O IMPACTO DA GESTÃO DE ENFERMAGEM FRENTE AOS DESAFIOS DO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE
Por: Andreza dos reis santos • 15/2/2022 • Trabalho acadêmico • 2.502 Palavras (11 Páginas) • 184 Visualizações
O IMPACTO DA GESTÃO DE ENFERMAGEM FRENTE AOS DESAFIOS DO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE.
1. RESUMO
Com a implementação da Estratégia Saúde da Família, a atenção primária ganhou uma nova perspectiva, voltada à família e a resolução das demandas destas no meio social. O Ministério da Saúde, frente esta nova realidade, outorgou ao enfermeiro não apenas as atividades assistenciais de promoção, prevenção e recuperação do usuário, mas também da gerência em saúde, das atividades da ESF e da equipe como um todo. O presente estudo trata-se de uma Revisão Bibliográfica de artigos selecionados no período entre 2000 e 2018, com foco na atuação gerencial da enfermagem nos serviços públicos de saúde e têm como objetivo identificar o impacto do trabalho gerencial do enfermeiro na Rede Pública de Saúde.
PALAVRAS CHAVE: Gestão em saúde. Enfermagem em saúde pública. Atenção primária à saúde. Gestão em saúde pública. Gestão em enfermagem.
1. RESUMEN
A partir de la implementación de la Estrategia Salud de la Familia, a la atención primaria le fue dada una nueva perspectiva, dirigida hacia la familia y a la resolución de sus demandas en el ámbito social. El Ministerio de Salud, frente a esta nueva realidad, le otorgó al enfermero no apenas las actividades asistenciales de promoción, prevención y recuperación del usuario, sino también las de gestión sanitaria, de las actividades de la ESF y del equipo en general. El presente estudio se trata de una revisión bibliográfica de artículos seleccionados, publicados en el periodo comprendido entre los años 2000 y 2018, con enfoque en la actividad gerencial de enfermería en los servicios públicos de salud y tiene el objetivo de identificar cual es el impacto del trabajo del enfermero en la Red Pública de Salud.
PALABRAS CLAVE: Gestión sanitaria. Enfermería en la Salud Pública. Atención primaria a la salud. Gestión en salud pública. Gestión en enfermería
2. INTRODUÇÃO
A política de descentralização do Sistema Único de Saúde resultou, em 1994, na implementação do Programa Saúde da Família (PSF), que posteriormente veio a se chamar Estratégia Saúde da Família (ESF). Desde então, a gestão dos serviços públicos tomou uma nova perspectiva, voltando a atenção primária para a promoção e prevenção da saúde, além da resolução precoce das necessidades da população.
Neste sentido, o Ministério da Saúde, na portaria 648/GM de 28 de março de 2006, passou legalmente a confiar ao enfermeiro não apenas as atividades assistenciais de promoção, prevenção e recuperação do usuário, mas também a gerência em saúde, das atividades da ESF e da equipe como um todo (BRASIL, 2006).
As Diretrizes Curriculares Nacionais para graduação em enfermagem corrobora a função gerencial e administrativa do enfermeiro, reafirmando a indispensabilidade da gerência da equipe, dos recursos físicos e materiais e de informação, assim como estes devem estar aptos a serem gestores, empregadores ou líderes na equipe de saúde (BRASIL, 2001).
Assim, o enfermeiro passou a ser um dos pilares principais da gestão em saúde pública, e tem sua inserção cada vez mais ampliada. A gerencia de enfermagem é componente fundamental do sistema de saúde, de ampla e diversificada atuação, com reflexos em âmbito regional e nacional.
Desta forma, o presente estudo visa, através de uma Revisão literária, elucidar o impacto da gestão de enfermagem frente aos desafios do sistema público de saúde.
3. METODOLOGIA
O presente estudo será resultado de pesquisa qualitativa descritiva de revisão bibliográfica. Para tal, serão utilizados legislações federais, cartilhas de saúde, notícias e artigos publicados de 2000 à 2018, levantados prioritariamente em plataformas como BVSMS (Biblioteca Virtual em Saúde – Ministério da Saúde) LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e SciELO (Scientific Eletronic Library Online), com o uso das palavras chave: atividade gerencial de enfermagem; atuação do enfermeiro no sistema público de saúde; saúde pública; dificuldades na gerência da saúde pública.
4. DESENVOLVIMENTO
A implantação do Programa Saúde da Família (PSF) em 1994, posteriormente denominado Estratégia Saúde da Família (ESF) em 1997, trouxe uma nova perspectiva para o Sistema Único de Saúde (SUS), com fim de promover a reorientação das práticas e ações de saúde de forma integral e contínua nas comunidades (DAMACENO., et al, 2016).
Neste modelo descentralizado, a família passa a ser o ponto central da atenção, compreendida a partir do seu ambiente físico e social, favorecendo e ampliando a compreensão do processo saúde/doença e evidenciando os problemas de saúde mais expressivos, buscando resolutividade, seja na rede de serviços de saúde seja na sociedade em geral, através da intersetorialidade. A ESF trata-se, então, de um atendimento humanizado, resolutivo e de qualidade (GUEDES., et al, 2011).
Por ser a Atenção Primária em Saúde (APS) a porta de entrada ao Sistema de Saúde, a ESF estabelece contato primário e direto com o usuário, o que favorece a identificação das necessidades da população, facilitando a intervenção direta no foco do problema.
A ESF articula a APS com os demais níveis de complexidade de atenção, por meio do sistema de referência e contra referência, de forma a garantir a integralidade das ações e a continuidade do cuidado. A assistência está alicerçada em um modelo pautado no trabalho em equipe multiprofissional, priorizando a família em seu território, acolhimento, vínculo, ações de prevenção e promoção da saúde, sem descuidar do tratamento e reabilitação (GARUZI., et al, 2014).
O Ministério da Saúde (MS) através portaria 648/GM, denominou o enfermeiro como responsável legal pela atividade gerencial dos serviços de saúde. A ele compete a coordenação da equipe de técnicos e auxiliares de enfermagem, condução e viabilização do processo de cuidado, tendo como princípio norteador de suas ações o direito da população à saúde integral, realizadas de forma digna, segura e ética (WEIRICH., et al, 2009).
A qualidade deve ser prioridade nos serviços de saúde, visto que o cuidado prestado ao usuário é consumido durante a sua produção.
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