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O Desenvolvimento Embrionário

Por:   •  28/6/2017  •  Projeto de pesquisa  •  13.169 Palavras (53 Páginas)  •  451 Visualizações

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Desenvolvimento Embrionário  

        Embriologia (embrião- embrião, logos - ciência) significa a ciência que estuda os embriões, isto é, o estudo descritivo ou experimental das mudanças na forma do embrião.

 Entretanto a Embriologia não se restringe ao período embrionário: processos anteriores, como a gametogênese e a fertilização, necessários para a formação do embrião, e acontecimentos posteriores como aqueles que ocorrem no período fetal também são objetos de estudo. Então a Embriologia aborda desde a produção dos gametas até o nascimento.

O ponto de partida para a produção de um novo indivíduo por reprodução sexual é o ovo fertilizado ou zigoto. Divisões mitóticas sucessivas resultam em numerosas células que se diferenciam para formar os tecidos e órgãos do indivíduo em desenvolvimento ou embrião.

Logo após a fecundação, o zigoto unicelular divide-se em duas células, duas em quatro e assim por diante. Por este processo de clivagem ou segmentação, a substância do ovo divide-se em número progressivamente maior de células menores, os blastômeros, cada uma com igual número de cromossomos. As divisões da clivagem são diferentes porque não são separadas por períodos de crescimento celular; o volume do zigoto é o mesmo que o do fim da clivagem. O tamanho e a distribuição das células, bem como o tipo de divisão, depende da quantidade de distribuição do vitelo. A clivagem é dita holoblástica quando o ovo inteiro se divide, como na rã; é meroblástica quando apenas parte da célula se divide, como o ovo da galinha.

Quando ocorre clivagem holoblástica, como nos anfíbios, as células dispõem-se de maneira a formar uma esfera oca, a blástula, cuja cavidade interna é a blastocele.

Quando completa, a gástrula compreende uma camada externa, o ectoderma, uma camada interna, o endoderma, e entre essas uma terceira camada, o mesoderma. São esses os folhetos germinativos, a partir dos quais se formarão os diversos tecidos e órgãos. O ectoderma produzirá o revestimento externo do corpo, o sistema nervoso e os órgãos dos sentidos; O endoderma, o revestimento interno do tubo digestivo, suas glândulas e estruturas associadas e o mesoderma, os tecidos de sustentação, músculos, revestimento da cavidade do corpo e outras partes. Após a gastrulação inicia-se a diferenciação do embrião. Os três folhetos apresentam invaginações, evaginações, espessamentos, divisões e outras modificações que resultam na formação dos órgãos e aparelhos. O espaço entre as camadas é a cavidade do corpo ou celoma.

Dependendo do ambiente no qual ocorre o desenvolvimento e do modo de vida do organismo, podem ser necessárias estruturas especiais que protegem o embrião e que fornece recursos para suas necessidades metabólicas durante o crescimento embrionário. Na maioria dos vertebrados, por exemplo, os nutrientes estão envolvidos por um saco vitelino externo ao corpo. Estes sistemas atingem o desenvolvimento máximo nos ovos (cledóicos) terrestres dos vertebrados, possibilitando o desenvolvimento no ambiente terrestre fora do organismo materno. As características principais deste tipo de ovo são um vitelo abundante e um líquido interno, encerrado por uma casca mais ou menos impermeável.

Um passo crucial foi a evolução do âmnio que fornece um ambiente líquido ao embrião. O âmnio forma um saco fechado em torno do embrião e é preenchido com o líquido amniótico, aquoso que mantem molhado o embrião e o protege contra choques ou adesões. Esta estrutura é encontrada em répteis, aves e mamíferos, que constituem os amniotas.

Outros envoltórios embrionários são o cório, um saco vitelino e o alantoide. O cório participa da formação de uma membrana respiratória no lado interno da casca e contribui para a formação da placenta nos mamíferos. O saco vitelino torna-se muito vascularizado e fornece os nutrientes ao embrião. Gradualmente é incorporado ao trato digestivo. O alantoide origina-se do intestino posterior e cresce até entrar em contato com o cório formando o córioalantóide. Os envoltórios todos se rompem e são abandonados quando o jovem eclode.

