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OS ALIMENTOS FUNCIONAIS EM DIETA DE PACIENTES COM DEPRESSÃO

Por:   •  26/5/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.470 Palavras (6 Páginas)  •  227 Visualizações

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

ALIMENTOS FUNCIONAIS EM DIETA DE PACIENTES COM DEPRESSÃO

GRUPO:

Cristine Aquino Moreira Majdalani - 20182101761

Fernando Francisco da Silva Abreu – 20181107954

Karina Kuperman Groisman – 20181102040

Kethlyn Yasumitsu – 20182102201

Paloma Barcellos Figueiredo Melo – 20182101248

Renata Celi – 20181102014

Rio de Janeiro

2021

SUMÁRIO

1.        INTRODUÇÃO        

2.        DESENVOLVIMENTO        4

3.        CONCLUSÃO        6

4.        REFERÊNCIAS        7


  1. INTRODUÇÃO

Crises de saúde como a pandemia COVID-19 levam a várias mudanças psicológicas, não apenas nos trabalhadores da área da saúde, mas também nos cidadãos como um todo. Tais mudanças psicológicas são instigadas por fatores como medo, ansiedade, depressão ou até mesmo insegurança. O nervosismo e a ansiedade em uma sociedade afetam a todos em grande medida, diminuindo o bem-estar da população.

Com os diversos desafios trazidos pela pandemia e, diante do cenário atual, os impactos negativos que acometem a saúde mental de vários indivíduos podem inclusive comprometer as condições de saúde do organismo como um todo. Com o isolamento social, vieram novos hábitos alimentares e a busca cada vez maior pelos chamados “comfort foods”, que são alimentos que geram conforto emocional e afetivo. Tal grupo geralmente envolve alimentos ultraprocessados, com altos níveis de açúcares, gorduras e aditivos químicos, tendo menos alimentos in natura e saudáveis. A diminuição do consumo de alimentos in natura e o aumento da ingestão dos processados pode gerar ainda mais estresse, ansiedade e tensão.

Evidências recentemente sugerem que pessoas que são mantidas em isolamento e quarentena expressam níveis significativos de ansiedade, raiva, confusão e estresse. De modo geral, os estudos que examinaram os distúrbios psicológicos durante todo esse tempo de pandemia COVID-19 relataram que os indivíduos afetados apresentam vários sintomas de trauma mental. Entre tais sintomas se encontram sofrimento emocional, depressão, estresse, alterações de humor, irritabilidade, insônia, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, estresse pós-traumático e raiva.

A identificação precoce de indivíduos nos estágios iniciais de um transtorno psicológico torna as estratégias de intervenção mais eficazes. Os tratamentos e os cuidados do profissional diante de várias alterações comportamentais, devem visar, através da alimentação e práticas de atividades físicas, diminuir os sintomas decorrentes dos aspectos psicológicos.

Sabe-se que a alimentação saudável é essencial para a saúde do corpo, mas ela também é importante para a saúde mental. Por exemplo: o zinco é um mineral que tem capacidade de aumentar a sobrevivência de células do Sistema Nervoso Central, enquanto os ômegas (3 e 6) são importantes constituintes dessas células. Podemos ir além: o triptofano é precursor de serotonina, o chamado hormônio do bem-estar e humor. O magnésio também tem importante papel no metabolismo energético, ajudando na formação de energia. As vitaminas do complexo B ajudam na síntese de neurotransmissores do Sistema Nervoso Central. Com isso esclarecido, podemos dizer que: sim, uma dieta equilibrada pode ajudar no tratamento de pacientes com depressão.

  1. DESENVOLVIMENTO

 Estudos demostram que uma alimentação saudável com ingestão diária de frutas, frutas, legumes, grãos integrais e peixes, está associado com um menor risco de depressão e ansiedade. Além disso, uma alimentação diária com alta ingestão de fast food, bebidas alcoólicas e cigarro, podem estar associados ao aumento de risco de depressão. Sendo que, uma alimentação não saudável com baixa ingestão de vitaminas e minerais pode ocasionar deficiências nutricionais no organismo, sendo frequente em pessoas com depressão e ansiedade.

Muitos alimentos podem ajudar a melhorar o quadro de depressão. São eles:

  • Magnésio, encontrado em lentilha, ervilha, banana, abacate, beterraba, quiabo, espinafre, aveia, cacau em pó, amêndoas e nozes.
  • Zinco, encontrado na carne vermelha, semente de abobora, feijões, ovos, chocolate amargo, castanhas.
  • Triptofano, presente no arroz, grão de bico, peixe, aves, abóbora, banana, cacau em pó, ovos.
  • Vitaminas B6, B9, B12, proteínas animais são ótimas fontes de vitamina B6 e B12, e as leguminosas, hortaliças e frutas, são boas fontes de ácido fólico.
  • Vitamina D: Produzida na pele através da exposição ao sol e pode ser adquirida através da ingestão de peixes gordos, cogumelos, gema do ovo, e suplementos.
  • Ácidos Graxos e Ômega 3, encontrados em peixes como salmão, arenque, cavala, sardinha e atum são ricos em EPA e DHA, que são considerados as principais fontes de ômega 3. As fontes vegetais, como azeite de oliva, semente de linhaça e chia também contêm uma boa fonte de ômega 3.

Esses nutrientes são essenciais para produção de hormônios e neurotransmissores que são necessários para o correto funcionamento do cérebro, o que é capaz de auxiliar no tratamento da depressão. Além disso, existem alimentos funcionais que auxiliam na dieta, como a cúrcuma e os alimentos presentes na dieta mediterrânea.

Especiarias como a cúrcuma, um poderoso antioxidante, possuem uma variedade de características neuroprotetoras já firmemente documentadas, sendo assim, um alimento funcional e uma alternativa plausível para o tratamento de doenças de desordens psíquicas, como a depressão, através também da dieta do indivíduo.

A dieta mediterrânea é um estilo de vida característico de países do Mar Mediterrâneo, tendo como fontes alimentares elevado consumo de alimentos de origem vegetal (cereais pouco refinados, hortofrutícolas, leguminosas e frutos oleaginosos), consumo frequente de pescado, consumo reduzido de produtos açucarados, carnes processadas e carnes vermelhas, uso do azeite como principal fonte de gordura, água como bebida principal, preferência por produtos minimamente processados. Estudos recentes concluíram que uma adesão moderada ou alta ao padrão alimentar mediterrânico pode ter um papel protetor nos casos de depressão, sendo que um menor risco de depressão foi associado a níveis de adesão moderados. Portanto, dar preferência a alimentos in natura ou minimamente processados trará benefícios à saúde física e mental do indivíduo.

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