Movimento da água na planta
Por: Keila Kawakami • 22/10/2016 • Trabalho acadêmico • 1.900 Palavras (8 Páginas) • 432 Visualizações
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Universidade Federal de São Carlos
Campus de Ciências Agrárias - Araras
Relatório em grupo
Movimento da água em plantas
Catarina Sofia
Juliane Gouvêa
Keila Suemi
Mariana Martin
Raphael Orlandi
Tainá Venteu
Araras, 2014
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3. CONCLUSÃO
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO
“A vida se originou da água” (VIEIRA et al ,2010, p. 11). A molécula de água (H2O), composta por um átomo de oxigênio ligado covalentemente a dois átomos de hidrogênio, se dispõe espacialmente de forma não linear, com ângulo de inserção dos hidrogênios de 105° (Figura 1). Tal conformação, juntamente com a massa molecular, conduz a molécula a um desequilíbrio na distribuição de elétrons de tal forma que se estabelecem dois locais com predominâncias de carga negativa (δ-) e outros dois, positivas (δ+). Assim, embora neutra, encontra-se polarizada, o que promove ligações eletrostáticas entre moléculas adjacentes de água – pontes de hidrogênio (Figura 2).
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Figura 1: Estrutura esquemática da molécula de água.
Átomo de oxigênio maior (núcleo com 8 prótons (8p) e 8 nêutrons (8n)) ligado covalentemente aos dois átomos menores de hidrogênico (núcleo com 1 próton (1p)).
Fonte: (SANTOS; ALEXANDRE; COELHO, s.d., p.154).
As pontes de hidrogênio possuem três características fundamentais. Devido a suas baixas energias de ativação (20 KJ mol-1) – cerca de vinte vezes menor do que a energia da ligação covalente O-H (450 KJ mol-1) – são consideradas moléculas fracas, com a capacidade de se refazerem e se desfazerem em tempo de picosengudos (10-12 segundos), e assim serem consideradas efêmeras. Ainda, são consideradas numerosas, pois, em média, cada molécula– no estado líquido a 25° e pressão atmosférica de 1atm – estabelece 3,4 pontes de hidrogênio (SANTOS; ALEXANDRE; COELHO, s.d., p.155).
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Figura 2: Pontes de hidrogênio
Fonte: (SANTOS; ALEXANDRE; COELHO, s.d., p.155).
Estas características particulares da água a torna uma substância única em termos ecofisiológicos. “A água é essencial para a manutenção da integridade funcional das moléculas orgânicas biológicas e da atividade metabólica das células vegetais e animais” (VIEIRA et al ,2010, p. 11).
As relações hídricas das plantas podem ser estudadas considerando-se “o movimento da água através do solo para o interior das raízes, seguido do movimento no interior das plantas e por fim a sua saída para o exterior na forma de vapor” (COSTA, 2001, s.p). “A movimentação da água de célula a célula, célula para o ambiente e ambiente para célula ocorre por meio de processos passivos. Esses podem ocorrer por diferença de pressão ou difusão”(VIEIRA et al ,2010, p. 16). Tais processos podem ser classificados em: fluxo de massa, difusão e osmose.
Assim, considerando a relevância da água perante a fisiologia das plantas, o objetivo central do trabalho é expor os movimentos desta no organismo vegetal.
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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A água possui uma diversidade de relações fisiológicas e ecológicas nas plantas. Dentre várias funções da água podemos citar: ela é reagente na hidrólise de amido e também na fotossíntese, importante na desintoxicação de algumas formas de oxigênio reativo (H2O2), realiza o movimento de nutrientes minerais e produtos orgânicos da fotossíntese e auxilia na fecundação e disseminação da espécie (KERBAUY, 2004).
A parede celular da planta permite que as células construam grandes pressões hidrostáticas internas, esse fenômeno é conhecido por turgor. Essa pressão é essencial para muitos processos fisiológicos da planta, que incluem alargamento das células, abertura dos estômatos, transporte no floema e vários outros transportes entre as membranas, além de contribuir para a rigidez e estabilidade mecânica dos tecidos não lignificados da planta (TAIZ & ZEIGER, 2006).
A disponibilidade de água para a planta no solo depende da quantidade de água estocada no solo e a relação do solo com o potencial da água. Argila e solos orgânicos possuem pequenos capilares que geram uma pressão negativa (LAMBERS et. al. 2008).
Se há água no solo, ela se movimenta por difusão, do solo para a planta e da planta para atmosfera, no sistema conhecido como solo-planta-atmosfera (SSPA) (ANGELOCCI, 2002 apud PIMENTEL, 2004). A água se encontra em estado líquido no solo e na planta, até ser vaporizada, passando para a atmosfera em estado gasoso, nas paredes celulares da folha ou na epiderme (SUTCLIFFE, 1971 apud PIMENTEL, 2004). Este movimento de difusão da água ocorre devido ao potencial da água (Ψa) entre o solo, a planta e a atmosfera.
Segundo TAIZ & ZEIGER, quando a água se movimenta no sistema SSPA, ela passa por um meios muito variáveis (parede celular, citoplasma, membranas, espaços com ar), e os mecanismos de transporte da água varia de acordo com o tipo de meio, por processos como fluxo de massas, difusão e osmose.
Difusão
Como resultado da presença da parede celular na célula vegetal, a célula desenvolve em seu interior uma série de pressões hidrostáticas, que fundamentam processos que descrevem a trajetória das moléculas. (TAIZ, 2004)
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