Impactos Da Pandemia Na Alimentação
Por: 991954462 • 9/6/2023 • Pesquisas Acadêmicas • 1.138 Palavras (5 Páginas) • 76 Visualizações
IMPACTOS DA PANDEMIA NA ALIMENTACAO
1. INTRODUÇÃO
De acordo com Kerr (2020), com o surgimento da COVID-19 no Brasil ficou ainda mais explicita a enorme diferença entre realidades sociais que existem no país, reacendendo as discussões em torno da segurança alimentar e nutricional, em semelhança do que vem acontecendo em outros países que já enfrentaram a pandemia.
Segundo Ribeiro-Silva et al. (2020), os riscos para a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e a fome dos brasileiros já vinham se apresentando desde 2016, sendo agora aprofundados pela emergência da epidemia da COVID-19.
Passando a exigir compreensão da extensão e da magnitude dos problemas e articulação de medidas governamentais (federal, municipal e estadual), que possam assegurar o acesso à alimentação adequada e saudável, tendo em vista a redução dos impactos negativos da doença na condição de alimentação, saúde e nutrição dos mais vulneráveis.
Ainda na opinião de Ribeiro-Silva (2020), a pandemia, por si só, não poderá ser responsabilizada isoladamente pela severidade que se encontra a situação de fome, desnutrição e insegurança alimentar e nutricional (ISAN) de todos. Uma vez que, as desigualdades não superadas, o avanço de políticas neoliberais e o desmonte do sistema que contemplava políticas sociais inclusivas e promotoras da SAN vêm se si somam para a situação atual, que tende ao agravamento dado os impactos da pandemia.
Os autores supracitados entendem que, a insegurança alimentar nos domicílios brasileiros, sejam nos gradientes leve, moderada ou graves, devem tender à maior magnitude, com o surgimento da pandemia da COVID-19.
2. OBJETIVO GERAL
Alertar a população para o crescimento da desnutrição no Brasil, pois com o avanço da pandemia esta vem aumentando cada vez mais nesse ano de 2020.
2.1. Objetivos específicos
- Verificar os efeitos da desnutrição, sobretudo durante a pandemia do novo Coronavírus.
- Compreender se o real motivo da má alimentação é devido a fatores econômicos, sociais e ou fisiológicos;
- Entender como sanar esse problema através da mudança dos hábitos alimentares.
3. JUSTIFICATIVA
Este estudo faz-se importante, pois, avaliar os problemas que a desnutrição vem trazendo à população humana abrem fronteiras para tentar minimizá-los. Logo, é importante que sejam realizadas pesquisas na literatura a fim de entender os efeitos, inclusive, se a desnutrição, quando ocorre a longo prazo, pode trazer sérias privações ao ser humano.
4. REFERENCIAL TEÓRICO
Para Ribeiro-Silva et al. (2020, p. 3422), a tendência da fome no mundo, é refletido pela prevalência da desnutrição, foi amenizada em 2015. Nos últimos três anos, as taxas permaneceram praticamente inalteradas em um nível ligeiramente abaixo de 11%. No entanto, o número de pessoas atingidas pela fome vem aumentando.
Como resultado, pouco mais de 821 milhões de pessoas no mundo, ou seja, 1 em cada 9 pessoas, ainda passavam fome em 2018. Estimativas mais recentes registram que mais de 130 milhões de pessoas podem entrar nesta categoria até o final de 2020. Além disso, a pandemia pode levar cerca de 49 milhões de pessoas à extrema pobreza em 2020 ressaltando o imenso desafio de atingir a meta do Fome Zero até 2030 (RIBEIRO-SILVA et al., 2020, p. 3422).
Segundo Coutinho (2008) a desnutrição no Brasil alcançou até 5,2 milhões de brasileiros entre 015-2017. A taxa de nascidos abaixo do peso se manteve em 8,4%. Além da desnutrição, o sobrepeso e a obesidade continuam a crescer em todas as regiões, particularmente entre adolescentes e adultos (SALES-PERES, 2010).
Ainda de acordo com Ribeiro-Silva et al. (2020), a baixa ingestão de micronutrientes como ferro, cálcio e vitaminas A e D, permanecem sendo importantes problemas nutricionais no país, trazendo sérias implicações para a saúde e o desenvolvimento físico e cognitivo, com efeitos na qualidade de vida das pessoas, principalmente em crianças.
Os autores supracitados dizem que, há muito tempo, diversas políticas públicas foram criadas para que o Brasil conseguisse sair do Mapa da Fome, sendo uma delas o Programa Bolsa Família (PBF) visando a diminuição da fome no país.
Estima-se que o componente de transferência de renda adotado pelo programa tenha sido responsável por 25% de redução da pobreza extrema e por quase 15% da redução da pobreza desde 2004.
De acordo com Revista Radis (2020), nessa pandemia do novo Coronavírus, a população, inseridas em situações de vulnerabilidade social, podem apresentar maior chance de ser acometida pela Covid-19, principalmente entre pessoas de baixa renda, os desempregados e aqueles necessitam complementar renda. Isso se agrava muito mais em comunidades compostas por famílias que vivem em único cômodo doméstico e com compartilhamentos de materiais de higiene pessoal.
A falta de verba e os preços absurdamente altos dos alimentos, nos últimos anos, são os fundamentais fatores que levam a retrações importantes no consumo alimentar.
É sabido que o estado tem sido um dos principais culpados pela não redução de desigualdades e pela insegurança alimentar e nutricional no Brasil, deixando a população que já estão expostas às privações alimentares, muito mais vulnerável à fome antes do início desse cenário epidemiológico.
5. METODOLOGIA
De acordo com Ludke (1986) a pesquisa tem como intuito a busca pelo conhecimento. A leitura afinca, as críticas sobre determinado assunto, geram questionamentos e, assim, pode-se solucionar problemas e responder perguntas. A pesquisa não está embasada meramente em livros, mas sim, no confronto de dados, resultados e gráficos que possam explicar a dimensão dos problemas.
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