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O CASO CLÍNICO SOBRE ABORTO

Por:   •  16/10/2021  •  Trabalho acadêmico  •  4.452 Palavras (18 Páginas)  •  621 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO

CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM

CASO CLÍNICO

RUANDA SILVIA DA SILVA PINTO

ROSEANE GOMES RIBEIRO

MANAUS

2020

CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO

CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM

RUANDA SILVIA DA SILVA PINTO

ROSEANE GOMES RIBEIRO

CASO CLÍNICO: ABORTO ESPONTÂNEO E COMPLICAÇÕES

Trabalho apresentado como requisito para obtenção denota de Estágio Curricular I em cumprimento das exigências de acordo com a disciplina Enfermagem em Clínica Cirúrgica, do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade FAMETRO.

Preceptor: Enf. Edicarlos Santos da Silva

MANAUS

2020

SUMÁRIO

  1. INTRODUÇÃO4
  2. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE6
  1. História Atual6
  2. História Pregressa6
  3. Exame Físico6
  4. Evolução do Quadro6
  1. ALTERAÇÕES IDENTIFICADAS7
  2. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM8
  3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA11
  1. Abortamento11
  2. Incidência11
  3. Etiologia12
  4. Alterações uterinas: podem ser congênitas ou adquiridas.12
  5. Apresentações clínicas e condutas12
  6. Diagnóstico diferencial15
  7. Abortamento legal (interrupção da gravidez)15
  8. Métodos para esvaziamento uterino17
  9. Complicações18
  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS19

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS20


  1. INTRODUÇÃO

A principal conduta recomendada diante de um caso de aborto retido é o encaminhamento da paciente ao hospital de referência obstétrica, para a realização de curetagem uterina¹.

No entanto, além disso é importante lembrar que no início do diagnóstico do aborto retido, bem como no pós-abortamento, as mulheres precisam de uma equipe que compreenda suas necessidades, não somente físicas, mas também sociais e psicológicas. Tanto o profissional médico como o enfermeiro, juntamente com os demais profissionais da equipe, poderão ajudar na identificação da causa do aborto e facilitar o entendimento da mulher acerca dos possíveis significados do abortamento, que muitas vezes, se traduzem por frustração e sensação de incapacidade de engravidar novamente. Por isso é importante um diálogo satisfatório durante o atendimento, capaz de proporcionar às mulheres condições para decisões futuras em relação a sua saúde, em especial ao seu futuro reprodutivo. No Brasil, ainda existem poucos estudos específicos sobre óbito fetal, mas de maneira geral, as principais causas estão relacionadas à idade materna maior que 35 anos, baixa renda e escolaridade, pré-natal inadequado e natimorto prévio.

Dessa forma, conhecer a epidemiologia da morte fetal é fundamental para promoção de ações voltadas à saúde materno-infantil, pois a maior visibilidade desse problema e identificação dos fatores determinantes dos óbitos são necessários para subsidiar a adoção de medidas preventivas que permitam um enfrentamento mais efetivo de um problema que pode ser evitado. Nesse sentindo, a qualidade na atenção ao abortamento e pós-aborto no âmbito da Atenção Primária a Saúde (APS) implica no esforço integrado de todos os níveis gestores para a oferta de serviços que garantam acolhimento, informação, aconselhamento, competência profissional, tecnologia apropriada disponível e relacionamento pessoal sem pré-julgamentos, pautado no respeito à dignidade e aos direitos sexuais e reprodutivos, necessitando assim, de uma equipe preparada para orientar as mulheres que desejarem outra gravidez.

Durante o atendimento, é importante lembrar também que nos casos de aborto, quando houver sido indicada na gestação, a suplementação de ferro deve ser mantida no pós-aborto por três meses. Portanto, a Unidade Básica de Saúde (UBS) deve ser a porta de entrada preferencial da gestante no sistema de saúde, ou seja, corresponde ao ponto de atenção estratégico para melhor acolher suas necessidades, inclusive proporcionando um acompanhamento longitudinal e continuado, principalmente durante a gravidez. Dessa forma, a atenção à gestante, à puérpera e à criança deve ser concebida de forma integral, indissociada das questões físicas, emocionais, de seu contexto familiar, comunitário e de relações sociais


2.IDENTIFICAÇÃO

J.M.L.L., sexo feminino, 27 anos, venezuelana, residente na cidade Manaus – AM, primigesta, idade gestacional 25 semanas e seis dias (por USG de 1º trimestre), comparece         à UBS S-43, com queixa de dor no baixo ventre. Nega perdas transvaginais. Movimentação fetal ausente. Pré-natal regular, com quatro consultas até o momento.

2.1. História da Doença Atual

Paciente procura a unidade básica de saúde gestando 25 semanas e 6 dias, com queixa de cefaleia de intensidade forte e constante, acompanhada de náuseas e visão turva e escurecida há 5 dias, além de sangramento gengival.  Relata dor em região frontal, de grande intensidade, com pródromos geralmente com escotomas que duram cerca de 30 minutos, hemicraniana direita, de qualidade latejante associada com náusea, fotofobia. Paciente sem intercorrências prévias, com realização de pré-natal na unidade básica de saúde – na 4ª consulta, conforme preconizado pelo MS – G1P0A0, relata que os sintomas surgiram de forma abrupta e que não tiveram fatores desencadeantes, nega febre, dor retroorbitária. Relata disúria e retenção urinária. Nega fator de melhora, e piora dos sintomas. Nega alergias.

2.2. História Pregressa

Segundo relato verbal da cliente, não há casos hipertensão arterial e outras doenças de base na família. Nega tabagismo, nega etilismo.

2.3. Exame Físico

Ao exame físico, a paciente apresentou os seguintes sinais vitais: PA: 160/100 mmHg, FC: 110 bpm, FR: 22 irpm, TC: 36,7 ºC, SO2 98%. Medidas Antropométricas: Peso 70,8 kg; altura 1,67 m; IMC 24,74 kg/m², peso fetal: 352 g. Regular estado geral, anictérica, acianótica, lucida e orientada no tempo e no espaço, eulálica, taquidispneica, taquicardíaca, afebril, hidratada, apresentou pico hipertensivo de 160x100 mmHg. Redução da acuidade visual, edema em MMII +/4, aparelho respiratório sem demais achados; aparelho cardiovascular apresenta dispneia aos mínimos esforços, taquicardia, BN2T sem sopros. Abdome compatível com tempo gravídico de 25 semanas, com altura uterina de 23 cm, BCF 146 bpm, ruídos hidroaéreos presentes, sem cicatrizes, sem herniação. Fígado e baço não palpável e abdome indolor a palpação superficial e profunda. Traube livre. Refere náusea no momento do atendimento. Na genitália externa, sem lesões, verrugas, apresentando secreção esbranquiçada. Giordano negativo. DUM 08/02/2020, DPP 14/11/2020. Foi prescrito Ácido Fólico 5mg – uso contínuo, 1cp pela manhã; Cefalexina 500mg 6/6h, 1cp VO durante 10 dias; Sulfato Ferroso (40mg de ferro elementar), 100mg – uso contínuo.

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