A IMUNO-HISTOQUÍMICA: IMPORTANTE ARMA PARA DETERMINAR O FENÓTIPO DO TUMOR
Por: bearibeiro09 • 27/11/2021 • Pesquisas Acadêmicas • 349 Palavras (2 Páginas) • 144 Visualizações
A IMUNO-HISTOQUÍMICA: IMPORTANTE ARMA PARA DETERMINAR O FENÓTIPO DO
TUMOR
Para definir o diagnóstico, prognóstico e tratamento das mais variadas neoplasias, se
faz necessária a análise da anatomia patológica de uma amostra do tumor. Além da avaliação
inicial por meio da coloração de hematoxilina-eosina, a análise pode se aprofundar através de
ensaios imunoenzimáticos, nos quais o patologista processa o espécime da biópsia com anticorpos
específicos marcados que podem definir o fenótipo de cada tumor, o seu grau de diferenciação e
até o seu grau de atividade.
É possível determinar vários antígenos da célula tumoral, desde receptores da
membrana celular até componentes intracelulares. Em situações ocorridas durante o diagnóstico
do tumor, há exemplos em que a técnica de imuno-histoquímica (IHQ) se torna peça fundamental
do processo. O primeiro exemplo se mostra nos casos de neoplasias metastáticas de origem
indeterminada, pois muitos destes casos podem ser resolvidos através da IHQ, usando a premissa
de que um tumor maligno tende a expressar os antígenos do seu local de origem.
O segundo exemplo, e talvez uma das maiores aplicações da IHQ, se dá no diagnóstico
e na classificação dos linfomas: o patologista consegue observar se o linfoma expressa CD3 ou
CD20, e classificar se o linfoma é formado por células T ou por células B, respectivamente, o que
demanda um tratamento e prognóstico diferentes, conforme relatado adiante. Em outras situações,
a IHQ ajuda o oncologista a avaliar o prognóstico dos tumores. Em mulheres com tumores invasivos
de mama, a expressão confirmada por IHQ dos receptores hormonais de estrógeno e de
progesterona confere um melhor prognóstico, comparando-as com mulheres de tumores com IHQ
negativa para estes antígenos. Um outro marcador de superfície, o fator de crescimento epitelial
HER-2/neu (c-erb-B2), confere valor prognóstico para o tumor de mama, ao mesmo tempo
direcionando o melhor tratamento, inclusive a terapia com anticorpos monoclonais.
CONCLUSÕES
A imuno-histoquímica passou a ser parte integrante no diagnóstico dos tumores,
auxiliando o patologista e o oncologista a definir o tipo histológico e, muitas vezes, o prognóstico e
o tratamento. Quanto ao tratamento sistêmico dos pacientes oncológicos, várias modalidades
terapêuticas surgiram nos últimos anos, com destaque para os anticorpos monoclonais,
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