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TOXOPLASMOSE EM GESTANTES

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Por:   •  15/10/2014  •  730 Palavras (3 Páginas)  •  764 Visualizações

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CAPÍTULO 01 - FREQUÊNCIA DE TOXOPLASMA GONDII EM GESTANTES BRASILEIRAS

A toxoplasmose é uma zoonose cujo agente etiológico é o Toxoplasma gondii, sendo identificado em seu ciclo de vida complexo dois hospedeiros, o gato, como hospedeiro definitivo, e o homem, mamíferos e aves, como hospedeiros intermediários. Diversas são as formas de transmissão, ocorrendo por ingestão de oocistos encontrados na terra, areia e nos alimentos, de cistos teciduais encontrados nas carnes cruas e mal cozidas de porco, carneiro e bovina, e por via transplacentária. Mais raramente ocorre a transmissão por meio de transfusão sanguínea, transplante de órgãos e acidente em laboratório. SANTANA (2003, p. 111).

T. gondii é um protozoário, que está amplamente disseminado por quase todo reino animal, aves, pássaros, mamíferos, inclusive os humanos, podem ser infectados por ele e manifestar uma doença de características mais sérias ou mais leves VARELLA (2003, p. 70).

Em 1948, Sabin e Feldman criaram um teste sorológico, o dye test, que permitiu aos numerosos investigadores estudarem aspectos clínicos e epidemiológicos de T. gondii. Assim, demonstraram que T. gondii é causa de uma infecção em seres humanos, altamente prevalente e disseminada REMINGTON (2005, p. 298).

Esse protozoário se refere a casos em que há sinais da doença relacionados à infecção. Remington (2005, p. 247). A infecção toxoplásmica ocorre em todo o mundo, sendo que de 70 a 100% dos adultos são considerados infectados Frenckel (2002, p. 37). No Brasil, a infecção em humanos imunocompetentes é assintomática em 80 a 90% dos casos, sendo a doença uma exceção no homem. Quando sintomática, é autolimitada e apresenta-se como quadro febril, linfoadenopatia, hepatoesplenomegalia e eventual rash cutâneo. Em pacientes imunocomprometidos podem ocorrer encefalite, coriorretinite, pneumonite e miocardite. MORON (2003, p. 485).

T. gondii adquirida durante a gestação, por constituir uma das formas e transmissão do parasita, apresenta especial relevância pelos danos causados ao desenvolvimento do feto. Em geral, o risco de adquirir Toxoplasma gondii durante o período gestacional correlaciona-se a três fatores: a prevalência na comunidade, o número de contatos com uma fonte de infecção e o número de mulheres suscetíveis (não imunizadas por infecção prévia) na comunidade. SANTANA (2003, p. 123).

No Brasil, existem poucos estudos sobre prevalência de gestantes soro-positivas para IgG anti-Toxoplasma gondii. Durante a gestação, o risco de transmissão vertical (TV) está praticamente restrito às primo-infecções, sendo observado que mulheres que já apresentavam soropositividade antes da gravidez geralmente não infectam seus fetos. LEÃO (2004, p. 32).

O parasita atinge o concepto por via transplacentária causando danos de diferentes graus de gravidade, dependendo da virulência da cepa do parasita, da capacidade da resposta imune da mãe e do período gestacional em que a mulher se encontra. Quando a infecção materna ocorre no primeiro trimestre da gestação, a ocorrência de TV é menor que no terceiro trimestre, contudo a gravidade da doença no neonato é maior. LEÃO (2004, p. 43).

Nas pacientes imunocomprometidas pode haver reativação da infecção crônica, havendo risco de transmissão ao feto em qualquer período gestacional

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