Processos vasculares ou vilosidades do córioalantoide penetram na superfície uterina e à estrutura combinada embrionária-materna resultante dá-se o nome de placenta. Os nutrientes e o oxigênio saem, então, dos vasos sanguíneos maternos, passam por diversas camadas intermediárias de células e vão até o sangue do embrião; o dióxido de carbono e os excretos movem-se na direção oposta. Não há, contudo, ligação direta entre as circulações materna e embrionária.

O grau de intimidade entre as estruturas embrionárias e maternas e a forma da placenta variam nos diferentes mamíferos. A placenta pode ser difusa, com vilosidades dispersas (porco e vaca); discoidal (morcegos, roedores e homem) ou zonaria, com as vilosidades numa faixa cilíndrica (gatos e outros carnívoros).

A placenta humana é complexa; alguns dos tecidos de revestimento do útero desaparecem e os vasos sanguíneos embrionários das vilosidades coriônicas ficam banhadas em sangue materno. O embrião em desenvolvimento depois que adquire a forma característica dos mamíferos, recebe o nome de feto. Da parede ventral de seu abdome estende-se o cordão umbilical, mole e flexível, contendo duas artérias e uma veia que se comunicam com os capilares embrionários da placenta. Depois de o feto completar seu crescimento dá-se o nome de nascimento.

Placentação também ocorre em alguns peixes e répteis vivíparos. A placenta é ausente nos monotremados e geralmente também nos marsupiais.

Desenvolvimento Embrionário nos filos  

Filo Porifera.

Esponjas, forma chata, de vaso, arredondada ou ramificada; simetria radial ou ausente; cor variada; sem órgãos; ‘corpo’ com muitos poros; algumas ou todas as cavidades internas revestidas coanócitos (são células ovóides típicas das esponjas); um esqueleto interno de sustentação, de espículas cristalinas (são basicamente o esqueleto de uma esponja), fibras irregulares de espongina, ou de ambas, raramente ausente; sésseis e marinhas, duas famílias da água doce.

 Os Poriferos são separados em quatro classes principais:

  • Calcarea (Calcispongiae).
  • Hexactinellida (Hyalospongiae).
  • Demospongiae.
  • Sclerospongiae.

        As esponjas multiplicam-se assexualmente e sexualmente. Partes de uma esponja perdidas por lesão substituídas por regeneração. Muitos de esponjas crescem comumente por brotamento; os brotos ou se separam da esponja original à medida que o crescimento prossegue ou, então, permanecem fixos, aumentando o número de pares ou volume da massa.

 A reprodução assexual nas esponjas ocorre por brotamento que pode ser de dois tipos. Brotos externos surgem em determinadas esponjas marinhas (Demospongiae e Hexactinellida) e são agregados de amebócitos (amebócito é uma célula encontrada no filo Porifera) que migram do mesênquima (tecido mesodérmico) até a superfície da esponja onde desenvolvem pequenas esponjas que se desprendem e caem ao fundo, assumindo uma existência independente. Brotos internos ou gêmulas são mais comuns e são produzidos especialmente por esponjas de água doce para conservar a espécie através de condições desfavoráveis, como frio ou seca. Grupos de arqueócitos (estatócitos) enriquecidos com matérias alimentares reúnem-se no mesênquima e são circundados por um revestimento resistente, algumas vezes contendo espículas. À medida que a esponja morre e se desintegra, as gêmulas diminutas caem e sobrevivem. Quando as condições novamente se tornam favoráveis, como na primavera, a massa de células escapa de dentro do revestimento e começa a crescer como uma nova esponja. Em esponjas marinhas que produzem gêmulas, as gêmulas não desenvolvem o revestimento resistente e frequentemente dão origem as larvas parenquímulas (larvas flageladas de algumas esponjas) livre-natantes.

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