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Pancs - Plantas Alimenticias Nao Convencionais

Por:   •  11/4/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.268 Palavras (6 Páginas)  •  407 Visualizações

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TAIOBA E FLOR DO IPÊ

Plantas alimentícias não convencionais

pancs

Trabalho apresentado ao Curso de Nutrição, Centro Universitário Anhanguera, para obtenção de nota em Gastronomia Aplicada à Nutrição.

Professor:

2018

    plantas alimentícias não convencionais – pancS

O Brasil é um país com um dos ecossistemas mais ricos do mundo graças a sua gigantesca biodiversidade de fauna e flora, porém, ainda assim, muitas espécies botânicas permanecem desconhecidas pela maior parte da população e muitas delas são denominadas “daninhas”, “do mato” ou “inços” por crescerem entre as plantas cultivadas, ou em locais vistos como impróprios.

Plantas alimentícias são todas aquelas que dispõem de uma ou mais partes que podem ser aproveitadas na alimentação humana, como: raízes, bulbos, rizomas, talos, tubérculos, folhas, brotos, frutos, flores, sementes, goma, resina, ou que são utilizadas para aquisição gorduras e óleos comestíveis. Também estão incluídas neste mesmo conceito as especiarias, espécies condimentares e aromáticas, inclusive plantas que são aplicadas como substitutas do sal, do edulcorantes, dos corantes alimentares, dos amaciantes de carnes, inclusive para produção de bebidas, tonificantes e infusões.

Plantas que regem a esfera alimentícia, incomuns e não inseridas no dia a dia de grande parcela da população de uma determinada região, país ou até mesmo do planeta, são classificadas como plantas alimentícias não convencionais (PANCs), espécies detentoras de grande valor ecológico e econômico. Muitas plantas alimentícias não convencionais também são medicinais e têm propriedades nutracêuticas, ou seja, ajudam a prevenir e combater doenças.

Plantas alimentícias não convencionais são plantas que como o próprio nome já diz, não estão no consumo rotineiro, seja por falta de costume ou de conhecimento, pois muitas delas são cultivadas em locais que as pessoas acreditam não ser ideal, como matos e terrenos baldios, por exemplo. No entanto, a expansão deste conhecimento na serventia dessas plantas auxiliará na ampliação e no reconhecimento da agricultura familia com maior proteção ao meio ambiente e à saúde, em razão de que elas crescem espontaneamente nas mais variadas condições climáticas e regiões, isentas de fertilizantes e agrotóxicos que são tão comumente aplicados pela agricultura convencional, reavendo nossa biodiversidade e os princípios de uma alimentação mais sustentável. Além do que, estudos científicos com as PANCs estão sendo cada vez mais freq        uentes e intesificados atualmente, revelando impactos potenciais à saúde, especialmente em familiaridade com a proteção antioxidante e nos efeitos anti-inflamatórios, promissoras nos estudos preliminares fitotécnicos e nutricionais.

Esta pesquisa sobre as PANCs aplicadas à alimentação humana é baseada em dois tipos: a taioba e a flor do ipê

TAIOBA

A taioba cientificamente conhecida como  Xanthosoma sagittifolium, também chamada de orelha-de-elefante, taioba-verde, taiá, inhame-de-folha, yautia, taiá-çu, taiarana, mangarito-grande, mangarito-roxo mangará, macabo ou tannia, é uma espécie originária da América Central, cultivada há vários anos pelos índios brasileireiros. Carrega consigo uma rusticidade, tem preferência por sombra e solos úmidos, principalmente marges de rios, lagos e lagoas, por isso é largamente cultivada em regiões tropicais e subtropicais e hoje é mais fácil encontrá-la na América do Sul.

Bastante aplicada na alimentação de alguns estados da região sudeste, principalmente Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, suas folhas são ricas em fibras (principalmente insolúveis), tem alto teor de proteínas, apresentam grandes quantidades de minerais, importante fonte de ferro, cálcio, potássio, fósforo, cobre e manganês, possui baixo conteúdo calórico, vitamina C, o que a torna um vegetal altamente nutritivo. Suas propriedades terapêuticas são: energética, nutriente, mineralizante, emoliente, antianêmica e lactígena.

Seus rizomas (caule subterrâneo no todo ou em parte e de crescimento horizontal) são boas fontes de carotenóides. O seu preparo e uso culinário é similar ao da batata. Suas folhas precisam ser apanhadas bem jovens. É preciso muita atenção, pois a taioba faz parte da família das Araceas, que são muito parecidas com a taioba, porém não são comestíveis. Consumidas de preferência cozidas, pois contém uma toxina conhecida como ácido oxálico, onde a planta crua é capaz de irritar a boca e a garganta, é preciso cozinhar sob fervura por 10 minutos, sob vapor ou assar durante 15 minutos. Após estes cuidados, a taioba pode ser consumida em refogados, sopas, arroz e em recheios de tortas, entre outros.

Abaixo apresentamos uma receita com passo a passo de uma deliciosa crepioca recheada com taioba e ricota, uma excelente sugestão de prato utilizando esta planta alimentícia não convencional.

RECEITA CREPIOCA COM RECHEIO DE TAIOBA

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FLOR DO IPÊ ( IPÊ AMARELO )

O ipê amarelo cientificamente conhecido como  Tabebuia chrysotricha, também chamado de ipê-amarelo-cascudo, ipê-do-morro, ipê, ipê-amarelo, aipé, ipê tabaco, ipê-amarelo-paulista, pau-d’arco-amarelo, piúva, ipeúva, pau darco amarelo e paratudo é uma espécie da familía das bignoniáceas, originária América tropical, desde o México até a Argentina, porém é no Brasil que encontramos a maior quantidade dessa árvore, de norte a sul de todo o país, eleita árvore-símbolo da cidade de Petrópolis. Uma árvore amplamente cultivada na arborização urbana com grande apelo ornamental.

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