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RESENHAS: FONOAUDIOLOGIA EDUCACIONAL

Por:   •  1/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  4.756 Palavras (20 Páginas)  •  807 Visualizações

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CAMPUS DE MARÍLIA

ISABELLA NICOLETE XAVIER

RESENHAS: FONOAUDIOLOGIA EDUCACIONAL

MARÍLIA

2018

Capítulo 52- Construindo a Fonoaudiologia Educacional

        O capítulo 52 com o título: construindo a Fonoaudiologia Educacional tem como objetivo a realização de uma introdução para os demais textos, abordando em geral, a inserção, a diversidade de atuação do fonoaudiólogo no âmbito da educação e o quão envolvidos estão os profissionais nesta área.

Além disso, também é apresentada as confusões sobre o seu verdadeiro papel, mesmo diante de um perfil básico criado pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia, em que a participação do fonoaudiólogo é desde o planejamento educacional até a elaboração e acompanhamentos de projetos sendo então, um membro da equipe escolar.

Ao longo de todo o capítulo, constantemente é fomentado a diferença entre a atuação clínica adentro da escola e a Fonoaudiologia educacional, que possuem, claramente, objetivos distintos, onde a primeira, tem enfoque às patologias e aqueles que apresentam alguma dificuldade ou transtorno, como por exemplo: TDAH, dislexia e discalculia e que necessitam de ajustes para ter acesso efetivamente a todos os recursos oferecidos pela instituição de ensino. Já a última especialidade citada, engloba todos aqueles que frequentam o ambiente escolar, independente do seu ciclo de vida, nível ou modalidade de ensino. Em geral, abrange toda a educação básica, desde o Ensino Infantil até o Ensino Médio e também a Educação Especial e Superior.

Em meio de todas afirmações e reflexões, é apresentado uma série de dados, comparando a real situação da educação no Brasil com outros países como Finlândia, Coreia do Sul e Canadá, que possuem um índice extremamente baixo de alunos com baixa proficiência, atraso ou fora da escola. Em relação ao alfabetismo pleno, apenas 41% dos jovens que saem do Ensino Médio alcançam, o que é de se espantar, pois nessa reta final, espera-se que o aluno já tenha desenvolvido todas as competências e habilidades, estando preparado para o mercado de trabalho, por exemplo, ou até mesmo situações do cotidiano.

Outro problema marcante, é a dificuldade que os fonoaudiólogos possuem em atuar na área educacional, segundo eles, devido a grande demanda de atendimentos, principalmente aqueles que trabalham nas unidades de saúde pública, em que um grande contingente de alunos é encaminhado para atendimento extraescolar pela escola, com alegações equivocadas de problemas de aprendizagem.

Tal realidade nos remete a uma reflexão que envolve o a dificuldade de desempenho da escola e ou aluno, conhecido como fracasso escolar. Então, fica-se o questionamento se é a escola que possui grande dificuldade para ensinar ou alunos que não conseguem acompanhar os programas escolares e possuem dificuldades. Portanto, o aluno deve ser o foco das atenções e os professores devem enxergar o fonoaudiólogo como um parceiro de ideias e ações, integrando ambos conhecimentos, a fim de propor mudanças que irão melhorar a relação ensino-aprendizagem e abolir a ideia de que o fonoaudiólogo escolar deve estar centrado apenas aos alunos com problemas.

Capítulo 53- Diferentes Panoramas de Atuação em Fonoaudiologia Educacional

Neste capítulo, é enaltecido as diferentes atuações do fonoaudiólogo educacional e uma reflexão a respeito do campo de atuação com um panorama comparativo entre diversos países.

Primeiramente, devemos levar me conta que um dos pilares da Fonoaudiologia é a educação, mais especificamente a educação especial, pois foi por meio dessa que ocorreram as primeiras identificações, inspirações, ações, técnicas e fundamentos que são realizados atualmente pelos profissionais fonoaudiólogos.

Ao passar do tempo, foram então abrangendo as práticas e criando novas concepções dessa área, partindo para um caminho além das patologias, como a prevenção e a promoção de saúde.

A preocupação de muitos países é tentar criar estratégias que façam com que diminuam os problemas de aprendizagem ou que sejam encontradas o quanto antes possível e serem tratadas junto ao processo de ensino-aprendizagem.  Tal preocupação não se restringe apenas aos índices de analfabetismo, mas sim na eficiência da aprendizagem das instituições de ensino e o quão dinâmico se apresenta o modelo. Em países como Finlândia, a valorização e capacitação constante do professor é presente, o que faz com que melhore e atinja de maneira correta o cronograma educacional e também o desenvolvimento de habilidades e competências.

Neste contexto, pode-se dizer que o fonoaudiólogo educacional não atua somente na escola, mas também nas políticas públicas municipais, estaduais e federais. Além disso, ele tem a função de discutir, propor ideias, analisar os discentes como um todo e então desenvolver os programas que complementem o processo ensino-aprendizagem pois possui um amplo conhecimento em processos de neurodesenvolvimento da comunicação humana. Esses programas levam em conta todos os alunos, apesar de suas diferenças e potencias. Portanto, ele faz uma série de ações de investigação para então levantam qual é a realidade presente, bem como suas habilidades de leitura e escrita.

A atuação do fonoaudiólogo em âmbito nacional foi reconhecida pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia apenas em março de 2010, em que este deve fazer parte da equipe escolar, com a organização de programas e estratégias visando sempre otimizar o processo.

Na França, a profissão é extremamente reconhecida, com estudos principalmente na área clínica, e nas escolas, atuam principalmente na promoção e prevenção. Também há projetos de estimulação, sendo como um reforço no quesito de aquisição da linguagem.

Já na Espanha, tem o objetivo de monitorar e intervir nos processos de aprendizagem da linguagem, leitura e escrita. Os profissionais podem trabalhar como assessores nas instituições de ensino, sendo pouco a pouco incluídas em todas.

Partindo para os Estados Unidos, há a presença de uma ampla equipe para avaliação de alunos com necessidades especiais, onde são realizados atendimentos e tratamentos individuais e é aplicado o modelo de resposta a intervenção, o RTI.

Em resumo, todos os países trazem um objetivo de estudo em comum que é a comunicação humana em toda a sua abrangência e desdobramento. Além disso, deve lembrar da diferença entre avaliação de aprendizagem e avaliação para aprendizagem, em que o último citado tem enfoque total para o escolar, buscando sempre a proposição de estratégias pedagógicas, letramento e acima de tudo, atuar nos níveis tanto macro, como no micro envolvendo sempre, com os instrumentos, todos os que participam daquele contexto escolar.

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