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Paralisia Facial Periférica: Impactos sociais e emocionais na qualidade de vida

Por:   •  25/4/2022  •  Projeto de pesquisa  •  2.912 Palavras (12 Páginas)  •  204 Visualizações

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TÍTULO DO PROJETO 

Paralisia Facial Periférica: Impactos sociais e emocionais na qualidade de vida

RESUMO

A paralisia é uma lesão que acomete o nervo facial (VII par) e repercute na interrupção temporária ou definitiva dos impulsos nervosos dos músculos inervados por ele, ocasionando alterações nos músculos da mímica e consequentemente nas expressões faciais.

Devido às alterações que são causadas pela paralisia facial, pode haver graves prejuízos emocionais. Com isso, o objetivo da pesquisa é avaliar os impactos na qualidade de vida emocional e social do indivíduo com Paralisia Facial Periférica (PFP).

O método da pesquisa será de caráter exploratório, qualitativo. Devido ao caráter exploratório, os dados para a pesquisa vão ser coletados e analisados através de um questionário que vai ser aplicado aos participantes. Farão parte da amostra 5 pessoas, composta por indivíduos diagnosticados com Paralisia Facial Periférica, maiores de 18 anos, do sexo masculino e feminino, com PFP unilateral de etiologia diversa, nas fases flácidas, de recuperação e sequelar, com definição da gravidade a partir da Escala de House-Brackman.

Palavras-chave: Paralisia Facial; Fonoaudiologia; Qualidade de Vida.

SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        3

2        METODOLOGIA        5

2.1        População a Ser Estudada        6

2.2        Critérios de Inclusão e Exclusão        6

2.3        Coleta de Dados        6

2.4        Análise de Resultados        7

2.5        Questionário        7

3        ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS GARANTIDOS AOS PARTICIPANTES DA PESQUISA        10

3.1        Desconfortos e Riscos        10

3.2        Benefícios        10

3.3        Acompanhamento e Assistência        10

3.4        Sigilo e Privacidade        10

3.5        Ressarcimento e Indenização        11

3.6        Dados do Parecer        11

4        RESULTADO DO ESTUDO        11

5        DISCUSSÃO        11

6        CONCLUSÃO        11

REFÊRENCIAS        12

  1. INTRODUÇÃO        

A paralisia facial é uma diminuição ou interrupção do transporte axonal ao sétimo par dos nervos cranianos, e repercute na interrupção temporária ou definitiva dos impulsos nervosos dos músculos inervados por ele, ocasionando alterações nos músculos da mímica e consequentemente nas expressões faciais, marcador importante nas relações sociais que não se limita à fala propriamente dita, uma vez que as relações de interação são impregnadas dos aspectos socioculturais da língua do falante1-2.

Dentre os tipos de paralisias faciais, encontram-se a central e a periférica.  A Paralisia Facial Central é caracterizada pelo acometimento de lesões supranucleares, situadas no terço inferior do giro pré-frontal ou nas fibras corticobulbares da coroa radiata. Geralmente, o sinal observado é o acometimento do andar inferior da face, acompanhado de hemiparesia braquiocrural ipsilateral sem comprometimento dos componentes sensitivos (salivação e gustação) do nervo facial3.

Já a Paralisia Facial Periférica (PFP), tipo de paralisia a ser pesquisada neste estudo, pode ocorrer devido a episódios traumáticos, neoplásicos e infecciosos, como os provocados pelo vírus herpes simples, herpes zoster, otites médias, doenças metabólicas e causas idiopáticas 4,5.

Na PFP, em geral, ocorrem alterações nos músculos da mímica facial, hiperacusia, alteração na mastigação, alteração na deglutição, na fala e oclusão palpebral6. Na maior parte dos casos pode ser reversível espontaneamente ou após tratamento clínico ou cirúrgico, porém 20% dos casos evoluem com sequela, podendo variar de grau leve até a paralisia facial completa uni ou bilateral, prejudicando consideravelmente os movimentos dos músculos faciais7.  

A escala de House-Brackmann (HB), descrita em 1985, é um instrumento subjetivo utilizado para graduar o grau de acometimento da PF nos pacientes. A escala é dividida em seis graus: normal (I), disfunção leve (II), disfunção moderada (III), disfunção moderadamente severa (IV), disfunção severa (V) e paralisia total (VI), que delineará, junto com os outros marcadores levantados na avaliação clínica, a conduta fonoaudiológica sobre o comprometimento manifestado pelo paciente6.

Outros aspectos que a avaliação fonoaudiológica deve contemplar, para o diagnóstico e prognóstico terapêutico, além da avaliação minuciosa da face em repouso e em movimento, são as funções estomatognáticas de mastigação, deglutição e fala, normalmente comprometidas, por consequência da PF. Sendo assim, para alcançar um resultado satisfatório e eficaz no tratamento da PFP se faz necessária a recuperação das funções da mímica e expressão facial do indivíduo acometido, para que ele possa resgatar a sua identidade por meio das expressões faciais, elemento essencial para a comunicação humana1,6.

Portanto, a paralisia facial, muitas vezes, é uma condição que não afeta somente os aspectos funcionais, mas também os estéticos, psicológicos e sociais dos indivíduos, podendo gerar graves prejuízos emocionais7. A deformidade facial e os movimentos involuntários e indesejáveis, as sincinesias, comuns após o estabelecimento das sequelas, além de prejudicar a estética e a funcionalidade, podem afetar significativamente a comunicação interpessoal, a perda de identidade e dificuldade de olhar para si mesmo. Essa condição limita a motivação de se relacionar do indivíduo, causando uma variedade de problemas psicossociais, como depressão, ansiedade, rejeição e paranoia2.          

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