CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUIMICAS DO LEITE DE VACAS MESTIÇAS SUPLEMENTADAS COM ADITIVO FITOGÊNICO

CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUIMICAS DO LEITE DE VACAS MESTIÇAS SUPLEMENTADAS COM ADITIVO FITOGÊNICO

MAIA, Mário Henrique Mossignato1; SILVA, Wanderson Santos Dourado1; CASTRO, Amanda Carrilho Lopes1; ALVES, Cássia Cristina Fernandes2; NICOLAU, Edmar Soares3; SILVA, Marco Antônio Pereira2

1Academico de Zootecnia Instituto Federal Goiano-Campus Rio Verde- Go. [e-mail]; 2Orientador - Instituto Federal Goiano-Campus Rio Verde- Go. [e-mail] ; 3Colaborador – Instituto Federal Goiano-Campus Rio Verde – Go. [e-mail] .

RESUMO:  Objetivou-se avaliar as características físico-químicas do leite de vacas mestiças submetidas ao tratamento sem e com uso de aditivo fitogênico BioPhytus®.

 De acordo com Brasil (2011) na análise de gordura e proteína os teores não podem ser menores que 3,0% e 2,9%, respectivamente que é o mínimo previsto pela legislação. A Instrução Normativa 62 (2011) não estabelece o valor padrão para lactose, porém, observa-se variações desse componente na faixa de 4,2% a 5,0% de lactose.

Nota-se que o aditivo fitogênico que foi disponibilizado as vacas que foram submetidas ao teste não influenciou na composição química do leite sem apresentar excrepancia significante. Com estudos que possam ser realizados podem determinar se há aumento na produção.

Palavras-Chave: BioPhytus; Gado leiteiro; Leite in natura.

INTRODUÇÃO

Atualmente, o Brasil é o quarto maior produtor de leite do mundo, a produção ultrapassa os 36 bilhões de litros para pouco mais de 200 milhões de habitantes (EMBRAPA GADO DE LEITE, 2017).

Considerando a variação da composição do leite, a legislação vigente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), determina valores mínimos dos componentes, considerando-se leite normal, o produto que apresente teor de gordura mínimo de 3,0%, lactose mínimo de 4,3% e proteína mínima de 2,9% (BRASIL, 2011). Para o leite estar em qualidade aceitável para ser consumido o pH deve ser de 6,6 a 6,7.

A maioria dos trabalhos de investigação dos extratos vegetais no metabolismo dos ruminantes se refere a atuação no ambiente ruminal (CASTILLEJOS et al., 2007). Poucas são as informações referentes a variações na qualidade do leite com o uso de extratos vegetais, portanto, pesquisas nesses sentido tornam se relevantes.

Dessa forma, o objetivo do experimento foi avaliar as características físico-químicas do leite de vacas mestiças submetidas ao tratamento sem e com uso de aditivo fitogênico BioPhytus®.

 

MATERIAL E MÉTODOS

O leite foi coletado no Laboratório de Bovinocultura do Instituto Federal Goiano - Campus Rio Verde. Foram utilizadas 13 vacas mestiças para coleta das amostras de leite. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado com dois Tratamentos: 1 – com BioPhytus (n = 5) e 2 - sem BioPhytus (n = 8). O aditivo fitogênico foi fornecido no período da manhã na proporção de 0,025 g/vaca/dia por um período de 120 dias. A coleta das amostras de leite para análise ocorreu aos 90 dias de experimento, por quatro dias consecutivos, no período da manhã.

Para a análise eletrônica, as amostras de leite foram enviadas para o Laboratório de Qualidade do Leite do Centro de Pesquisa em Alimentos da Universidade Federal de Goiás. Foram avaliados os teores de proteína, gordura e lactose através do princípio analítico que se baseia na absorção diferencial de ondas infravermelhas pelos componentes do leite, utilizando o equipamento Milkoscan 4000 (Foss Electric A/S. Hillerod, Denmark). As amostras foram previamente aquecidas em banho-maria à temperatura de 40ºC/15 minutos para dissolução da gordura. Os resultados foram expressos em porcentagem (International Dairy Federation, 2000).

        Para avaliar diferenças entre Tratamentos os dados foram submetidos a análise estatística em software específico. Utilizou-se o teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade para comparação das médias.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Tabela 1 estão os valores de gordura, proteína e lactose do leite de vacas mestiças suplementadas com e sem o uso de aditivo fitogênico Biophytus®.

        Não foram observadas diferenças na composição química do leite de vacas suplementadas com e sem aditivo fitogênico. Corroborando com os resultados obtidos nessa pesquisa, Duarte et al. (2005) verificaram que a inclusão de gordura protegida na dieta de vacas Jersey, no início da lactação, aumentou a produção de leite e eficiência de produção, sem influenciar na composição e ingestão de alimentos (DUARTE et al., 2005).