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O Módulo Mulher

Por:   •  5/11/2022  •  Trabalho acadêmico  •  10.775 Palavras (44 Páginas)  •  140 Visualizações

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                                                                                                                                                                                                                Mayra Maisa – 04º semestre – Medicina

SP 2.3: Ligeiramente Grávida[pic 1][pic 2]

  1. Fisiologia da gravidez e modificações gravídicas gerais e locais. 

As modificações maternas são adaptações anatômicas e bioquímicas de todos os sistemas do corpo e decorrem da reação orgânica do concepto, da sobrecarga hormonal ou da ação mecânica desencadeada pelo útero gravídico. O objetivo de todas essas adaptações é promover condições para um desenvolvimento fetal adequado e um completo equilíbrio com o organismo materno. No entanto, algumas dessas modificações podem agravar condições clinicas pré-existentes ou produzir sintomas que são incômodos. Por isso, saber diferenças sinais e sintomas decorrente de alterações fisiológicas de condições patológicas é essencial para assegurar uma gestação bem sucedida.

modificações cutâneas[pic 3]

Alterações Atróficas

  • ESTRÍAS GRAVÍDICAS OU VIBICES.

São alterações atróficas que traduzem o estiramento das fibras colágenas. Seu aparecimento está condicionado a diminuição da hidratação e ao estiramento da pele. Incidem mais frequentemente em áreas predispostas a esses fatores, como abdome, mamas, nádegas e coxas. Na gestação costumam ser avermelhadas ou violáceas e logo após o parto podem se tornam esbranquiçadas.

 ALTERAÇÕES VASCULARES CUTÂNEAS.

Resultam de uma vasodilatação imposta pelo padrão hormonal da gestação, principalmente pelo aumento de estrogênio.

  1. ERITEMA PALMAR

Uma vermelhidão difusa surge em toda superfície palmar, mais pronunciada nas eminencias tênares e hipotênares, que pioram com a evolução da gravidez. Na maioria dos casos desaparece após a gravidez.

  1. TELEANGECTASIAS OU ANGIOMAS OU ARANHAS VASCULARES.

São pequenos vasos que se ramificam de um corpo central. Aparecem como pequenas elevações vermelhas na pele, principalmente na face, pescoço, tórax e braços. Tem uma maior incidência nas mulheres brancas e na maioria dos casos desaparece após a gravidez.

 ALTERAÇÕES PIGMENTARES

O perfil hormonal da gestação desencadeia um aumento de estrogênio e progesterona. Esse aumento culmina numa hipertrofia do lobo intermediário da hipófise, que é responsável pelo metabolismo da alfamelanotropina, que vai exercer uma ação sobre os melanócitos. É importante ressaltar que as alterações pigmentares aumentam de acordo com a exposição solar.

  1. LINHA NIGRANS

Corresponde à pigmentação de cor preto acastanhada na linha média do abdome, resultante da ação estimulante sobre os melanócitos.

  1. MELASMA GRAVÍDICO OU CLOASMA

São manchas acastanhadas da face consequente ao estimulo de melanócitos. Embora esta alteração seja típica da gestação, ela não é exclusiva dela.

 HIPERSECREÇÃO DE GLÂNDULAS SEBÁCEAS 

O aumento da secreção das glândulas sebáceas resulta de um incremento da ação progestagênica. A pele da gravida torna-se mais oleosa, o que predispõe a queda capilar e ao aparecimento da acne.

MODIFICAÇÕES OSTEOARTICULARES

 POSTURA E MARCHA 

O peso adicional da gravidez desestabiliza o equilíbrio materno ao colocar seu centro de gravidade para frente. Para corrigir o seu eixo corporal, a gestante assume atitude involuntária de lordose lombar, posicionando seu tórax para trás e dessa forma volta a coincidir seu centro de gravidade com o eixo do seu corpo. A gravida também amplia a sua base de sustentação, como uma forma compensatória, afastando um pé do outro. Essa postura modifica sua marcha. Dessa forma, o andar oscilante, com passos curtos e lentos, base de sustentação alargada e maior ângulo dos pés com a linha média descreve a marcha típica da gestante: marcha anserina. Essas alterações posturais alteram a anatomia da coluna vertebral, sobretudo da coluna lombar, o que permite a ocorrência de espasmos dos músculos intervertebrais e diminui o espaço entre as vertebras. O resultado final são compressões radiculares e a lombalgia. Pode ainda, surgir dor na região cervical, causada pela flexão mantida do pescoço. Eventualmente os nervos ulnar e mediano podem sofrer pequenas trações, por um deslocamento da cintura escapular, o que produz desconfortos e dormência dos membros superiores.

 SISTEMA ARTICULAR

A embebição gravídica (resultado da maior concentração de sódio e elevação do teor aquoso dos tecidos) promove o relaxamento dos ligamentos do sistema articular. Apesar de acometer todas as articulações, observa-se maior mobilidade das articulações sacroilíacas, sacrococcígeas e do pube. A frouxidão da articulação da sínfise púbica favorece sua abertura em ate 12mm. Após 3 a 5 meses pós-parto, essa disfunção fisiológica da sínfise volta ao normal.

O estrogênio aumenta a vascularização e a hidratação do tecido conectivo dos ligamentos articulares. Por outro lado, a progesterona e a relaxina diminuem o tônus da musculatura responsável pela estabilização dessas articulações.

MODIFICAÇÕES NAS MAMAS E APARELHO GENITAL

 MODIFICAÇÕES NAS MAMAS

 MASTALGIA

Nas primeiras semanas de gravidez (em torno da 5ª semana), um dos primeiros sinais clínicos de gestação é a mastalgia (dor nas mamas). E como esse processo ocorre? Então, vai haver uma congestão, tornando-as doloridas, turgidas e com aumento de volume. Esse aumento vai ser decorrente da hiperplasia dos elementos glandulares com proliferação dos canais galactóforos e ramificação dos ductos mamários.

TUBERCULOS DE MONTOGOMERY

Na 8ª semana de gestação, as aréolas primárias tornam-se mais pigmentadas, e nelas surgem projeções secundárias representadas por glândulas mamárias acessórias e glândulas sebáceas denominadas de Tubérculos de Montgomery.

REDE DE HALLER

Com 16 semanas já é possível a extração do colostro e se verifica um aumento da vascularização venosa das mamas designada de rede de Haller.

SINAL DE HUNTER

 Na 20ª semana, há um aumento da pigmentação dos mamilos, que torna seus limites imprecisos e forma a aréola secundária, definindo o sinal de Hunter.

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