Farmacoligia caso insuficiencia cardiaca
Por: Erika Gomes • 13/11/2015 • Trabalho acadêmico • 865 Palavras (4 Páginas) • 269 Visualizações
FARMACOLOGIA
Programa de auto avaliação
MÓDULO CARDIOVASCULAR
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
I. CASO CLÍNICO FARMACOLÓGICO:
IDENTIFICAÇÃO F.T.D., 64 anos, masculino, branco, casado, metalúrgico, procedente de São Paulo.
HISTÓRIA CLÍNICA: paciente foi atendido de madrugada na sala de emergência do hospital queixando-se de acordara, há uma hora, com intensa falta de ar que aliviou parcialmente ao sentar-se no leito. Tentou deitar, voltou a piorar. A partir daí não conseguiu mais dormir e o mal estar começou a se intensificar cada vez mais a ponto de deixá-lo desesperado com a sensação de que ia morrer e que o seu coração parecia que ia saltar pela boca [ palpitação]. Perguntado se sentia alguma dor, respondeu que não.
Na revisão dos sistemas e da história pessoal, informou ter tido dois infartos do miocárdio no passado e que desde o segundo infarto, sentia muita falta de ar e dificuldade para respirar [dispnéia] aos grandes esforços. Relatou também que nas últimas duas semanas, a falta de ar se acentuara, ocorrendo até com pequenos esforços e até mesmo em repouso. E que a noite procurava dormir com dois travesseiros altos o que aliviava um pouco a falta de ar. Era fumante por mais de 30 anos e que só reduziu o fumo a partir do segundo enfarto. Nunca se tratou regularmente e nos últimos meses não estava tomando nenhuma medicação. Paciente apresentava cianose nos lábios e extremidades, taquipnéia, tiragem intercostal, taquicardia, estertores sub-crepitantes nos dois terços inferiores dos pulmões.
EXAME FÍSICO:
pressão arterial | 130/90 mmHg |
freqüência cardíaca | 120 b.p.m |
freqüência respiratória | 44 m.p.m. |
temperatura axilar | 35,5 o C |
CONDUTA: diante desta situação de urgência, configurada como edema agudo de pulmão instituiu-se o tratamento imediato que constou de :
TRATAMENTO |
OXIGÊNIO POR CATETER NASAL MORFINA ENDOVENOSA VASODILATADOR UM GLICOSÍDEO CARDÍACO UM DIURÉTICO DE ALÇA [FUROSEMIDA] GARROTEAMENO ALTERNADO DE EXTREMIDADES |
Com o tratamento instituído, o paciente melhorou rapidamente. Na manhã seguinte, pode ser examinado mais detidamente, constatando-se íctus visível e palpável no 5o espaço intercostal esquerdo a 2 cm para fora da linha hemiclavicular, discretamente impulsivo. A freqüência cardíaca ainda era alta, mais o ritmo estava normal e na ausculta pulmonar escutava-se raros estertores subcreptantes nas bases. Afora discreta obesidade, os demais aspectos físicos estavam dentro da normalidade. Raio X de tórax revelou aumento da área cardíaca.
EXAMES COMPLEMENTARES | |
HEMÁCIAS | 6,2 MILHÕES [N= 4,4-5,9] |
LEUCÓCITOS | NORMAIS |
HEMATÓCRITO | 56 |
CREATININA | 70 uMol/litro |
Com a melhora do quadro clínico foi instituído um tratamento ambulatorial em que se utilizaram: digitálico, diurético e cloreto de potássio.
PERGUNTAS
1. Faça uma análise dos dados descritos no HISTÓRIA CLÍNICA e explique o mecanismo possível responsável por eles.
2. Como explicar as alterações no número de hemácias e hematócrito?
3. Como explicar o aumento da área cardíaca? Íctus visível e palpável? estertores subcrepitantes?
4. Qual o diagnóstico provável?
5. Justifique o uso do diurético e digital empregados no tratamento de urgência?
6. Escolha um digitálico para ser empregado no tratamento de manutenção e justifique do ponto de vista farmacodinâmico.
7. Qual o diurético preferencial no tratamento de manutenção desse paciente? Justifique.
8. Qual a razão do uso de cloreto de potássio neste caso? Que cuidado deve ser observado?
9. Qual o risco de se empregar um diurético tiazídico ou um diurético de alça no tratamento de manutenção ?
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