A SAÚDE DA FAMÍLIA

5ENAD

DISCIPLINA: SAÚDE DA FAMÍLIA

PROFESSORA: ALUNAS:

PROBLEMATIZAÇÃO 4

Durante a reunião de equipe multiprofissional na Unidade de Estratégia de Saúde da Família em que você trabalha, uma agente comunitária de saúde (ACS) de 38 anos, que foi criada por uma família de origem patriarcal, faz o seguinte relato: ao realizar uma visita domiciliária a um novo morador na sua área de abrangência onde mudou-se uma família homossexual que recentemente adotou uma menina de 8 anos, o casal comentou com ela que haviam mudado de cidade para iniciar uma vida nova após a adoção. No quesito saúde a criança necessita de acompanhamento médico pois é diabética e faz uso de insulina. A ACS disse que ela não ira atender esta família em sua área, pois eles são aberrações, não fazem parte da sociedade e ela não precisa sujeitar-se a conviver com pessoas que fogem dos padrões da sociedade. Diante desta situação o que fazer? Qual conduta deve ser tomada?

1 = Detectar problemas que permeiam a saúde da família?

- Criança de oito anos diabética insulinodependente, recém adotada por um casal homossexual em uma nova cidade;

- Família em processo de adaptação na sua nova formulação.

- Acolhimento pela UBS

2 = Contextualizar o problema com o texto de apoio.

- Criança de oito anos diabética insulinodependente, recém adotada por um casal homossexual em uma nova cidade;

A criança por ter oito anos já teria que ser acompanhada pela ESF, mas alem disso existem alguns agravantes. Ela é diabética em uso de insulina e foi adotada recentemente. Será necessário verificar com os pais adotivos, se foi entregue a eles algum histórico de tratamento dela, caderneta de vacina e exames antigos. Caso não haja nenhum histórico anterior será necessário o agendamento imediato de uma consulta medica e posterior atualização do quadro vacinal. Realizar orientação aos pais adotivos os cuidados necessários com a criança diabética. Em relação aos alimentos permitidos, aplicação e conservação da insulina. Sinais e sintomas de hipoglicemia e hiperglicemia. Verificar se a criança está matriculada em escola regular. Orientar os pais a orientar a escola sobre a patologia da criança e os cuidados.

Essa família terá que se adaptar a nova cidade, onde se mudaram a pouco tempo para construir uma nova historia. Talvez não seja muito fácil a aceitação pela sociedade. Mas nos dias de hoje é uma das melhores soluções para questão da inserção social de crianças abandonadas aguardando por uma nova família. A questão do homossexualismo também precisa ser adotada pela sociedade. Juntos serão mais fortes diante de tanto preconceito. A ESF também poderá encaminhar essa nova família a redes de apoio na região para inseri-los na comunidade.

“Acompanhamento e controle de doenças crônicas, como a hipertensão e o diabetes, principalmente em segmentos populacionais que até então não possuíam o acesso aos serviços de saúde (a não ser em situações de urgência e emergência nas fases adiantadas da doença);” Pág 29

“Outra das realidades complexas dos dias atuais são os bebês filhos legítimos de um dos membros de um casal homossexual ou adotados por eles, realidade já possível em muitos países...Até hoje as diferenças têm levado frequentemente à guerra. Todos os processos de mudança trazem consigo o medo do risco, e esquece-se, com frequência, que também trazem novas e criativas possibilidades.”

- Família em processo de adaptação na sua nova formulação.

Geralmente todo processo de adoção e acompanhado por assistente social. Mas comunicar a assistência social do Município para ciência, caso julguem necessário eles também acompanharão a família. Encaminhar a família para acompanhamento psicológico, pois o processo de adaptação é complexo tanto para a criança, tanto para os pais.

“Frente a esse cenário, três são os grandes desafios da paternidade, quer ela aconteça em uma família monoparental, biparental, em uma família reconstituída, ou em uma paternidade resultante das proezas da biotecnologia. O primeiro desafio, é assegurar às crianças, mesmo diante das mudanças familiares sociais, uma constância de figuras parentais. O segundo, e adaptar mais a vida dos homens à paternidade, através das modificações no mundo do trabalho que viabilizem o exercício da sua paternidade no dia-a-dia. O terceiro desafio surge com as técnicas de reprodução humana assistidas. São muitas questões em aberto, à espera de solução (http://pepsic.bvsalud.org/pdf/penf/v17n1/v17n1a04.pdf).” Pág 48

- Sem acolhimento pela ACS de sua área de abrangência da UBS

A problematização relata o fato de a ACS da área da família se recusar a visitar e acompanhar a família. Com a justificativa que a Família em questão foge dos padrões da sociedade e é uma aberração. Desta forma deixa a família sem atendimento e cadastro. Negligenciando seu papel na ESF.

“Em virtude das variações entre as famílias: a nucleares (pais e filhos), famílias extensas (participação de até três gerações – filhos, pais e avós, e às vezes tios e primos e até agregados) e monoparental (um dos pais com os filhos), e em geral chefiadas por mulheres; também pessoas que moram sozinhas, não somente entre jovens, e entre os idosos; a presença de união entre o mesmo sexo...Portanto para a equipe de ESF, não é possível basear seu trabalho em uma imagem pessoal ou idealizada de família. Pág 30.”