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Resenha do Livro: Capitalismo monopolista e serviço social

Por:   •  21/6/2018  •  Resenha  •  1.662 Palavras (7 Páginas)  •  3.102 Visualizações

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Resenha sobre o livro “Capitalismo Monopolista e Serviço Social” do autor José Paulo

Netto, 2º Edição - São Paulo: Cortez, 1996

José Paulo Netto é graduado em Serviço Social pela UFJF, Doutorado pela PUC-SP e

Professor Titular na Escola de Serviço Social da UFRJ. Conhecido também por ser um

intelectual marxista que visa mesclar seu engajamento político com a leitura e produção

teórica, sendo um dos grandes divulgadores do marxismo crítico no Brasil , além de tudo

realizando traduções de obras de Engels, Lucáks, Lênin e o próprio Marx.

Além da obra citada no começo do escrito, José Paulo Netto também produziu outras obras

como “Introdução ao estudo do método de Marx”, “O que todo cidadão precisa saber sobre o

comunismo”, “Ditadura e Serviço Social”, entre outros livros.

O texto apresenta a reconfiguração da dinâmica do capital em sua transição de capitalismo

concorrencial para o capitalismo monopolista, que vai resultar em uma série de mudanças,

desde a atuação do estado, esse que foi capturado pelos monopólios, em políticas sociais, a

fim de garantir a preservação e reprodução da força de trabalho, reestruturar as relações

sociais, como também a intensificação das expressões da questão social, sendo todas essas

mudanças como etapas necessárias para a reprodução do capital

“Capitalismo Monopolista e Serviço Social” é dividido em 2 Capítulos: As condições

históricas da emergência do Serviço Social e A estrutura sincrética do Serviço Social.

Dentro desses capítulos existem 4 itens no primeiro capítulo que vão montando uma narrativa

das condições históricas e suas alterações de acordo com as mudanças políticas e sociais, que

vão influenciar profundamente o surgimento do Serviço Social, não como atividade que

institucionaliza a caridade, mas sim, um profissão inserida na divisão sociotécnica do

trabalho, onde o estado necessita de um trabalhador qualificado para exercer a função.

No Segundo Capítulo existem 5 itens que vão tratar da progressão da profissionalização do

Serviço Social que é respaldada pelo Conservadorismo e pela análise do movimento da

realidade, que pode ser resumido em uma bandeira crítica do Serviço Social, totalizando 165

páginas

O texto começa colocando a legitimação do Serviço Social a Questão Social, em outras

palavras, só existe Serviço Social de forma institucionalizada porque há Questão Social.

É a necessidade do capital em se ampliar cada vez mais é que vai gerar e intensificar as

expressões da questão social, é inerente ao capitalismo a produção de mazelas, frutos da

ordem burguesa.

O Capitalismo Monopolista absorve as contradições do Capitalismo concorrencial e cria

novas contradições, necessitando da reafirmação de leis gerais e a constante alteração das leis

específicas inerentes ao estágio também conhecido como imperialista, visando através do

controle de mercados a ampliação do lucro, afinal, podendo controlar o preço é possível

também controlar a taxa de lucro, já que monopólios podem progressivamente aumentar seu

preço, consequentemente, sua margem de expropriação, além disso é afirmado que os investimentos vão se concentrar nos setores de maior concorrência, que o trabalho vivo é

economizado através da introdução das novas tecnologias e custos de venda sobem, em

contrapartida diminui o lucro dos monopólios e aumenta o número de consumidores

improdutivos. A centralização dos capitais leva a um fenômeno específico do capitalismo

monopolista que é a Supercapitalização, que é o crescimento exponencial dos excedentes,

nem mesmo a indústria bélica, a migração de capital ou a queima de excedentes em

atividades que não criam valor solucionavam a supercapitalização. Outro fenômeno

destacado é o parasitismo da burguesia vista de dois ângulos, um ao engendrar a Oligarquia

financeira e a burocratização da vida social, multiplicando ao extremo atividades

improdutivas e setores terciários que consolidam a monopolização. O ápice da contradição

capitalista vem da apropriação individual e da socialização da produção, dinamizada pela

reconfiguração do estado, mais intervencionista, não se resguardando apenas as funções

políticas como também a funções econômicas, atuando mais na esfera estratégica onde se

fundem atribuições diretas e indiretas do estado, tornando-se um administrador da crise

inerente ao capitalismo. O estado passa ser um responsável primário pela manutenção e

reprodução da força de trabalho, tal como, da força de trabalho empregada e excedente, que

sazonalmente vai ser aproveitada de acordo com as necessidades do capital.

No item seguinte, o texto aborda o enfrentamento das expressões da Questão Social no

capitalismo monopolista se dá através da intervenção do estado que é dual: Atua com

políticas

...

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