Relação de família e violencia contra a mulher
Por: amanadaborges • 20/6/2016 • Trabalho acadêmico • 1.083 Palavras (5 Páginas) • 275 Visualizações
Antigamente a violência contra a mulher era tratada como um problema entre marido e mulher e também era considerada de forma natural nas relações familiares, pois a mulher era tida como uma pessoa sem vontade própria dentro do seio familiar ela não podia expor sua opinião e era obrigada a cumprir ordens. A violência de gênero é uma manifestação de relações de poder historicamente desiguais entre homens e mulheres, em que a subordinação não implica na ausência absoluta de poder (SAFFIOTI; ALMEIDA, 1995).
Com o tempo e com a luta das mulheres esta situação foi se modificando, a mulher a cada dia está conquistando o seu espaço dentro da sociedade. Hoje a violência contra a mulher é tratada como um problema para o qual existe diversas formas de punição, mas para essas punições serem aplicadas é preciso reconhecer os tipos de violência e denunciá-lo. A violência contra a mulher pode ser definida de uma maneira simples: é qualquer ato ou ação que leva ao sofrimento físico ou psicológico de outra pessoa e também aquele leva ao sofrimento sexual. A violência conjugal pode acontecer em casa ela pode ser cometida pelo o marido, companheiro ou companheira, pai e até irmão, por conta desse problema se reflete de forma bastante negativa no desenvolvimento dos filhos.
É relevante mencionar que a violência praticada no ambiente familiar, a saber, violência doméstica é considerada no Brasil e no mundo com uma das mais cruéis, e perversas, pois a mesma é praticada por uma pessoa, mais próxima. O lar que teoricamente deveria ser o abrigo acolhedor passa a ser um ambiente perigoso à vítima, resultando em medo, apreensão, ansiedade constante, envolvendo também as emoções e relações afetivas. Dias (2007) afirma que isto acontece simplesmente por que:
O homem sempre teve como seu espaço privado, qual seja, nos limites da família e do lar, ensejando assim a formação de dois mundos: um de dominação, produtor (interno). Dessa forma, ambos os universos, públicos e privado, criam polos de dominação e de submissão. E, com relação a essas diferenças é que foram associados papeis ditos como ideais a cada gênero: ele, o homem, como provedor da família, e a mulher como cuidadora do lar, a cada um desempenhando sua função.
A violência doméstica e é um dos problemas mais graves que devastam a sociedade brasileira e familiar é uma violação aos direitos humanos contra a mulher, apesar de mais comum o ambiente doméstico a violência contra a mulher pode acontecer também em outros lugares como no local de trabalho uma característica básica dessa violência é que com o passar do tempo ela vai aumentando de intensidade os atos de agressão vão se intensificando geralmente relacionados com desejos de uma pessoa controlar e dominar a outra. Porém um tipo de violência contra as mulheres considerado até mais prejudicial que a violência masculina geralmente é deixado de lado. Trata-se da violência que as mulheres cometem contra as próprias mulheres a violência doméstica entre mulheres. Está violência pode deixar marcas ainda mais profundas do que a violência masculina, pois muitas vezes as vítimas não tem a quem recorrer. Pode-se dizer que o preconceito sexual que os homossexuais sofrem afeta diretamente a violência doméstica que cometem ou sofrem, já que o parceiro que sofre a violência muitas vezes tem dificuldade de encontrar apoio externo (família, instituições e organizações) e também pode-se citar a falta de preparo do apoio externo com estas situações.
No entanto fica mais difícil entender a agressão no caso das lésbicas, pois as mulheres são consideradas como submissas e não-violentas. Estes mitos, somados à definição da violência doméstica como um problema heterossexual e às campanhas de educação voltadas somente para heterossexuais, fazem com que homossexuais que se encontram em situação de violência doméstica tenham dificuldades em definir seus problemas de relacionamento. Além disso, a falta de modelos saudáveis de relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo permite aos agressores convencer as vítimas de que este é um comportamento normal. A vítima é levada a crer que este problema é um reflexo de sua falta de experiência ou entendimento de relações homossexuais (Lehman, 1997).
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