Doenças infecto contagiosas
Por: tatycq • 30/10/2017 • Resenha • 2.907 Palavras (12 Páginas) • 503 Visualizações
Escarlatina
A escarlatina é uma doença infecciosa e contagiosa, causada pela bactéria Estreptococo beta hemolítico do grupo A, através da toxina aritrogênica. Esta bactéria atinge principalmente crianças e adolescentes, porém adultos com o sistema imunológico fragilizado também podem contrair esta doença.
A infecção pode ser transmitida de pessoa para pessoa através de gotículas expelidas por tosses, espirros, até pela fala e a respiração com certa proximidade de outra pessoa, podem provocar o contagio. Por ser uma doença de fácil contágio, assim que o contaminado é diagnosticado, o contato com outras pessoas deve ser evitado, e todos os objetos e roupas devem ser separados.
O período de encubação da doença é normalmente de 2 a 4 dias, mas o sintomas podem aparecer rapidamente ou demorarem até 10 dias. Os sintomas iniciais da doença são: febre superior a 38ºC, dores de garganta, falta de apetite, dores musculares, sede, enjôo e vomito, dificuldade de engolir; com a evolução da escarlatina outros sintomas começam a aparecer como a descamação e vermelhidão na língua e na pele, manchas vermelhas na pele, pele áspera, aparecimento de feridas em vários lugares de corpo (mais comumente na pescoço, zona torácica, cotovelos, joelhos e virilhas); aparecimento de pontos vermelhos de pequena dimensão na parte final do céu da boca.
O infectado deve procurar um médico e combater a doença e seus sintomas com remédios indicados por um profissional da saúde, a ingestão de líquidos quentes e sopas ajudam a aliviar a dor de garganta, o ar deve ser umidificado e purificado (evitar fumaça de cigarro, e produtos de limpeza) para evitar irritações na garganta, além disso o paciente deve manter uma boa hidratação. Caso a doença não seja tratada da forma correta, algumas complicações raras podem surgir, pois a escarlatina pode evoluir para problemas mais sérios como: febre reumática aguda, osteomielite, artrite, infecção de ouvido, doenças renais, hepatite, meningite, pneumonia e sinusite.
Um foto curioso sobre a doença, é que a contaminação costuma ocorrer nas estações frias, outono e primavera, pelo fato das pessoas ficarem em ambientes mais fechados e terem uma proximidade física maior nessas épocas.
Ao contrário do que muitos pensam, a escarlatina é uma doença comum, cerca de 10% das pessoas que apresentam dor de garganta, na realidade estão com escarlatina. Esta confusão ocorre devido aos sintomas iniciais da doença.
Hanseníase
A hanseníase ou lepra como é mais conhecida, é uma enfermidade antiga, a qual fez com que muitas pessoas contaminadas fossem excluídas da sociedade, pois antigamente não existia cura e as pessoas tinham muito medo de se contaminarem.
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria chamada de Mycobacterium leprae. Atualmente existem tratamentos gratuitos e campanhas para a erradicação da doença, já que se não tratada essa infecção pode ser preocupante. Os países com condições precárias de higiene e superpopulação são os que apresentam a maior incidência de casos.
O contagio dessa doença, ocorre através do contato com gotículas expelidas pela tosse, espirro, fala e também pelo contato direto com a pele do infectado. Esta doença pode ser transmitida também através de animais como macaco, tatu, percevejo ou mosquito contaminado.
Os sintomas da hanseníase são de fácil identificação, pois a doença atinge primeiramente a pele e os nevos periféricos, podendo chegar a atingir os olhos e os tecidos do interior do nariz também. O sintoma inicial é o aparecimentos de manchas pardas na pele, logo após começa a ocorrer a perda de sensibilidade térmica na região afetada pela doença, assim como também a perda de pelos e a ausência de transpiração. Quando atinge os nervos, a doença causa dormência e perda da contração muscular. Podem aparecer caroços e/ou inchaços nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos e cotovelos; e pode haver alteração na musculatura esquelética causando deformidades nos membros.
A hanseníase pode ser identificada de quatro formas clinicas:
- Hanseníase indeterminada
Estágio inicial da doença e muito comum em crianças. Quando começa nesse estágio, apenas 25% dos casos evoluem para outras formas.
- Hanseníase Tuberculóide
Forma mais leve da doença. A pessoa tem apenas uma ou poucas manchas pálidas na pele. Ocorre quando a patologia é paucibacilar (com poucos bacilos), ou seja, não contagiosa. Alterações nos nervos próximos à lesão podem causar dor, fraqueza e atrofia muscular.
- Hanseníase Borderline
Forma intermediária da doença. Há mais manchas na pele e cobrindo áreas mais extensas, em alguns casos é difícil precisar onde começa e onde termina.
- Hanseníase Virchowiana
Forma grave da doença, multibacilar, com muitos bacilos, e contagiosa. Os inchaços são generalizados e há erupções cutâneas, dormência e fraqueza muscular. Nariz, rins e órgãos reprodutivos masculinos também podem ser afetados.
O diagnóstico da doença é feito pelo dermatologista, através de testes de sensibilidade, avaliação motora e se preciso biópsia ou exame laboratorial. O tratamento se inicia o mais rápido possível após o diagnostico, são utilizados antibióticos para tratar as infecções, e o tempo de tratamento varia de acordo com o estágio da doença, podendo durar em torno de seis meses nas formas mais brandas, e passar de um ano nos casos mais graves.
A melhor forma de prevenir a doença é mantendo o sistema imunológico eficiente. Ter boa alimentação, praticar atividade física, manter condições aceitáveis de higiene também ajudam a manter a doença longe, pois, caso haja contato com a bactéria, logo o organismo irá combatê-la. Outra dica importante é convencer os familiares e pessoas próximas a um doente a procurarem uma Unidade Básica de Saúde para avaliação, quando for diagnosticado um caso de hanseníase na família. Dessa forma, a doença não será transmitida nem pela família nem pelos parentes próximos e amigos.
A hanseníase é uma doença totalmente curável, portanto não á motivos para a descriminação.
Herpes Simples
O herpes simples é uma doença contagiosa muito comum causada pelo vírus HSV (vírus do herpes simples humano). Existem dois tipos de HSV: o tipo 1, que frequentemente se associa as lesões orais, e o tipo 2, que é responsável por 80 a 90% das lesões genitais. A contaminação ocorre pela exposição direta ao contato da pele e das mucosas com uma pessoa infectada.
A infecção primária é definida como a primeira infecção pelo HSV em um paciente que nunca teve contato anterior com o vírus. Após a infecção primária, o vírus tem a capacidade de permanecer no corpo humano sem nenhum sinal ou sintoma, podendo posteriormente ser reativado para produzir a doença recorrente, que geralmente é menos grave e de duração mais curta que a infecção primária.
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