encaixa totalmente nos dias atuais, com a uberização, o trabalho está cada vez mais precário e terceirizado, caso o trabalhador não tenha noção alguma de leis trabalhistas, sobre como se iniciar um carnê de aposentadoria ou a criação de um CNPJ para que assim tenha seus direitos assegurados, ele estará à mercê de grandes companhias que irá explora-lo, pois não consegue observar que na verdade não é o dono de si e muito menos o gerenciador do seu negócio.
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