ENFERMAGEM PROCEDIMENTOS PADRONIZADOS PARA PACIENTES ADULTOS
Por: Cintia Vianna • 24/9/2018 • Relatório de pesquisa • 11.580 Palavras (47 Páginas) • 459 Visualizações
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TERAPIA NUTRICIONAL
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTOS PADRONIZADOS PARA PACIENTES ADULTOS
Dezembro de 2003
Grupo de Apoio Nutricional
Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional
GAN / EMTN - HC
HOSPITAL DAS CLÍNICAS
ELABORAÇÃO
Elisabeth Dreyer
Enfermeira, Mestre em Ciências pela Universidade de Montreal, Canadá
Enfermeira do Grupo de Apoio Nutricional (GAN/EMTN - HC)
Salete Brito
Nutricionista, Mestre em Ciências Básicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Nutricionista do GAN/EMTN - HC
AGRADECIMENTOS
À Mônica Malta, enfermeira da UTI, mestre em Enfermagem pela Unicamp, pela sua valiosa colaboração na revisão da “Técnica de Introdução da Sonda para Nutrição Enteral”.
À Rita de Cássia Rodrigues, médica especialista em Terapia Nutricional pela SBNPE, pelas considerações e sugestões pertinentes na elaboração deste manual.
Este protocolo, revisado e atualizado em dezembro de 2003, substitui o manual elaborado em 2001 e deve permanecer a disposição da equipe para consultas nas enfermarias, de acordo com a portaria SVS/MS No 272/1998 e a resolução RCD No 63/2000 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Este manual está disponível no site do GAN-EMTN-HC (www.hc.unicamp.br/servicos/gan)
Dezembro de 2003
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO 3
IDENTIFICAÇÃO DE PACIENTES COM RISCO NUTRICIONAL 4
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA NUTRIÇÃO ENTERAL (NE) 6
1. Preparo e orientação do paciente e família 6
2. Cuidados com a via de administração 7
3. Formulações e evolução do aporte calórico 9
4. Administração da NE 10
5. Monitorização do paciente recebendo NE 13
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA NUTRIÇÃO PARENTERAL (NP) 17
1. Acesso venoso periférico 17
2. Acesso venoso central 17
3. Formulações de NP 18
4. Infusão da NP 19
5. Assistência ao paciente 21
BIBLIOGRAFIA 22
Anexo I - Sinais físicos indicativos de desnutrição e carências de nutrientes 24
Anexo II - Orientação para acompanhantes 25
Anexo III - Introdução de sonda para nutrição enteral 26
Anexo IV - Mapas de fracionamento e distribuição de nutrição enteral 28
Anexo V- Verificação do volume residual gástrico 29
Anexo VI - Técnica de curativo do cateter 31
Anexo VII - Formulações padronizadas de nutrição parenteral 32
APRESENTAÇÃO
A desnutrição, freqüente em pacientes hospitalizados, deve ser prevenida e tratada, pois o estado nutricional prejudicado aumenta o risco de complicações e piora a evolução clínica dos pacientes. Portanto, a terapia nutricional (TN) constitui parte integral do cuidado ao paciente. A equipe de enfermagem tem um papel fundamental não somente na administração da TN e na sua monitorização, mas também na identificação de pacientes que apresentam risco nutricional.
A terapia nutricional é definida como o conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente. A nutrição enteral (NE) é o método de escolha para oferecer suporte nutricional a pacientes que têm trato gastrointestinal funcionante, mas não conseguem manter ingestão oral adequada. Pode ser administrada por sonda ou por via oral.
A nutrição parenteral (NP) é classicamente indicada quando há contra-indicação absoluta para o uso do trato gastrointestinal, mas é também utilizada como complemento para pacientes que não podem receber todo o aporte nutricional necessário pela via enteral.
Estas duas terapias são regulamentadas, respectivamente, pela Resolução RCD No 63/2000 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e pela Portaria SVS/MS No 272/1998 do Ministério da Saúde, que fixam os requisitos mínimos, estabelecem as boas práticas e definem a obrigatoriedade de uma equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN). No HC, esta equipe é o Grupo de Apoio Nutricional (GAN / EMTN – HC) que tem por principais funções:
- criar mecanismos para triagem e vigilância nutricionais,
- avaliar e acompanhar pacientes em terapia nutricional quando solicitado,
- estabelecer protocolos, diretrizes e procedimentos,
- documentar os resultados da avaliação da terapia nutricional,
- capacitar os profissionais envolvidos na terapia nutricional,
- desenvolver atividades de garantia de qualidade.
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