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A Organizando a AFA

Por:   •  23/5/2017  •  Seminário  •  3.252 Palavras (14 Páginas)  •  259 Visualizações

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Introdução:

A atividade física é essencial para um estilo de vida saudável, bem como a nutrição adequada.Sendo assim, podemos dizer que o sedentarismo é preocupante independente do tipo de população que ele atinge. Atualmente as crianças- que antes eram as mais interessadas em movimentar-se e jogar, brincar e praticar esportes- são uma boa parcela populacional que não está praticando nenhuma atividade física com regularidade, chegando os índices de inatividade em 50%, acima como sobrepeso, também em 50% de nossas crianças. Esses índices são alarmantes, porque além de piorarem a qualidade de vida, ainda trazem problemas sérios a saúde, como doenças cardiovasculares.

A população especial também sofre com o sedentarismo.Suas limitações já complicam a questão da pratica de uma atividade física regular, mais do que uma pessoa sem deficiência.Além disso, o estilo de vida atual, assim como o de pessoas que não possuem deficiências, está muito ligado a artigos tecnológicos, que substituem muitas atividades prazerosas ligadas ao movimento. Portanto, o profissional de educação física deve entender, que sua função é tornar a vida de seu aluno mais saudável, ativa, ligando a atividade física a outros pontos da rotina do mesmo, auxiliando no desenvolvimento integral

Como já sabemos,  a atividade física adaptada é a alteração da atividade física proposta para atingir determinados públicos e suas necessidades.

 No caso, o púbico em questão, são os portadores de diversas deficiências- Auditiva, intelectual, visual e física, e esse publico pode ser trabalhado como cliente ou alunos, dependendo do local onde são trabalhados, já que podemos encontrá-los desde ambientes escolares até clubes e academias, graças a política de inclusão social.

Como profissionais de educação física, um dos nossos deveres é justamente esse: Promover a inclusão social e o melhor desenvolvimento possível desses indivíduos nos variados ambientes de suas vidas.

O plano de aula é uma ferramenta usada para a organização das aulas para um determinado publico (pode ser com ou sem deficiências) e pode/deve ser usado no processo de desenvolvimento das atividades físicas adaptadas.Porém, como educadores físicos, devemos levar em conta várias questões, tendo em vista que esse publico é diferenciado da grande maioria da sociedade.

Quando trabalhamos com deficientes em escolas publicas, temos vários protocolos que podem ser seguidos. Já quando trabalhamos em clubes ou escolas particulares, devemos desenvolver as atividades em cima de questionários respondidos pelos responsáveis ou pelo próprio aluno e da ficha médica do mesmo.

Ponto de partida para o programa de atividade física adaptada:

Primeiramente, independente dos objetivos de seus alunos e suas características, um objetivo básico é que qualquer atividade deve fazer com que o aluno goste de praticar atividades físicas. O professor tem suas dificuldades de analisar corretamente, quais são as dimensões das dificuldades de seus alunos e suas reais limitações, tanto as individuais,quanto as do grupo em que esta inserido. Para isso, é necessário fazer a observação do grupo, analisar fichas médicas, buscar o conhecimento sobre a(s) deficiência(s) trabalhadas em questão, conversar com seus alunos ou os responsáveis para entender o comportamento, e objetivo deles. Sempre partimos do principio de oportunidades iguais para todos os alunos. No caso dos que possuem alguma deficiência, devemos promover e manter as habilidades adaptativas, que são elas: Comunicação, cuidados pessoais, independência doméstica interação social, saúde, segurança, participação na comunidade, resolução de problemas com independência e funcionamento acadêmico.

Quando o aluno possui algum atraso cognitivo, o atraso das habilidades adaptativas são uma conseqüência, e por isso devemos sempre, observar, acompanhar, e apoiar o indivíduos para os âmbitos de sua vida: Doméstico, trabalho, escolar e em sua comunidade.

O desenvolvimento das pessoas com deficiência de acordo com os planos de ensino, não sçao previsíveis. Muitas vezes, podem existir outras doenças relacionadas, que prejudicam o processo, ou o desenvolvimento ser bem melhor e mais efetivo do que esperamos. Por isso, devemos entender que não há como construir um programa de atividade física completamente previsível. Porém, não devemos jamais, usar de improvisos por conta disso. Todo o conteúdo deve ser estudado e escolhido cuidadosamente até porque temos uma outra questão em cheque: O tempo de aula disponível para trabalharmos a educação física (principalmente no âmbito acadêmico) versus o conteúdo programático necessário para o desenvolvimento motor, cognitivo, psicossocial e melhorias das condições de saúde do individuo. Em outras palavras, não temos tempo hábil disponível para fazer tudo aquilo, que a educação física oferece, para melhorar verdadeiramente todas as condições de vida que os indivíduos com deficiência necessitam. Por isso, devemos nos concentrar no tempo útil de aula, e jamais usar de improvisos, apenas por se tratar de um publico com necessidades especiais.

Independente do tipo de atividade desenvolvida, sabemos que as atividades com maior aproveitamento, são aquelas onde todos estão participando o tempo todo, sendo pelo menos 50% dessa participação, em cima de atividades motoras ou não sedentárias, buscando atingir 50% a 70% da freqüência cardíaca em suas atividades.

Como preparar essa aula?

Segundo Goldberger (1992), existem variados estilos de ensino para a educação física. Mas Sherril (1998) resumiu em duas categorias esses métodos de ensino: O regular e o inclusivo.

O método de ensino regular é o tradicional, onde o comando da ação é baseado na demonstração do professor, e através da prática podemos chegar ao desenvolvimento da atividade proposta o mais próximo do modelo demonstrado, possível, já que o principio dessa atividade é que todos demonstrem um padrão ideal de execução da tarefa proposta.Os padrões de saúde são indeticos a todos e o Feedback  (resposta após o exercício) é corretivo, ou seja, busca apenas desenvolver o movimento. A maioria das aulas de educação física são embasadas nesse método. Ele pode e deve ser usado para pessoas sem deficiência ou atletas com deficiência. Não é apropriado para pessoas com deficiência, em fase de aprendizagem de uma determinada movimentação porque provavelmente, causaria mais frustração do que de fato resultados.

O método inclusivo é o mais indicado para trabalhar com deficientes, que possuam níveis comuns de habilidade já que o parâmetro de sucesso na atividade é feita em cima, da execução do movimento antes e depois do aprendizado do mesmo, ao contrario do modelo de ensino anterior, que compara o movimento executado, com o movimento modelo. A busca nesse caso é a melhoria da movimento, sem se preocupar com a maneira mais eficiente de fazê-lo.Ou seja, busca o desempenho mais eficiente de acordo com aquele individuo, e não de acordo com o modelo tradicional. O feedback nesse caso, é facilitador: O professor instrui como deve ser feito as atividades para elucidar  resolução da tarefa. Nesse caso, não se trabalha com eliminação durante os jogos e todo o aluno permanece ativo. Para aprender regras de jogos, não é o modelo mais adequado.

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