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A Revisao literatura

Por:   •  3/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.660 Palavras (7 Páginas)  •  517 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

FRANCIELE BERNARDO

REVISÃO DE LITERATURA

ESTAGIO III

Palhoça

2015

FRANCIELE BERNARDO

REVISÃO DE LITERATURA JUDO

ESTAGIO III

Relatório de estágio apresentado ao curso de graduação do curso de Educação Física e Esportes da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para aprovação na Disciplina de Estágio supervisionado em Educação Física.

Professora Fabiana Figueiredo

Palhoça – SC

2015


2    REVISÃO DE LITERATURA

A revisão de literatura tem por finalidade dar suporte teórico para o desenvolvimento das atividades do estágio, onde contextualiza a visão de diferentes autores sobre a Flexibilidade e sua importância no desenvolvimento atlético .

2.1 JUDÔ

O judô é uma modalidade esportiva amplamente praticada no Brasil e com um grande número de crianças e adolescentes praticantes. O judô foi criado por Jigoro Kano em 1882. Esta arte marcial caracteriza-se por um grande número de técnicas e bases filosóficas, de grande valor na formação do indivíduo. Atualmente, é uma das modalidades esportivas que apresenta grande adesão (FRAGA, 2012) O judô é derivado do antigo Jujutsu, passando mais de um século de sua criação encontra-se difundido, de maneira ampla pelo mundo inteiro.

O judô é um esporte que possui alternância de intensidade sendo caracterizado por movimentos de alta intensidade em períodos curtos de tempo. Drigo et al (1994) citado por Franchini (1999) diz que o desempenho do atleta de judô em competição, requer dentre outros fatores, elevado domínio técnico e adaptações metabólicas compatíveis com as exigências da modalidade. Segundo Franchini (2001) o atleta de judô é caracterizado quanto ao consumo máximo de oxigênio, à força, à resistência muscular localizada, à flexibilidade e tipo de fibra muscular. Quanto ao sistema de metabolismo energético, um atleta precisa ter um bom sistema glicolítico de produção de energia e uma boa capacidade aeróbia já que em um torneio um atleta pode ter de seis a oito lutas, cada uma com duração máxima de 5 minutos cronometrados.

Segundo Silva et al. (2003) a formação de futuras gerações de atletas depende de um treinamento a longo prazo, que seja realizado de forma sistemática e bem planejada. Lanardo Filho & Bohme (2001) consideram a aptidão física como um componente da aptidão total e sendo assim, do desempenho esportivo, devendo ser utilizado para predizer talentos para o esporte.

Nas competições atuais, o alto nível do judô é resultado do desenvolvimento das habilidades técnicas, táticas e psicológicas apoiadas pelas capacidades motoras condicionadas – resistência cardiovascular-respiratória, força muscular e flexibilidade, principalmente (LITTLE, 1991) Sendo assim, é necessário trabalhar capacidades físicas distintas utilizando vias metabólicas diferentes. Além do trabalho de flexibilidade como forma de prevenção de lesões, correções posturais e na melhora da execução da técnica.

2.2 FLEXIBILIDADE

Alguns autores definem como liberdade de movimento; falar de flexibilidade, deste modo, significa falar de amplitude de movimento de uma articulação ou grupo de articulações. Para o treinamento esportivo, a flexibilidade é reconhecida como uma capacidade motora indispensável a pratica esportiva (GRECO, BENDA, 2007). O aumento de flexibilidade é importante para o rendimento em alguns esportes que dependem de extremos de amplitude, a diminuição da flexibilidade pode aumentar a economia do movimento nos esportes que usam apenas uma amplitude moderada. Barbanti (2010), complementa que a flexibilidade é indispensável para a realização de movimentos eficazes, mas não se sabe precisamente qual é a quantidade necessária e qual a forma mais eficiente de treiná-la. Também não está claro qual o limite de flexibilidade para o melhor rendimento, ou se flexibilidade a mais em esportistas já flexíveis é necessária ou mesmo desejável.

Para Greco e Brenda (2007), a flexibilidade é classificada de diversas maneiras: geral, especifica, ativa, passiva, estática e dinâmica. A flexibilidade geral é definida pelo nível médio de flexibilidade dos sistemas musculares principais; já a flexibilidade especifica é o grau de flexibilidade necessário e ideal para pratica de uma determinada modalidade esportiva. Flexibilidade ativa é referente à maior amplitude de movimento possível de uma articulação, a qual pode ser produzida sem ajuda, ou seja, por um rendimento muscular ativo; flexibilidade passiva é caracterizada como qualquer forma de flexibilidade em uma articulação, a qual pode ser alcançada pela ação de uma força externa: companheiro, aparelho, ou peso do corpo. Flexibilidade estática é a que se utiliza  sem ênfase na velocidade, sendo caracterizada pela manutenção de uma determinada posição da articulação sobre um período de tempo; flexibilidade dinâmica corresponde à habilidade de se utilizar a amplitude de movimento na performance de uma atividade física, em uma velocidade normal ou rápida.

Fleishman (1964, apud Schmidt e Wrisberg, 2001, p.52) classifica algumas capacidades, em questão a flexibilidade:

Flexibilidade – a capacidade para estender ou alongar o corpo o máximo possível em várias direções.

Flexibilidade dinâmica – envolve movimentos rápidos e repetidos e requer flexibilidade do músculo.

A flexibilidade tolera aos movimentos de impulso e balanço uma amplitude maior de oscilação, facilitando a execução técnica. A prática tem confirmado que os atletas têm alto grau de mobilidade são os que menos se machucam. As lesões musculares são mais frequentes nos atletas com mobilidade débil (BARBANTI, 1997).

Uma lesão pode estar relacionada a muita ou pouca flexibilidade, e, em alguns casos, o aumento extremo da flexibilidade (hiperflexibilidade) pode até aumentar a taxa de lesões. Mas se a falta de flexibilidade não conta muito para as ocorrências de lesões musculares que ocorrem, um desequilíbrio na flexibilidade entre as articulações predispor a lesão (BARBANTI, 2010).

Todos os movimentos desenvolvem-se nas articulações. Quanto maior a amplitude de oscilação, maior a flexibilidade. Também quanto mais relaxamento existir, maior será a flexibilidade. No sentido biomecânico, ela depende, sobretudo dos tendões e dos músculos das articulações e das características mecânicas que são próprias do tecido muscular (BARBANTI 2010).

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