Os Parâmetros curriculares Nacionais
Por: Eliana Viana • 27/2/2018 • Trabalho acadêmico • 3.334 Palavras (14 Páginas) • 295 Visualizações
1. Introdução
Dentre muitas necessidades dos educandos, ler e interpretar implica numa necessidade primordial para seu aprendizado. Nos dias atuais essa dificuldade constitui um dos grandes problemas para a aprendizagem, já que a maioria dos jovens não faz distinção entre o que está sendo abordado e o que está sendo questionado.
Este relatório justifica-se pela necessidade primordial de incentivar o aluno à prática de leitura, ajudando-o a interpretar textos de forma coerente, observando suas diversas vertentes, a fim de que compreenda a importância da leitura em seu cotidiano.
O processo de aprendizagem de Língua Portuguesa vem durante as últimas décadas passando por diversos estágios que culminou no pensamento atual de ensino.
A partir dos anos 80, o ensino de Língua Portuguesa deixou de ser um processo de etapas para ser um processo contínuo, na qual o aluno necessita estar em contato com as dificuldades oferecidas pela disciplina.
Nesse contexto, a participação do professor, da escola e do aluno passam por uma transformação. Essa mudança requer uma nova reflexão acerca dos papéis que cada um tem no processo de aquisição do conhecimento de Língua Portuguesa.
Os Parâmetros curriculares Nacionais (PCN’s) para o Ensino Fundamental e Médio, cabe à escola se organizar para possibilitar atividades que ajudem o aluno a desenvolver e dominar sua expressão oral e escrita em situações diversas.
Faz-se necessário que o professor tenha instrumentos para analisar seus alunos, tendo a clareza das finalidades que são postas para o ensino da língua e como fazer para alcançá-las. Assim, através da postura diferenciada da escola e do professor, o aluno terá mais possibilidade de aprender, vivenciando as oportunidades que a boa leitura e interpretação trarão para seu crescimento e aprendizado.
Desse modo, este relatório tem como objetivo geral incentivar a prática da leitura, utilizando um texto de cunho interdisciplinar que possibilite aos alunos uma visão contextualizada e de maior criticidade acerca dos assuntos dentro e fora do contexto escolar.
2. RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO
O estágio representa um momento de suma importância para o processo de formação profissional, no qual se tem a oportunidade de aperfeiçoar conhecimentos, aliando a teoria à prática. O presente relatório realizado especificamente na disciplina de Língua Portuguesa conta de um momento de observação e outro de regência, os quais representam uma maior análise do que acontece em sala de aula.
No dia 28 de novembro de 2017 fui até o Colégio Estadual de Condeúba, situado à Praça Alcides Cordeiro, Bairro São Francisco, Condeúba-Ba para a realização da observação na turma do 2º ano do Ensino Médio, que tem 27 alunos, com faixa etária entre 15 e 20 anos. Anteriormente já havia feito a solicitação para a observação e a aula.
Desde o início, fui bem recebida pela vice diretora da escola Janice da Silva Novaes Coutinho e pela professora Vilma Andrade. O Colégio Estadual é uma instituição que conta com 10 salas de aula que funciona nos três turnos com aproximadamente 800 alunos.
Ao chegar à sala de aula fui apresentada aos alunos pela professora. Foi explicado o motivo de minha presença em sala e que aquele momento seria apenas de observação, seguido de outro momento de aula posterior.
No começo ficaram um pouco tímidos com minha presença, mas foi momentâneo. A turma de adolescente estava inquieta, característica típica da idade que estava maior devido ao fato de estarmos já em fim de bimestre. Apesar disso, alguns se mostraram participativos, pois tinham interesse m revisar o conteúdo para avaliação.
A aula ministrada pela professora regente foi bem descontraída, pois a todo o momento buscava maneiras para não deixar que a aula se tornasse cansativa, fugindo do rigor das regras gramaticais, apresentando-as com uma linguagem apropriada e clara.
Em seguida, a professora apresentou a atividade a ser feita. A maior parte dos alunos respondeu sem reclamar e quando tinham dúvidas dirigiam-se até a professora ou a chamavam. Observei então que o trabalho da regente era ainda maior no fim do ano, já que os alunos estão mais cansados e mais propensos a certa rebeldia com relação às atividades.
Atrair a atenção dos alunos é um desafio constante para o professor em sala de aula. Esta turma conta com 27 alunos, o que torna o trabalho do professor mais dificultado, pois a heterogeneidade da turma garante que o tempo de aprendizagem dos alunos sejam bem diferenciados, não permitindo muitas vezes a absorção do conteúdo por todos.
A professora Vilma evidenciou que esta turma, apesar de apresentar níveis de dificuldade maior que outras para as quais também lecionava, contava com um fator diferencial que seria a vontade de aprender apesar das dificuldades existentes.
Outro ponto a ser destacado é que os alunos têm muito respeito pela professora, tendo um bom relacionamento, predominando o diálogo. Ela utilizou o livro didático, o quadro branco, explicando o conteúdo com clareza e, em certos momentos precisou durante sua explicação, chamar a atenção de alguns alunos dispersos, mas o fazia de forma respeitosa e firme.
Ao fim da aula, senti-me satisfeita por estar nesta turma e poder evidenciar, mesmo que em um curto período a turma para a qual iria interagir de uma forma mais direta posteriormente
O período da observação foi de extrema importância, pois proporcionou um primeiro contato com a turma, de forma a entender um pouco sobre suas peculiaridades que viriam a me ajudar no momento da aula. Na visão pedagógica, tornou-se um auxilio para comparar o planejamento da aula com a realidade que se apresentava.
Durante esta observação pude ver melhor a rotina de sala de aula e a interação entre professor e aluno. Através da observação consegue-se uma maior compreensão de como lidar com as diversas situações que se apresentam, proporcionando-nos uma maior aprendizagem que atinge um crescimento não apenas profissional, como também profissional.
3. RELATÓRIO DE INTERVENÇÃO
O estágio nos proporciona a oportunidade de testar a teoria na prática. Ajuda-nos no constante aperfeiçoamento ao qual nos propomos à medida que queremos lecionar. Assim sendo, aprender torna-se parte do nosso cotidiano tanto quanto ensinar. Segundo Freire, apud Weiduschat (2007, p. 50-51):
Quero dizer que ensinar e aprender se vão dando de tal maneira que quem ensina aprende […] O fato, porém, de que ensinar ensina o ensinante a ensinar certo conteúdo não deve significar, de modo algum, que o ensinante se aventure a ensinar sem competência para fazê-lo. […] A responsabilidade ética, política e profissional do ensinante lhe coloca o dever de se preparar, de se capacitar, de se formar antes mesmo de iniciar sua atividade docente.
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