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Aspectos Gerais da Fitorremediação

Por:   •  16/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.179 Palavras (5 Páginas)  •  531 Visualizações

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Aspectos Gerais da Fitorremediação

  1. Introdução

Atualmente as atividades humanas têm gerado uma grande quantidade resíduos, podendo ser provenientes das atividades industriais, agrícolas ou urbanas. A grande questão dessa geração de resíduos é o descarte incorreto do mesmo, visto que uma vez que ele atinge o solo, o ar e as águas, seu acúmulo pode causar diversos problemas ambientais, por exemplo, a contaminação do lençol freático (JACQUES et al., 2007; COSTA et al., 2008; MARQUES et al., 2011).

A preocupação com a contaminação é um fato relativamente recente, porém já existem diferentes técnicas de remediação. A remedição pode ser dividida em química, utilizando quelatos e reagentes; física, que consiste na retirada da camada contaminada ou injeção de ar; ou biológica utilizando microrganismos ou plantas. Geralmente a utilização do termo remediação, faz referência as técnicas não biologias que são capazes de atenuar ou até menos remover os contaminantes. (COUTINHO et al., 2015)

A princípio a remediação dos solos era realizada ex situ, onde o solo contaminado era escavado, manipulado, transportado e armazenado. Essa técnica não é a mais adequada, uma vez que apenas desloca o contaminante, sem tratá-lo, e possui um custo extremamente alto. Em seguida, os tratamentos passaram a ser realizados in situ, através da oxidação catalítica, oxidação química ou extração por solvente. Apesar dessas técnicas apresentarem alta eficiência, elas possuem o mesmo problema da técnica ex situ, o custo elevado, ou ainda, em área muito extensas o tratamento se torna inviável. embrapa

Para solucionar os problemas das técnicas anteriormente utilizadas, pesquisadores desenvolveram alternativas biológicas, atualmente consideradas uma das principais linhas de pesquisa na área ambiental, e são denominadas de biorremediação. Essas técnicas podem ser aplicadas para distintas finalidades, por exemplo, na descontaminação do solo, em derramamento químico como diesel e gasolina, degradação de herbicidas, decomposição de substâncias orgânicas e inorgânicas, entre outros (TORTORA et al., 2005; COUTINHO et al., 2015).

O termo biorremediação é empregado para técnicas que utilizam microrganismos, normalmente bactérias, onde elas são estimuladas a utilizar os contaminantes como fonte de nutrientes ou como co-metabólito. Dentro do grupo de técnicas de biorremediação, há um subgrupo de técnicas denominadas fitorremendiação, que também é uma alternativa biológica, porém são utilizadas plantas e suas associações microbianas para degradar, sequestrar ou imobilizar os poluentes dos solos. (SILICIANO, 1999) Embrapa

  1. Mecanismos biológicos de fitorremediação

As técnicas que utilizam os conceitos de fitorremediação devem levar em consideração algumas características das plantas, como a capacidade de absorção, sistema radicular profundo, alta taxa de crescimento, facilidade de colheita e alta resistência a poluentes. Dentre os tipos de fitorremediação, os mais estudados são: fitodegradação, fitoacumulação, fitovolatilização, fitoextração, fitoestimulação. Na Figura 1, pode-se observar esquematicamente como e aonde os diferentes tipos de fitorremediação ocorrem. Para a seleção da melhor técnica a ser utilizada é necessário conhecer previamente os princípios e aplicações de cada uma, além de levar em consideração os tipos e as condições dos solos e dos contaminantes presentes (COUTINHO et al., 2007; COUTINHO et al., 2015; JACQUES et al., 2007).

A fitoextração, o processo onde a planta basicamente retira o contaminante do solo e o retém em suas raízes e tecidos aéreos. Esta técnica tem a vantagens de poder se implementada em áreas de contaminação extensas e por possuir um custo reduzido, quando comparado com outras técnicas. (JACQUES et al., 2007, p. 1192; COUTINHO et al., 2015).

Para o tratamento efetivo desse tipo de biorremediação, deve-se levar em consideração o nível de contaminação solo, biodisponibilidade do poluente, capacidade de acumulação das plantas e taxa de crescimento da planta. (ASSIS et al., 2010, p. 1131).

  1. Fitoestimulação

A fitoestimulação é uma técnica composta por duas etapas simultâneas, na primeira etapa a planta estimula o crescimento de microrganismos na rizosfera, ou seja, ocorre a fitoestimulação. Na segunda etapa ocorre a rizodegradação, onde os microrganismos proliferados degradam os poluentes (SANTOS et al., 2007, p.506; KAIMI et al., 2006, p.110).

Esta técnica é indicada para o tratamento de compostos orgânicos hidrofóbicos que não podem ser absorvidos pela planta, por exemplo, hidrocarbonetos de petróleo. Para que a fitoestimulação ocorra com eficiência é necessário escolher a planta que mais favoreça o crescimento da microbiota específica, ou seja, a planta deve fornecer carbono e nitrogênio e suas raízes devem favorecer a infiltração de água e oxigênio (KAIMI et al., 2006, p.110; LAMEGO, 2007, p.9).

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