O Marco de Callista Roy na Enfermagem
Por: Pedro Asd • 17/9/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 3.210 Palavras (13 Páginas) • 788 Visualizações
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Sumário
Resumo 2
Introdução 2
Modelo de Adaptação de Callista Roy na prática e na investigação 3
O processo de enfermagem e o modelo de adaptação de Callista Roy 5
Modelo de adaptação de Roy na prática e na investigação 6
Sistemas de informação em enfermagem e modelo de adaptação de Roy 8
Dificuldades na aplicação do modelo de adaptação de Callista Roy 9
Conclusão 9
Referências 10
Resumo
Os modelos e teorias de enfermagem contribuem para o desenvolvimento do conhecimento de enfermagem da disciplina e da prática em conformidade. Segundo o modelo de adaptação de Roy, a pessoa deve ser vista como um mecanismo adaptativo que permite uma adaptação do comportamento em resposta a estímulos ambientais. Então de fato, a pessoa é o foco central do cuidado da enfermagem, sempre visando a melhoria do cuidado com base em pesquisas. A metodologia do Modelo de Adaptação de Roy baseia-se na aplicabilidade do processo da enfermagem, facilitando ao enfermeiro a coleta de dados, estabelecimento de metas e diagnósticos do profissional de enfermagem, a determinação das intervenções de enfermagem e o processo de avaliação subsequente. Assim, o objetivo desta pesquisa é revisar criticamente a aplicação do Modelo de Adaptação de Roy aplicado à pesquisa em prática e enfermagem.
Introdução
A enfermagem tem seus conceitos centrais, tanto para o desenvolvimento de modelos conceituais, fazendo a forma de encarar a investigação de uma forma mais única. Então comparativamente às teorias tentem explicar globalmente os fenômenos, assim assegurando múltiplas possibilidades para a investigação e para sua prática. Seu modelo conceitual permite um agrupamento dos conceitos de uma forma a dar uma caracterização ou descrever cada fenômeno estudado, pretendendo ser reapresentado na realidade da prática da enfermagem.
Os profissionais de enfermagem têm buscado um investimento nos desenvolvimentos de teorias e modelos de enfermagem, no sentido de uma melhoria nos cuidados prestados aos pacientes através da educação, da prática e da investigação. Entretanto, para o crescimento e o desenvolvimento da matéria e da profissão, é necessário que esses passem da formação nas escolas de enfermagem para uma implementação na prática.
O resultado da investigação pode resultar no desenvolvimento de uma teoria pela qual a prática da enfermagem seja orientada. A teoria confere significado ao conhecimento de forma a melhorar a prática, descrevendo, explicando e antevendo os fenômenos. Seus métodos sistematicamente desenvolvidos estimulam o pensamento crítico e com uma tomada de decisão na prática profissional de enfermagem; a teoria conduz à autonomia profissional, orientando a prática, o ensino e a formação da enfermagem. As teorias da Enfermagem começaram a emergir na década de 50, e muitas teorias surgiram nos anos 70 à procura de explicação entre os fatos e os eventos naturais para o estabelecimento da enfermagem como ciência. A enfermagem vem crescendo como uma disciplina importante na área da saúde, com o crescimento da pesquisa e uso de teorias, enquanto desempenha um importante papel na promoção, prevenção e reabilitação na área da saúde.
Partindo da sua experiência como enfermeira pediátrica, Callista Roy considera o conceito de adaptação como um ponto de orientação para a prática de enfermagem; essa teórica entende como um processo e resultado através do qual pessoas mais sensíveis e pensantes, enquanto indivíduos ou grupos, utilizam a consciência e a escolha para criar uma interação humana e ambiental. A enfermagem se fundamenta em conhecimentos de métodos científicos para orientar a prática dos profissionais de enfermagem, ajudando na sistematização do processo de cuidar; no entanto, existem modelos teóricos que ajuda a sistematização de cuidar clinicamente em enfermagem, nomeadamente o Modelo de Adaptação de Callista Roy.
Modelo de Adaptação de Callista Roy na prática e na investigação
Um dos desafios para os profissionais de enfermagem deve passar pela melhoria da qualidade dos cuidados de enfermagem prestados a indivíduos e grupos da comunidade, assim como promover o seu reconhecimento enquanto a disciplina profissional autônoma, para tal, é necessária a produção e consolidação do conhecimento. Esse conhecimento é refletido através dos modelos conceituais e teorias de enfermagem, um resultado da observação na pesquisa, prática e investigação filosófica de seus autores.
Os modelos de enfermagem são descritos com a prática de enfermagem que se expressam utilizando os designados metaparadigmas de enfermagem os conceitos de enfermagem, pessoa, ambiente e saúde.
Callista Roy entendia que a Enfermagem como uma profissão dos cuidados de saúde que se centra em processos de vida humanos, enfatizando a promoção da saúde aos indivíduos, grupos e a sociedade como um todo, sendo que a ciência e a prática expandem a capacidade de adaptação e melhora a transformação ambiental do indivíduo. O indivíduo - por si só, família, organizações, comunidades ou sociedade - como um todo encontra-se exposta a uma série de circunstâncias, condições ou influências que rodeiam e afetam o desenvolvimento de pessoas ou grupos, sendo que o ambiente em mudança faz estimular as pessoas a dar respostas de adaptação. O ambiente é considerado como todas as circunstâncias, condições e influências que rodeiam e afetam o comportamento do indivíduo. O indivíduo saudável não está livre de situações inevitáveis como a morte, a doença, a infelicidade ou ao estresse, mas a capacidade de lidar com essas situações deve ser a mais competente possível. A saúde é um reflexo de adaptação entre indivíduo e ambiente.
Roy, no seu Modelo de Adaptação, considerava o objetivo da enfermagem à promoção da adaptação dos indivíduos e grupos nos quatro modos de adaptação (modo adaptativo: físico-fisiológico, identidade de autoconceito, interdependência e desempenho de papel), contribuindo assim para a saúde, qualidade de vida e a morte com dignidade.
O modo de adaptação físico-fisiológico está associado à forma como o indivíduo responde como ser físico aos estímulos do ambiente, sendo o comportamento a manifestação das atividades fisiológicas do organismo. As seis necessidades básicas de integridade fisiológica são: oxigenação, nutrição, eliminação, atividade, repouso e proteção. Os outros modos da adaptação são modos psicossociais: autoconceito, interdependência e papel de desempenho. O autoconceito envolve de uma forma específica os aspectos psicológicos e espirituais do sistema humano. É composto pelo ser físico, que envolve uma imagem física, pelo ser pessoal, que engloba a autoconsciência. O modo de adaptação com o papel de desempenho refere-se aos papéis que cada um desempenha na sociedade no sentido de preservação da integridade social, ou seja, saber quem se é em relação aos outros que estão em volta.
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