Transtorno de Personalidade Narcisista

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE NARCISISTA: UM BREVE RELATO

Grupo:

Ariella Fernanda do Nascimento

Juliana Alice de Oliveira

Maicon Douglas da Silveira

Mariana Fernandes Ribeiro

Raphael José de Oliveira

        O objetivo deste estudo descritivo foi relatar de uma forma breve sobre o transtorno da personalidade narcisista de maneira a esclarecer sobre o tema.

        O transtorno da personalidade narcisista é caracterizado por padrão de grandiosidade (fantasia ou no comportamento), necessidade de admiração e falta de empatia. Ocorre em 1 a 2 % da população em geral e 2 a 16% da população clínica. Os homens representam 50 a 75% dos casos. Os traços narcisistas são comuns na adolescência e não indicam necessariamente que o transtorno vá se desenvolver na vida adulta (VIDEBACK, 2012).

        Bem diverso da história mitológica de Narciso, narcisistas patológicos não são pessoas que se amam demais. São, ao invés disso, pessoas com baixíssima autoestima, uma autoimagem deturpada e um mau caráter brutal, mais comum na sociedade moderna do que se imagina. Há quem diga que esse transtorno é epidêmico, tamanha sua incidência na população mundial.

        De acordo com SBie (2017), os pacientes com este transtorno possuem um sentimento de superioridade em relação aos outros e precisam de aprovação constante. Quem sofre com este problema tende a apresentar uma grande dificuldade de adaptação tanto nas relações pessoais como nas profissionais, pois possuem arrogância e vaidade desmedidas. Na realidade, porém, esses indivíduos são extremamente sensíveis às críticas e têm muito medo da rejeição.

        Os clientes podem exibir uma atitude arrogante e altiva. Podem ruminar sobre uma admiração e privilégios de longa duração e comparar-se favoravelmente com pessoas famosas ou privilegiadas. Acreditam ser superiores e especiais e é pouco provável que acreditem ter comportamento problemático: consideram os próprios problemas como culpa de outros.

        A autoestima é frágil e vulnerável. São hipersensíveis a criticas e precisam de constante atenção e admiração. Muitas vezes exibem um sentimento de que têm direito a um tratamento especial e ficam perplexos ou com raiva quando isso não acontece. Costumam estabelecer e explorar relacionamentos para elevar o próprio status (VIDEBACK, 2012).

        A supervalorização dos pais durante a primeira infância faz a criança acreditar que é superior aos demais, o que interfere diretamente na sua capacidade de interpretação: a pessoa começa a acreditar que é melhor que os outros, um pensamento que influencia todos os seus padrões de comportamento ao longo da vida. Quando isso ocorre, a tendência é que o indivíduo se torne alguém que não tem empatia com os sentimentos alheios, desenvolvendo uma personalidade egoísta e que olha apenas para seus próprios interesses (SBie, 2017).

        Segundo Pereira (2014), O Transtorno de Personalidade Narcisista, ou simplesmente narcisismo, é classificado pelo DSM-53, o catálogo de transtornos mentais, como:

Um padrão difuso de grandiosidade (em fantasia ou comportamento), necessidade de admiração e falta de empatia que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:

1. Tem uma sensação grandiosa da própria importância, por exemplo: exagera conquistas e talentos, espera ser reconhecido como superior sem que tenha as conquistas correspondentes.

2. É preocupado com fantasias de sucesso ilimitado, poder, brilho, beleza ou amor ideal.

3. Acredita ser “especial” e único e que pode ser somente compreendido por, ou associado a,

outras pessoas (ou instituições) especiais ou com condição elevada.

4. Demanda admiração excessiva.

5. Apresenta um sentimento de possuir direitos.

6. É explorador em relações interpessoais (obtém vantagem de outros para atingir os próprios fins).

7. Carece de empatia: reluta em reconhecer ou identificar-se com os sentimentos e as necessidades dos outros.

8. É frequentemente invejoso em relação aos outros ou acredita que os outros o invejam.

9. Demonstra comportamentos ou atitudes arrogantes e insolentes.

        Não existe tratamento farmacológico para este tipo de problema, e os profissionais da área de saúde geralmente indicam a psicoterapia para quem apresenta transtorno de personalidade narcisista. A psicoterapia individual é o tratamento mais eficaz, e a hospitalização é rara, a não ser que haja condições comórbidas que exijam tratamento com internação (VIDEBACK, 2012).