A Vigilância e Saúde
Por: Ingrid Ferreira • 12/4/2021 • Trabalho acadêmico • 4.842 Palavras (20 Páginas) • 183 Visualizações
Vigilância e saúde
INTRODUÇÃO
A maneira em que o conteúdo de vigilância em saúde foi ensinado nos diferentes currículos dos epidemiologistas, higienistas, bioestatística, clínicos gerais abrangentes e mestres em Saúde Pública e Cuidados Primários é descrito. Na pesquisa documental realizada, observou-se que, em uma primeira etapa, o ensino da vigilância era ministrado em disciplinas isoladas da disciplina de Epidemiologia; depois como uma disciplina acadêmica em que a aquisição de conhecimentos teóricos foi enfatizada e finalmente foi sistematizada como uma disciplina na qual o aluno sintetiza o que sabe e sabe fazer. Aproximá-la da realidade concreta da vigilância no Sistema Único de Saúde.
A vigilância sanitária é hoje um componente de trabalho obrigatório para médicos e enfermeiras de família, epidemiologistas, higienistas e gestores, ou seja, para todos os profissionais de saúde. Está presente em todos os níveis de atenção. Na atenção básica é um instrumento para realizar a análise permanente da situação de saúde das comunidades, acompanhar os problemas de saúde de suas populações e definir as prioridades de trabalho com o desenho conjunto com todos os atores sociais das ações voltadas para a solução dos problemas detectados. No nível secundário, é um aliado insubstituível no reconhecimento dos problemas de saúde nas comunidades atendidas pelas diferentes unidades de saúde e possibilitando o planejamento. de um atendimento mais integral, detectando e corrigindo desvios na qualidade dos serviços prestados. No nível terciário, acompanha o processo investigativo com técnicas rápidas e são feitas previsões que facilitam o alcance das estratégias propostas.
Quando a estrutura socioeconômica do país muda, o caráter do Sistema de Saúde é profundamente modificado. Partindo de uma Medicina com poucas instituições públicas e um importante grupo do setor privado de caráter curativo, usufruído apenas por uma minoria, passou a um sistema de saúde de caráter curativo-preventivo, com base no seguinte princípio: não é curar o doente, mas cuidar da saúde do homem. Não devemos esperar que a doença venha, devemos enfrentá-la, devemos tomar a ofensiva, devemos prevenir. Tudo isso é um conceito novo. Não se trata de prestar serviços a quem está doente, mas fundamentalmente de prevenir que adoeça, considerando a saúde como o estado normal da pessoa, defendendo esse estado de saúde e só excepcionalmente combatendo a doença quando a doença pode quebrar todas as barreiras.
Muitas foram as conquistas da Saúde Pública nesta incorporação da vigilância, primeiro epidemiológica e depois na saúde, desempenhou um papel preponderante como instrumento de trabalho cotidiano. No entanto, os trabalhadores da saúde ainda não o utilizaram de forma ideal, o que se reflete na execução de ações contra os agravos à saúde que afetaram a população, como as epidemias de dengue 1 e 2, conjuntivite hemorrágica epidêmica e neuropatia epidêmica. Em cuja situação poderia ter influenciado um conjunto de causas, entre as quais se destacam: o não fortalecimento das unidades de vigilância, principalmente no nível local, há uma deficiente incorporação do pensamento epidemiológico no profissionais de saúde no cotidiano do trabalho, bem como a falta de competência em vigilância sanitária, dada por conhecimentos e habilidades não suficientemente adquiridos durante a graduação e pós-graduação pelos profissionais de saúde, a que se soma o déficit de material didático elaborado por autores cuja distribuição seria têm educação permanente reforçada em vigilância.
- DESENVOLVIMENTO
- Análise da situação de saúde
A demografia, a análise epidemiológica de indicadores de morbimortalidade para a elaboração do chamado "diagnóstico de saúde" é uma prática milenar em nosso país.
Por diversos motivos, essa atividade foi abandonada ou significativamente reduzida no país nas últimas décadas, o que tem comprometido claramente o pleno desempenho dos serviços de saúde.
Recentemente, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) tem tentado restabelecer essa prática por meio do monitoramento e análise sistemática da evolução dos indicadores demográficos, sociais, econômicos e de saúde para estimular a aplicação generalizada da epidemiologia a fim de melhor compreender os determinantes da população e o estado de saúde. O nome desta atividade é "Análise de Saúde".
Essa estrutura em evolução destaca a relevância de treinar os serviços de saúde para analisar e interpretar esses indicadores com base em conceitos como "mudanças epidemiológicas".
Com base nesse conceito, buscamos compreender as profundas mudanças nos padrões de morbimortalidade nas últimas décadas. Entre eles, o declínio da mortalidade infantil e o declínio significativo da morbimortalidade por doenças diarreicas tiveram impacto no aumento da “esperança de vida”.
A evolução dessa situação deve ser acompanhada com atenção por todos os profissionais que orientam ou decidem sobre as políticas de saúde. Tomamos como exemplo o processo de envelhecimento da população e seu impacto nas características da demanda dos serviços de saúde, o que leva à necessidade de desenvolver novas profissões e modificar a infraestrutura e os equipamentos dos serviços de saúde.
Em 1997, Monteiro e outros realizaram uma análise interessante sobre a melhoria dos indicadores de saúde relacionados à pobreza no Brasil na década de 1990 e tomaram como exemplos para concluir que os indicadores estão intimamente relacionados à pobreza, como mortalidade infantil no Brasil e desnutrição. Os primeiros anos de vida desenvolvendo-se continuamente em todo o país nas últimas duas décadas.
No entanto, deve-se destacar que os indicadores de saúde observados nas áreas urbanas nordestinas ainda estão distantes dos indicadores de saúde observados nas cidades do centro e sul. Além disso, verifica-se que, nas últimas duas décadas, o progresso registrado nas áreas rurais do Nordeste da China é inferior ao observado nas áreas rurais do centro e do sul da China, levando ao aumento da desigualdade nessas áreas.
Para que possamos proporcionar melhor saúde e bem-estar à população brasileira, sejam quais forem as políticas de saúde a partir de agora implementadas, a começar pela vigilância em saúde, essas políticas devem ser pautadas por uma análise criteriosa da evolução e utilização desses indicadores como ferramentas epidemiológicas para análise de aprendizagem.
Com base em métodos epidemiológicos, a introdução do monitoramento de indicadores demográficos, sociais, econômicos e de saúde nas rotinas dos serviços locais e a análise regular desses dados melhorará a utilização dos recursos existentes e produzirá maior impacto. Desenvolvimento do programa.
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