Serviço Social e Constituição Histórica
Por: leonardodelimajp • 14/10/2016 • Trabalho acadêmico • 2.007 Palavras (9 Páginas) • 220 Visualizações
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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul
Campus Virtual
[pic 3] | Avaliação a Distância |
Unidade de Aprendizagem: Serviço Social e Constituição Histórica
Curso: Serviço Social
Professor: Darlene de Moraes Silveira
Nome do estudante:
Data:
Orientações:
- Procure o professor sempre que tiver dúvidas.
- Entregue a atividade no prazo estipulado.
- Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.
- Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).
Questão 1: (3,0)
No tópico 2, Martinelli (2000) argumenta que a identidade profissional primeira do Serviço Social é formada em um contexto contraditório, antagônico e excludente, representando, portanto, a posição de um grupo dominante com objetivos próprios. Neste enfoque, a profissão assume uma “identidade atribuída”.
Considerando esta afirmativa, elabore um texto de 20 linhas explicando:
- Por que o contexto de origem desta profissão no Brasil pode ser considerado antagônico e contraditório; (1,0)
- Quais interesses ou objetivos do grupo dominante ficavam evidentes e a quem se atribui esta identidade; (1,0)
- O que representa o termo “identidade atribuída”. (1,0)
O Serviço Social no Brasil e a atuação dos profissionais, tem na sua origem no capitalismo, por meio das manifestações dele decorrente, bem como de suas demandas, onde determinou o processo de constituição do SS no país. Tendo sido formado por interesses da classe dominante (detentores dos meios de produção do comando do capitalismo), a Igreja e o Estado, que se configuram num forte bloco dominante que subjuga e mantém o controle social sobre a classe de trabalhadores.
Estes buscavam meios e formas para “acalmar os ânimos” do proletariado. Nada mais fácil que adotar uma postura, digamos que “zelosa” com os trabalhadores e necessitados, onde pudesse maquiar as reais intenções do grupo dominante, por serviços especializados ou específicos que possam estabelecer estratégias de conciliação ao completo cenário que se apresentava.
O interesse do grupo dominante se insere na divisão sociotécnica do trabalho como necessidade expressa do sistema capitalista vigente, onde buscavam afirmação e consolidando práticas sociais capazes de minimizar seus efeitos pauperizados e excludentes, bem como respondendo de modo superficial e não transformador às inquietações manifestadas pela classe trabalhadora naquele período, que estavam desgostosos com a situação que se encontravam.
E neste terreno de interesses lança uma “identidade atribuída” ao Serviço Social, roubando-lhe a possibilidade de construir, ou melhor percorrer seus próprios caminhos, não deixando rastros verdadeiros de prática social, a partir dos agentes/sujeitos que lhe dá materialidade, o que só ocorreria posteriormente, como reflexo dos movimentos profissionais de reformulação da profissão, destacando na América Latina o Movimento de Reconceitualização.
Questão 2: (2,0)
A institucionalização da prática profissional em Serviço Social sofre grande influência da ampliação das instituições assistenciais católicas. Várias delas são destacadas em seu livro didático. Para formular esta resposta você irá:
- Analisar e descrever as principais características destas organizações, suas intencionalidades, suas posições políticas ideológicas e doutrinarias e o tipo de prática que defendiam. (1,0)
Sociedade de Organização da Caridade – 1869 – Inglaterra
Objetivo - racionalizar as assistências e colocar em bases cientificas, porém, acabou prestando um bom serviço ao capitalismo e visto como um instrumento para amenizar a pobreza e até mesmo para diminuir a revolta da população. Surgiu com o resultado da união entre a burguesia, Igreja e Estado, aliando-se aos reformistas sociais para a normatização da prática da assistência social diante da sociedade burguesa. As primeiras assistentes sociais profissionalizaram na prestação de serviço social, que era o projeto hegemônico da burguesia como uma prática humanitária, sancionada pelo Estado e protegida com a ilusão de servir.
Escola de filantropia aplicada (Training School in applying Philantropy) – 1898 – Nova York
A Escola de Filantropia Aplicada de Nova York, abriu originalmente como um programa de verão de seis semanas em Nova York em 1898, foi o primeiro programa de ensino superior para treinar pessoas que queriam trabalhar no campo da caridade, incluindo o desenvolvimento infantil e ao trabalho juvenil, nos Estados Unidos. Tornando-se uma parte da Universidade de Columbia em 1904.Foi a primeira escola do trabalho social nos Estados Unidos, no qual os cursos foram ministrados por Mary Richmond, sob a responsabilidade da Sociedade de Organização da Caridade para agentes sociais voluntários.
Escola de Serviço Social – 1925 – Chile
Funda-se, nesse contexto a primeira escola de Serviço Social no Chile em 1925, tendo como seu fundante Alejandro Del Río (que era médico), que foi a Bélgica para conhecer os outros centros de formação acadêmica. Ele obteve uma resposta parcial ao criar uma escola para formar profissionais destinados a complementar o trabalho médico. As principais características dessa escola foram: sua origem que está próxima da esfera das necessidades de expansão estatal, e pela imposição das demandas das classes operárias.
Centro de Estudos e Ação Social de São Paulo (CEAS) – 1932 – São Paulo
Objetivo – Promover a formação de seus membros pelo estudo doutrinário social da Igreja e fundamentar sua ação nessa formação doutrinária e no conhecimento aprofundado dos problemas sociais, visando tornar mais eficiente a atuação dos trabalhadores sociais e adotar uma orientação definida em relação aos problemas a resolver, favorecendo a coordenação de esforços dispersos nas diferentes atividades e obras de caráter social. Essa entidade teve papel preponderante na criação da primeira Escola de Serviço Social do Brasil, ocorrida em 1936.
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