O Efeito Cardio Protetor de Enzimas Ativadas por Exercício Físico
Por: annycezario • 10/5/2020 • Artigo • 6.573 Palavras (27 Páginas) • 222 Visualizações
O EFEITO CÁRDIO PROTETOR DE ENZIMAS ATIVADAS
PELO EXERCÍCIO FÍSICO
Autores: Adaiane Vilarino Cezário
dayannycezario@gmail.com
Willyan Ferreira Gomes
studiowillyan@gmail.com
Orientador: Prof. Dr. Moisés Simão Santa Rosa de Sousa
moisesuepa@gmail.com
RESUMO
As doenças cardiovasculares promovem consequências no indivíduo que poderão limita-los ou leva-los a óbito. Contudo, as enzimas ativadas por meio do exercício físico se apresenta na literatura como um importante mecanismo de prevenção para essas anomalias. Diante do exposto este artigo teve como objetivo compreender os efeitos protetores provocado por enzimas ativadas por meio do exercício físico no miocárdio. Esta pesquisa tratou-se de uma revisão bibliográfica, tendo como fontes de consultas, artigos de revistas científicas, livros, dissertações e teses de doutoramento. Os resultados demonstraram que o exercício físico ativa algumas enzimas antioxidantes (a superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx) promovem efeitos positivos na funcionalidade do miocárdio, principalmente contra o estresse oxidativo assim como as enzimas cardíacas (Creatina Fosfoquinase CK-MB, Mioglobina, Troponina T e Troponina I). Conclui-se que o exercício físico quando adequadamente prescrito constitui-se em um importante mecanismo de proteção do miocárdio.
Palavras chaves: Enzimas. Exercício Físico. Miocárdio.
1. INTRODUÇÃO
As doenças cardiovasculares permanecem como uma das principais causas de morbidade e mortalidade no mundo, embora várias terapias tenham contribuído para maiores taxas de prevenção e tratamento (VEIGA et al, 2013, p.1). No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 20% de todas as mortes em indivíduos acima de 30 anos, o que corresponde, em média, a 195 mil mortes por ano. (BORGES E LESSA, 2014, p.1).
Percebe-se a partir desta análise que as doenças cardiovasculares promovem consequências no indivíduo que poderão limita-los ou leva-los a óbito. No entanto, suas causas podem estar estritamente ligadas a uma série de alterações, que de acordo com Rozanski et al., (1999):
São provenientes do somatório de vários fatores como estilo de vida sedentário, má alimentação (dieta rica em gordura saturada e gorduras animais), tabagismo, problemas psicológicos e sociais (tais como depressão, ansiedade, isolamento social e estresse crônico), dentre outros.
Neste sentido, torna-se evidente que, as doenças cardiovasculares são as principais causadoras de mortes no Brasil, e que, diversos são os fatores externos e internos que podem ocasionar seu surgimento ou até mesmo o agravamento dessas anomalias. Todavia, dentre os principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, destacam-se a idade, hábito de fumar, exercício físico, fisiologia, fatores genéticos, condições ambientais e o estresse, assim como o estilo de vida e os hábitos alimentares inadequados (WALKER E REANY, 2009)
Dessa forma, corroboramos com os autores supracitados, pois ao nosso ver esses fatores podem ocasionar inúmeras consequências, tais como as citadas por Manach, Mazur e Shalbert (2006) que são, as alterações na circulação do sangue, na distribuição do oxigênio nos tecidos, na disfunção endotelial, bem como no estresse oxidativo e na inflamação dos tecidos.
Contudo, dentre as doenças cardiovasculares de maior ocorrência pode-se destacar “a doença arterial coronariana (DAC) ou aterosclerose, a insuficiência cardíaca (IC), a angina, o infarto agudo do miocárdio (IAM), as doenças valvulares, as arritmias e as doenças hipertensivas, entre outras” (RIBEIRO E OLIVEIRA, 2011, p.1). Doenças essas que de certa forma causam desconforto nas pessoas que as possuem, limitando-os ou até mesmo ocasionando o óbito desses indivíduos. Infelizmente, a máquina de conhecimento (cérebro) de muitos pesquisadores, principalmente os da área médica, ainda não descobriram o antídoto para a cura dessas enfermidades.
Neste contexto, o exercício físico se destaca como terapia não farmacológica para a prevenção de doença coronariana e para a reabilitação dos pacientes já acometidos. Sabe-se que indivíduos que praticam atividade física regularmente apresentam menor incidência de ataques cardíacos quando comparados com pessoas sedentárias (VEIGA et al. 2013, p.1). Da mesma forma, Póvoa (2010, p.1) enfatiza que “o exercício físico no geral promove adaptações relacionadas à prevenção de mortalidade prematura e à reabilitação de doenças e fatores de risco cardiovasculares”.
Diante do exposto o presente estudo investigou a seguinte problemática: Quais os efeitos protetores provocados por enzimas ativadas por meio do exercício físico no miocárdio?
Em virtude dessa indagação emerge outras, no sentido de melhor compreender o questionamento central desta pesquisa, tais como: Quais as principais doenças que podem comprometer o miocárdio? Quais as principais enzimas protetoras e seus efeitos sobre as anomalias cardíacas? Quais formas de exercícios proporcionam estes benefícios e quais os cuidados na prescrição?
Diante dessas inquietações, e com a finalidade de organizar o presente estudo e buscando dirimir resposta elencou-se os seguintes objetivos: Objetivo Geral: Compreender os efeito protetores provocados por enzimas ativadas por meio do exercício físico no miocárdio. Objetivo Específico: Descrever as principais doenças que podem comprometer o miocárdio; Compreender o papel das principais enzimas protetoras e seus efeitos sobre as anomalias cardíacas; Investigar quais formas de exercícios proporcionam estes benefícios e quais os cuidados durante a sua prescrição.
MÉTODO
Tratou-se de uma revisão bibliográfica, pois tal estudo se justifica pela necessidade de melhor compreensão do efeito protetor provocado por enzimas ativadas por meio do exercício físico no miocárdio, ampliando e aprofundando nossa visão acerca do tema, com vistas a melhor orientar a prática das atividades físicas em populações acometidas de anomalias miocárdicas.
Nossa abordagem foi qualitativa, avançando na compreensão de estudos que abordam sobre o objeto de estudo deste trabalho. As técnicas de coleta para a obtenção dos resultados foram pesquisas realizadas em livros, sites, artigos, periódicos, bem como suas referências. A análise foi feita de forma qualitativa. De posse dos dados coletados, os resultados foram analisados e apresentados a seguir.
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