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A Violência Sexual: Estudo Descritivo Sobre as Vítimas e o Atendimento

Por:   •  1/4/2017  •  Resenha  •  713 Palavras (3 Páginas)  •  409 Visualizações

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Violência Sexual: estudo descritivo sobre as vítimas e o atendimento em um serviço universitário de referência no Estado de São Paulo, Brasil.

        A violência sexual é um fenômeno que ocorre ao longo da historia, sem restrições de idade, sexo, etnia, ou classe social. As maiores vítimas são as mulheres, independente de sua idade, porém jovens e adolescentes apresentam maiores riscos de sofrer tal agressão. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o estupro como todo ato sexual, ou tentativa sexual, investida ou comentários sexuais indesejáveis contra a sexualidade de uma pessoa usando coerção. No Brasil juridicamente é “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”.

        Os efeitos desta violência são devastadores em curto e longo prazo, tanto na esfera física quanto na mental, entre as consequências físicas imediatas estão à gravidez, infecções do trato reprodutivo e doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Em longo prazo as vítimas podem desenvolver distúrbios ginecológicos e na esfera da sexualidade. Estas estão mais vulneráveis, a depressão, pânico, tentativa de suicídio, abuso e dependência de substâncias psicoativas. As vítimas podem ser divididas em dois grupos; um que envolve agressor conhecido (frequentemente intrafamiliar), em que há menor taxa de procura por auxílio, maior número de atos praticados, e, composta por mulheres mais jovens; e outro por mulheres agredidas por estranho, faixa etária mais velha (idade média de 22 anos) maiores taxas de agressão física, de denúncia e de procura por auxílio.

        Devido à gravidade, a violação dos direitos humanos e o impacto na vida das vítimas, a violência sexual é um problema de saúde pública global desde 1993, foram criados muitos estudos sobre a violência contra a mulher para a prevenção da agressão, e atendimento adequado. Graça ao bom atendimento ouve um o aumento do número de mulheres que recorrem aos serviços imediatamente após a violência sexual, com a utilização da contracepção de emergência nas primeiras horas após o evento e a consequente diminuição do número de interrupções da gravidez por estupro verificada na última década, por isso é fundamental que a demanda seja atendida, de forma ágil, acolhedora, com capacidade de atuar nas preocupações imediatas e nas dificuldades psíquicas.  

        Um estudo descritivo, quantitativo e retrospectivo, que avaliou o perfil sociodemográfico, as características da agressão e do atendimento de mulheres vítimas de violência sexual avaliadas em um serviço universitário de referência, no período de junho de 2006 a dezembro de 2010. Foram realizados 762 atendimentos a 745 mulheres (sendo que 17 deles foram de mulheres revítimizadas no período). Trinta e quatro mulheres foram excluídas porque a agressão não configurou violência sexual e 24 por serem menores de 12 anos. Avaliou-se os dados de 687 mulheres vítimas de violência sexual atendidas no Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti da Unicamp. A média de idade foi de 23,7 anos (mínima: 12, máxima: 85 anos), mediana de 20 anos. A maioria era ativa, sendo que 41.6% estavam empregadas e 39,4% eram estudantes. A maioria referiu ter religião (84,9%) e ter prática religiosa (74,7%), sendo que 52,6% eram católicas e 40,7% evangélicas.

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