Suicidio infantil
Por: Licia Kawana Tabalipa • 3/3/2016 • Resenha • 593 Palavras (3 Páginas) • 347 Visualizações
Capítulo 3 - Suicídio Infantil: O Desespero Humano na Realidade Hospitalar
Estamos presenciando uma sociedade onde as pessoas estão sendo cada dia mais
rebaixadas, onde o absurdo é normal, onde a violência é constante, tentam se livrar
da situação desesperadora do cotidiano aderindo ao suicídio como forma de fuga.
Quando isso ocorre com crianças, a visão real dos fatos se torna ainda pior.
Buscamos compreender esse acontecimento, auxiliando os pacientes vítimas da
tentativa de suicídio, através da Psicologia Hospitalar, mudando essa triste realidade
e transformando-os em vencedores.
O Centro de Psicoterapia Existencial presta atendimento as vítimas de tentativa de
suicídio logo que elas dão entrada no hospital, após estar em boas condições
clínicas, usando de acompanhamento psicológico para estabelecer um sustentáculo
emocional que ajudará o paciente a descobrir novas possibilidades e alternativas
para sua vida. Também nesse primeiro atendimento, delineia-se um atendimento de
ajuda posterior para que o processo psicoterápico seja efetivo. A pessoa não pode
sofrer isolamento social, essa ocasião lhe possibilita uma nova tentativa de suicídio,
a interação com pessoas que tem problemas semelhantes ajuda o paciente a refletir
sobre sua situação. O Centro exerce trabalho psicológico e psicoterápico; orientação
aos familiares dos pacientes e de pessoas que se suicidaram; divulgação de fatores
sociais, políticos e econômicos concernentes ao desespero individual que merecem
a atenção da opinião pública e das autoridades competentes; e, reflexão e estudo
sistematizado da temática suicídio.
Os profissionais de saúde são indiferentes ao sofrimento emocional do paciente
vítima de tentativa de suicídio, pois acreditam ser uma agressão aos princípios da
vida. Os profissionais são formados para lidar com diversos contextos, porém, não
refletem sobre a morte, e se deparam constantemente com ela. O fato do paciente
tentar morrer, contrasta com o princípio das práticas profissionais que é a
preservação da vida, deixando difícil lidar com essa situação.
No suicídio infantil as dimensões são ainda mais drásticas, não levam em conta o
desejo e a realidade da criança, reconhecem o ato como um acidente doméstico, ou
coisa de criança. O suicídio infantil necessita de uma melhor compreensão do
sofrimento humano, precisa-se reconhecer precocemente determinada
psicopatologia, antes que se tenha um estigma irreversível. O suicídio entre crianças
supera mortes causadas por tumores, hipertensão, leucemias e outras doenças
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