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Artigo As ações de Biossegurança Implementadas Pelas Comissões de Controle de Infecções Hospitalares

Por:   •  23/5/2019  •  Resenha  •  844 Palavras (4 Páginas)  •  456 Visualizações

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SCHEIDT, K.L.; ROSA, L.R.S.; LIMA, E.F.A. As ações de biossegurança implementadas pelas comissões de controle de infecções hospitalares. UERJ, Rio de Janeiro, v.14, n.3, p.372-77, 2006.

Kátia Liberato Sales Scheidt é enfermeira/doutora em Ciências da Saúde pelo Instituto Fernandes Figueira/FIOCRUZ. Trabalha como coordenadora das Ações do Controle das Infecções Hospitalares e como Professora Regente das Disciplinas Enfermagem Pediátrica e Enfermagem Neonatal  (Faculdade de Enfermagem) e Biossegurança em Odontologia  (Faculdade de Odontologia) na Fundação Educacional Serra dos Órgãos/FESO .

O artigo em questão trata sobre os riscos que os profissionais de saúde enfrentam dentro do ambiente de trabalho, tendo como o foco os riscos biológicos e se medidas de biossegurança são tomadas no ambiente de trabalho. Através de uma análise quantitativa de trabalhos de conclusão apresentados pelos alunos de Pós-Graduação do Curso de Especialização em Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar na disciplina de Biossegurança e Isolamento.

As autoras iniciaram o trabalho falando sobre a importância da biossegurança. Elas ressaltam que o risco biológico está diretamente ligado às doenças infecto-contagiosas, que se destacam como as maiores vias de transmissão de microorganismos. No entanto existem outras fontes de contaminação que vão desde procedimentos invasivos, que expõe o profissional ao contato direto com fluidos corporais, até mesmo no manuseio de lixo, roupas etc. Apesar disso, essa preocupação com a biossegurança, através da criação de normas e visando a saúde dos pacientes, médicos e vistantes do hospital, só surgiu após a primeira epidemia de HIV, onde foi comprovado que um profissional da saúde foi contaminado. Graças a isso e ao reconhecimento de riscos de diversos outros patógenos transmitidos pelo sangue foram promovidas diversas mudanças no âmbito hospitalar.

Para entender melhor como funciona o sistema de biossegurança, as autoras, pontuam o papel de cada orgão na saúde. Segundo elas, dentro da saúde ocupacional existem dois orgãos, o Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) e a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), que juntamente com a CCIH (Comissão de Controle de Infecções Hospitalares) tem a responsabilidade de promover o controle de infecção e fazer a  notificação de acidentes de trabalho pós exposição a material biológico. Elas também ressalvam a importância do uso de EPC e  EPI (cuja finalidade é reduzir a exposição do profissional a sangue e a fluídos corpóreos, evitando a transmissão aérea, por respingos ou até mesmo por contato direto), visto que existem diversos microrganismos patogênicos, que podem ser transmitidos por feridas e lesões, e que alguns desses organismos não possuem vacina o que confere ainda mais importância ao uso de equipamentos.

As autoras então, fizeram uma pesquisa quantitativa tendo como objetivo avaliar se as medidas de biossegurança previstas pelos orgãos de saúde são utilizadas. Para isso foram analisados 71 trabalhos de conclusão, pontuando as seguintes variáveis: tipo de hospital (público ou privado), porte hospitalar (pequeno, médio ou grande), estrutura formal de serviços de apoio ao desenvolvimento de ações de biossegurança, conforme a CCIH, CIPA, SESMT, manutenção de política de isolamento e disponibilidade de EPI.

Como resultados, as autoras, puderam identificar que a CCIH é acionada em 46,7% das instituições, após algum acidente com material biológico ou perfurocortante, seguidos da Unidade de Emergência do local, 41,94%, e da Unidade de Doenças Infecto-Parasitais (DIP), 11,29%. Em relação ao acompanhamento dos profissionais acidentados com material biológico, 66% são orientados e monitorados após o primeiro atendimento, sendo que em 76% das unidades, foram encontradas orientações escritas sobre os procedimentos pós-exposição. No entanto, as autoras ressaltam que isso não é uma realidade, tendo em vista trabalhos feitos no interior/periferia, onde o índice de profissionais que não foram orientados e/ou não sabem nada sobre risco biológico chega a 80%. Sobre a disponibilidade de vacinas para os trabalhadores, 75% possuiam as vacinas contra difteria e tétano e Hepatite B. Entre os equipamentos de uso individual, destacam-se as informações da presença de máscaras simples ou cirúrgicas em 93% e a existência de política de isolamento em 78,87% do hospital.

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