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ANALISE DO MEL PRODUZIDO PELA ASSOCIAÇÃO DUOVIZINHENSE DE APICULTORES FAMILIARES (ADAF)

Por:   •  16/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.851 Palavras (8 Páginas)  •  340 Visualizações

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ANALISE DO MEL PRODUZIDO PELA ASSOCIAÇÃO DUOVIZINHENSE DE APICULTORES FAMILIARES (ADAF)

Amanda TABORDA1

Cristina CARON1

Suelen R. CESARO 1

  Tainara BOMBARDA 1

Tasiara C. PAUKNER1

Vanessa JOAQUIM 1

Cleiton NICARETTA 2

¹Acadêmicas do Curso de Farmácia da União de Ensino do Sudoeste do Paraná – UNISEP. Av. Presidente Kennedy, 2.601 – Bairro N. S. Aparecida – 85660-000- Dois Vizinhos – Paraná. Fone: (46) 3581-5000 – Endereço eletrônico: tainarabombarda01@gmail.com

²Professor do Curso de Farmácia da União de Ensino do Sudoeste do Paraná – UNISEP. Av. Presidente Kennedy, 2.601 – Bairro N. S. Aparecida – 85660000- Dois Vizinhos – Paraná. Endereço eletrônico:

nicaretta@unisep.com

[pic 1]

O mel natural é um produto açucarado fornecido pela abelha Apis mellífera , sendo uma solução aquosa muito concentrada de açucares com predominância de frutose e glucose, além de outros componentes característicos. A análise do mel teve por objetivo descobrir se o produto não sofreu alterações artificiais que prejudicassem sua qualidade. Inicialmente ao tomar-se a amostra, avaliaram-se os caracteres externos e organolépticos do mel; posteriormente, realizaram-se as análises microscópicas , bem como os testes de qualidade (densidade, acidez, reações de Jagerschmidt e Lund, amido, corantes).         Por fim, através da reação de Jagerschmidt, verificou-se a presença de açúcar comercial na amostra avaliada, devido ao aparecimento de forte coloração violeta, bem como, a reação de Lund confirmou que o mel não era puro, devido ao aparecimento de apenas vestígios de precipitado.

Palavras-chave: Mel; Testes de qualidade; Padrão de qualidade; Adulteração

[pic 2]

‘’Analysis of the honey produced by the Duovizinhense Association of Family Beekeepers (ADAF)’’. The natural honey is a sugary product supplied by Apis mellífera bee, being a very concentrated aqueous solution of sugars with predominance of fructose and glucose, in addition to other characteristic components. The analysis of honey had as objective to discover if the product did not undergo artificial alterations that hinder its quality. Initially when taking the sample, the external and organoleptic characteristics of the honey were evaluated; Microscopic analyzes, as well as quality tests (density, acidity, Jagerschmidt and Lund reactions, starch, colorings) were carried out. Finally, through the reaction of Jagerschmidt, it was verified the presence of commercial sugar in the sample evaluated, due to the appearance of strong violet coloring, as well as, the reaction of Lund confirmed that the honey was not pure, due to the appearance of only traces of precipitate.

Keywords: Honey; Quality tests; Quality standard; Adulteration

1 Introdução

O mel de abelhas é uma substância viscosa rica em açúcares (principais: glicose e frutose), com sabor e aroma específicos, de alto valor energético (AROUCHA, et.al., 2008), sendo também um produto muito rico em vitaminas, minerais, compostos fenólicos e enzimas (SILVA, et.al., 2006). Tem sua origem no néctar das flores e/ou exsudados sacarínicos de plantas (AROUCHA, et.al., 2008), a sua composição depende, basicamente, da composição do néctar da espécie vegetal produtora e da espécie de abelha que o produz, conferindo-lhe características específicas (ANACLETO, et.al., 2009), onde são armazenados em favos de cera pelas abelhas Apis mellifera L. (AROUCHA, et.al., 2008).

O mel é um produto utilizado em todo o mundo, um dos primeiros alimentos do homem e praticamente de todas as civilizações antigas, não só pela sua propriedade adoçante, mas também como promotor de saúde (SILVA, et.al., 2006), que confere resistência imunológica, antibacteriano, anti-inflamatório, analgésico, sedativo, expectorante e hiposensibilizador (AROUCHA, et.al., 2008).

O conhecimento da concentração, temperatura, pH, índice de maturação do mel, entre outros, é indispensável no controle de qualidade, no controle intermediário em linhas de produção e no projeto e dimensionamento de equipamentos e processos (PEREIRA, QUEIROZ, FIGUEIRÊDO, 2003).

A Legislação Brasileira, através da Instrução Normativa n. 11 de outubro de 2000, que regulamenta a padronização do mel para fins de comercialização (ANACLETO, et.al., 2009), estabelecendo limites que servem para excluir os méis que sofreram algumas práticas de adulteração ou processamento inadequado (AROUCHA, et.al., 2008).

O objetivo proposto tem por finalidade descobrir se o produto é genuíno, artificial ou falsificado, realizando diversas e distintas analises no mel.

2 Materiais e métodos

Inicialmente, fez-se a tomada da amostra, verificando-se data de fabricação e validade, lote e fabricante, bem observou-se as propriedades organolépticas (cor, sabor, odor e consistência). Em seguida dissolveu-se 25 g de mel em quantidade suficiente de água quente, necessária para a filtração. Filtrou-se a solução e recolheu-se o filtrado em um Erlenmeyer, utilizando-se o mesmo para as análises necessárias.

Em seguida, apanhou-se uma gota do mel, cobriu-se com lugol, e levou-se ao microscópio para as análises microscópicas para a pesquisa de grãos de pólen, grãos de amido, resíduo de órgãos de abelha, elementos vegetais, cera e cristais de açúcar.

Dando continuidade à prática laboratorial, fez-se a determinação da densidade: primeiramente pesou-se o balão volumétrico vazio e preparou-se uma solução de 20 mL de mel com 40 mL de água e adicionou-se essa solução no balão até a marca e pesou-se novamente.

Na sequência fez-se a determinação de acidez, onde adicionou-se a 3 erlenmeyers: 10g do mel, 50 mL de água e 2 gotas de fenolftaleína como solução a ser titulada. Já como solução titulante, utilizou-se em uma bureta, NaOH 0,1%. Titulou-se esta solução até a cor do titulado permanecer rosa claro.

Logo após realizou-se a reação de Jagerschimidt, onde pesou-se 10g do mel e colocou-se no graal. Adicionou-se 10 mL de acetona e pulverizou-se. Após a pulverização, passou-se 2 mL para um tubo de ensaio e adicionou-se igual quantidade de H2SO4, para a pesquisa de adição de açúcar comercial no mel (aparecimento da coloração violeta); em seguida, a reação de Lund: colocou-se 10 mL do filtrado em uma proveta graduada de 50 mL, ao qual adicionou-se 5 mL de solução de ácido tânico a 5% e completou-se o volume com água destilada até a marca de 40 mL. Agitou-se e após 24 h leu-se o volume de precipitado no fundo da proveta.

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