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Curso de Nutrição Nutrição e Esportes

Por:   •  13/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.404 Palavras (6 Páginas)  •  243 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS

Faculdade Ciência Da Saúde

Curso de Nutrição

Nutrição e Esportes

Acadêmicas: Carolina Chaves,Elei Tatiane,Francielly Soares,Isabela Oliveira,Melize Gil,Thaisa Andrade

CREATINA

Professora: Fernanda Viana de Carvalho Moreto

Dourados/MS

2019

CREATINA

A creatina [NH2-C(NH) - NCH2(COOH)-CH3] é um composto de aminoácidos presente nas fibras musculares e no cérebro. A palavra deriva do grego kreas, que significa carne. Em 1832 o cientista e filósofo francês Michel Eugene Chevreul identificou e nomeou a creatina, mas foi Justus von Liebig, cientista alemão, que anos depois começou a promovê-la como substância importante para aumento de força em trabalhos físicos.

É utilizada para aumentar o desempenho físico e massa muscular, bem como retardar o processo de fadiga. O uso da creatina está crescendo entre indivíduos fisicamente ativos e atletas de diversas modalidades, devido aos seus possíveis efeitos ergogênicos sobre o desempenho anaeróbio e na hipertrofia muscular.

A creatina age no organismo a partir de sua forma fosforilada (fosfocreatina ou fosfato de creatina). Através da enzima creatina cinase (ou creatina quinase) ocorre a transferência do grupo fosforila (PO32-) da fosfocreatina para o ADP, produzindo assim ATP. Também age como "tampão espacial", transportando a energia útil armazenada na forma de compostos fosforilados com alto potencial químico de hidrólise (energia de Gibbs ou energia livre) gerados na mitocôndria para o citoplasma.

A creatina não é essencial, ou seja, não depende da ingestão pois pode ser produzida pelo organismo humano. Contudo a suplementação desse composto pode elevar as concentrações musculares, o que é proposto como agente ergogênico.

Atualmente a creatina é encontrada nas formas monohidratada,micronizada,alcalina e étil éster  podendo ser encontrado em pó, gel, líquidos, barras e goma.

Creatina monohidratada de acordo com Sociedade Internacional de Nutrição Esportiva, os autores afirmaram que “Creatina monohidratada é o mais eficaz suplemento nutricional ergogênico atualmente disponível para atletas em termos de aumentar a capacidade de exercício de alta intensidade.’’ Composta por 88% de creatina e 12% de água.

Creatina micronizada possui partículas menores,dissolve-se melhor em líquidos,possui uma maior absorção intestinal.

Creatina alcalina é a menos famosa em relação aos outros tipos de creatinas, possuindo um ph maior que as outras, assim a molécula fica mais estável entrando em contato com uma substância líquida. Quanto maior o pH, menor é a conversão da creatina em creatinina.

Creatina étil éster é um monohidrato de creatina com uma ligação ester adicional ligada à sua estrutura molecular, ela pode ter vantagens sobre a forma monohidratada, pois sua eficiência de absorção no corpo é quase máxima.

A creatina pode ser ingerida em doses diárias de 20 g,por um período de 5 a 7 dias porém alguns estudos demonstraram que a suplementação com 3g por dia traz os

mesmos benefício.

O excesso desse suplemento/recurso ergogênico  pode causar algum dano pra saúde?

 

Importantes entidades como a US Food and  Drog Administration (FDA), a Association of Professional Team Physicians, a International Society of Sports Nutrition e o American College of Sports Medicine (ACSM) atestam a segurança da suplementação de creatina. No entanto, sabe-se que altas doses (acima de 10g/dose) de creatina, tomadas de uma única vez, podem provocar náuseas, vômitos, diarreia, cefaleia e mal estar geral, sem evidências de efeitos colaterais mais graves. Existem diversos relatos de caso na literatura que apontam para potenciais efeitos nefrotóxicos ou letais da creatina. No entanto, tais publicações são estudos de caso retrospectivos, o que per se não permitiriam as tais generalizações feitas pelos autores. Somado a isso, temos também que estes estudos apresentam falhas metodológicas na avaliação da função renal com marcadores não adequados para o propósito, além do pouco detalhamento sobre as comorbidades e histórico clínico dos pacientes. Tais estudos são devidamente considerados pelas entidades esportivas em seus posicionamentos mais atuais, no entanto, são relevados segundo a sua importância.

 

Estudos realizados em indivíduos com deficiência da síntese de creatina não apontaram efeitos colaterais em períodos prolongados de utilização, já estudos com outras populações sugerem que a suplementação de creatina não prejudica a função renal, hepática e do sistema cardiovascular, bem como inúmeros marcadores de saúde. É importante que a maioria dos estudos que utilizaram a creatina em pacientes com doenças crônicas, analisou os efeitos dessa substância na função renal por curtos períodos. Nesse sentido, ainda não existem evidências que permitam fundamentar a segurança da utilização dessa substância em períodos prolongados. Quando suplementada em altas doses a creatina, por virar creatinina nos rins pode levar a toxicidade e insuficiência renal, uma vez que a filtração ficará prejudicada. Porém, os efeitos da suplementação de creatina sobre a função renal

 são debatidos intensamente na literatura científica e existem especialistas que afirmam que a creatina pode não afetar os rins, ainda são necessários mais estudos para identificar se há problemas ou não. Algumas pesquisas também têm apontado que em excesso a creatina pode afetar a saúde do fígado.

É possível substituir esse suplemento/recurso ergogênico pela alimentação?

Por ser um aminoácido a cretiana pode ser encontrada em alimentos de origem animal sendos eles salmão 4,5g ; porco 5,0g; atum 4,0 g; carne bovina 4,5g/kg entre outros. No entanto, a pesquisa mostra que um indivíduo teria que consumir pelo menos 500 gramas de proteína da preferência todos os dias para a ingestão adequada de creatina.

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