A ECOLOGIA DAS INTERAÇÕES PLANTAS-ANIMAIS
Por: amandatrovati • 5/11/2021 • Resenha • 1.954 Palavras (8 Páginas) • 143 Visualizações
Plantas são a base nutricional para os herbívoros.
Na era paleozoica (cerca de 360 400 milhões de anos) - primeiras interações planta -animal – plantas semelhantes a musgos (briófita), samambaias (pteridofita) e coníferas (gimnosperma).
Registros fosseis indicam que os insetos eram números e haviam muitos besouros, moscas, mariposas primitivas de língua curta, vespas.
Inicio do cretáceo surgiram as angiospermas, as magnoliáceas atuais apresentam flores semelhantes as flores daquela época.
Fecundação 🡪 depende da polinização 🡪 transferência de grãos e pólen ate o estigma receptivo de uma flor da mesma espécie, que, em condições adequadas possibilitara o crescimento do tubo polínico e a fecundação.
Indícios fosseis indicam que os insetos da época faziam a polinização de forma generalista e não especializada. As primeiras polinizações foram de maneira acidental durante interações de herbivorias.
AS PRIMEIRAS INTERAÇÕES ENTRE FLORES E INSETOS:
Mesmo as angio sendo mais novas que as gimno, o numero de angio atualmente é 293x maior por causa das iterações angio x insetos – polinização e polinização cruzada (alta dispersão).
Angiospermas primitivas eram bissexuadas e de tamanho médio e isso facilitava a polinização, mesmo na presença de insetos não especializados, capazes de causar danos as estruturas florais durante a visitação. Muito tempo depois, muitas espécies já possuíam adaptações ou especializações com maior quantidade de pólen ou compostos capazes de agrupar os grãos, que otimizou nos processos de coleta e transporte, facilitando a especialização por polinizadores interessados nesse recurso.
Evidencias fósseis indicam que a polinização é mais antiga que a polinização pelo vento, e que os besouros e moscas (generalistas) são grandes responsáveis.
POLINIZAÇÃO E MUTUALISMO:
Grande parte das interações por polinização podem ser consideradas mutualísticas. É vantajosa para as plantas por ampliar o numero de sementes formadas e especialmente por levar a maiores taxas de fecundações cruzada, mas como custo, há o gasto energético da produção de néctar e de uma grande quantidade de pólen e de outros recursos florais.
Para os animais o maio benefício é a obtenção de alimentos para os adultos e sua prole, desenvolvimento da prole, obtenção de materiais para o revestimento de ninhos, substancias precursoras de feromônios sexuais de atração. Porem como custo, os animais ficam mais expostos a seus predadores e parasitoides, durante o tempo em que permanecem na flor para a coleta ou o uso in loco dos recursos oferecidos.
PILHADORES
Interação de flor-visitante não é considerada como mutualismo porque apenas uma das espécies é beneficiada. Isso é chamado de pilhagem ou roubo. O animal apenas pega o recurso oferecido e ñ realiza a polinização. A pilhagem ocorre quando o recurso floral é coletado sem causar danos nas estruturas da flor enquanto que o roubo é a coleta de recurso com dano na estrutura floral.
Há também caso de polinização que não pode ser considerada mutualística, que é quando a planta é beneficiada pela transferência adequada de polen mas o animal não recebe nada em troca, isso é chamado de polinização por engodo. Onde a flor produz uma atraente imitação química, tátil e visual de um recurso alimentar e atrai o polinizador e não lhe oferece nada em troca.
COMO DIFERENCIAR POLINIZADOR DE PILHADOR
Deve-se observar a ecologia da interação entre a flor e o visitante e o comportamento do animal no momento da coleta floral.
FLORES: ASPECTOS GERAIS
Tudo que tá nessa parte – não sei se precisa – pg 119 do livro.
RECURSO FLORAS:
Polen, néctar, perfume, óleo e resinas são atraentes para o polinizador.
Pólen: gametófito masculino produzidos nas anteras de todas as flores estaminadas e bissexuadas e é um recurso muito procurado pelos insetos e outros animais. Nas flores polinizadas pelo vento o polen tem uma coberta externa lisa (exina) e os polinizados por animais possuem uma variada ornamentação podendo ate ter substancias adesivas que facilitam a aderência. O pólen é rico em proteína, carboidratos (açúcares), lipídios e minerais. As espécies podem apresentar polen soltos e individuais ou agrupados em pequenas unidades, de 2 a 4 grãos que são levados agrupados até o estigma (políades) ou em grandes unidades, centenas a milhares, liberadas aos pares se tiverem um botão adesivo, caso contrário são liberadas de maneira individual (políneas).
Néctar: usado como recompensa para os visitantes, como polinizadores.diferente do polen pode apresentar produção continua, enquanto a flor durar. Características: volume, concentração (total), conteúdo de açúcares dissolvidos, além de cor, odor e sabor. Essas características determinam a atratividade. As diferentes composições e concentrações de sacarose, frutose, glicose, enzimas, lipídios e etc podem determinar qual inseto a coletará.
A produção de néctar pode ser alterada devido as condições ambientais e a sua associação com as características específicas da planta.
Oléos: Esse é um alimento muito energético para as abelhas; insetos podem utilizar esse óleo em seus ninhos que ajudam a evitar a entrada de inimigos naturais.
Perfumes: Servem como sinalizadores, auxiliando o animal a localizar a planta e suas flores.
Partes Florais: elas podem servir de alimento ou como recursos não relacionados com a nutrição dos polinizadores. Podem ser recurso alimentar para aqueles que tem aparelho mastigador. Os besouros polinizadores preferem pétalas, carpelos e anteras e é possível que os grãos de pólen fiquem aderido as pelos do besouro e sejam levados a outra flor.
As partes florais também podem servir como recurso não relacionado a alimentação de espécies visitantes, tanto para polinizadores efetivou ou eventuais, quanto para pilhadores. Or xe: tricoma da superfície do ovário de flores Krameria são coletados por abelhas Anthidium e parte das pétalas são coletados pelas abelhas Peixotoa tomentosa para a construção de ninhos, elas também podem tocas nos polen e fazer a polinização eventual ou ocasional.
POLINIZAÇÃO POR ENGODO OU SIMULAÇÃO DE RECURSO:
Nesse tipo de polinização a flor apenas simula um recurso muito interessante para o polinizador. No entanto, tal recurso não existe de fato, e portanto não pode ser coletado. Ex: orquídea Ophrys elas possuem uma pétala diferenciada, o labelo, capaz de simular odor e a morfologia de fêmea de alguns himenópteros, e é tão eficaz que essa orquídea é polinizada apenas por machos de abelhas do gêneros Andrena e Eucera. O macho ao ver o labelo, com o odor e cores semelhante tenta carregar ele, visto que ele acha que é uma suposta fêmea, ao forçá-la ele pressiona a polínea e depois desiste, visto que o labelo não desgruda. Então, nesse caso os pólens já estão aderidos ao seu corpo, e caso ele seja enganado novamente e pouse em outra orquídea, estará fazendo polinização.
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