AS ÚLCERAS POR PRESSÃO: Pacientes acamados por tempo prolongado no leito
Por: MARIGON22 • 19/11/2020 • Monografia • 3.738 Palavras (15 Páginas) • 240 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS-
FMU
CURSO DE ENFERMAGEM
Maria Aparecida da Conceição RA: 5328976; Mariana Gonçalves RA: 4287069
Thalita Baldi RA: 5325510.
ÚLCERAS POR PRESSÃO: pacientes acamados por tempo prolongado no leito
São Paulo
2013
CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULADADES METROPOLITANAS UNIDAS-
FMU
CURSO DE ENFERMAGEM
Maria Aparecida da Conceição RA: 5328976; Mariana Gonçalves RA: 4287069
Thalita Baldi RA: 5325510.
ÚLCERAS POR PRESSÃO: pacientes acamados por tempo prolongado no leito
Trabalho de conclusão do curso de
Graduação em Enfermagem, apresentado ao
Centro Universitário das Faculdades
Metropolitanas Unidas-FMU, como requisito
parcial para obtenção do título de Bacharel em
Enfermagem, sob orientação da Profa.Ms
Maria Denise Leon Munari.
São Paulo
2013
- INTRODUÇÃO
A pele é o maior órgão do corpo humano cobrindo mais de 7.600 cm2 no adulto médio, e ocupa aproximadamente 7% do peso do corpo de uma pessoa. É uma interface dinâmica entre o corpo e o ambiente externo. A aparência geral da pele é clinicamente importante porque fornece indícios para certas disfunções do corpo.
Exemplos de algumas variações: pele pálida pode indicar choque, enquanto uma pele avermelhada, úmida e quente pode indicar febre ou infecção e uma erupção cutânea pode indicar alergia ou infecções no local. Constituída e duas camadas principais, epiderme camada superficial e protetora da pele e a derme é mais profunda e mais espessa. (VAN, DE GRAFF; 2003)
Vascularização da pele: Vasos sanguíneos no interior da derme fornecem nutriente a camada basal, que desenvolvem um importante papel na regulação térmica do corpo. Importante manter a boa circulação do sangue principalmente em pessoas acamadas para prevenir feridas ou úlceras de decúbito, pois quando um indivíduo permanece por um londo período em uma determinada posição o fluxo de sangue é restringido no local onde a pressão. Como consequência podem ocorrer feridas e morte celular.
Úlceras
As úlceras por pressão são definidas como lesões de pele ou parte moles originadas basicamente de isquemia tecidual prolongada. Qualquer posição mantida por um paciente durante longo período de tempo pode provocar lesão tecidual, principalmente em tecidos que sobrepõe uma proeminência óssea, devido a presença de pouco tecido subcutâneo nessas regiões. A compressão dessas áreas diminui o fluxo sanguíneo local facilitando o surgimento de lesão por isquemia tecidual e necrose. (IRION, 2005; SMELTZER; BARE, 2005).
As úlceras por pressão (UP.) são vistas com frequência em pacientes hospitalizados e acamados, associados com maior risco de morbidade e mortalidade. Dentre os fatores relacionados com o surgimento das U.P.S:
Cisalhamento: Pressão exercida quando o paciente é reposicionado repetidas vezes sobre a mesma posição, e devido a esta tração há uma torção dos vasos sanguíneos e uma interrupção da micro-circulação da pele no tecido. (SMELTZER; BARE, 2005).
Estado cognitivo: Quando o nível de consciência do paciente está alterado o mesmo perde a habilidade de identificar uma necessidade de mudanças de posição, com objetivo de aliviar a pressão podendo acarretar em isquemia na pele em contato com a superfície sobre pressão. (DELISA; GANS, 2002).
Fricção: Ocorre quando realizamos um procedimento com o paciente. Exemplo: troca de roupa de cama no leito. A pele entra em atrito com a superfície onde está apoiada, podendo causar danos ao tecido, fazendo com que a camada superficial de células epiteliais seja retirada. Fricção está associada ao cisalhamento. (DELISA; GANS, 2002; CARVALHO FICHO; PAPALÉO NETTO, 2006).
Fumo: A nicotina reduz a hemoglobina funcional causando disfunção pulmonar, impossibilitando a oxigenação dos tecidos, produzindo efeitos no organismo que interferem no fluxo sanguíneo ocasionando assim vasoconstrição, beneficiando a diminuição do aporte de O2 e nutrientes para células. (BRASIL, 2002; COSTA, 2003).
Idade: Com o avançar da idade há um aumento de internações hospitalares, de pacientes acamados e condições crônicas de saúde debilitada que aumentam os riscos de pressão, diminuição da circulação sanguínea na pele, consequentemente aumentando o risco para as U.P.s. (DELISA; GANS, 2002; JORGE; DANTAS, 2003).
Lesão Medular: Pacientes que apresentam este tipo de lesão tem um grau de alteração na sensibilidade térmica e tátil levando a predisposição para desenvolver feridas, pois este paciente permanece por longos períodos em uma mesma posição, exercendo compressão contínua em diversas áreas do corpo. (DELISA; GANS, 2002).
Mobilidade: É a capacidade que um indivíduo tem para controlar a posição do corpo e está relacionada com nível de consciência e traumatismo. As principais causas que cooperam para imobilidade são: acidente vascular cerebral (AVC), artrite, esclerose múltipla, lesão medular, traumatismo craniano, sedação excessiva, depressão e fraqueza. (DELISA; GANS, 2002; JORGE; DANTAS, 2003; MORTON et al. 2007).
Nutrição: O estado nutricional e a capacidade funcional merecem destaque entre as principais causas para o desenvolvimento de U.P.s. A má nutrição contribui para a diminuição da tolerância do tecido à pressão. Para promover um balanço positivo de nitrogênio e suprir necessidades metabólicas e nutricionais recomendam-se dietas calóricas, ricas em proteínas e carboidratos. (DELISA; GANS, 2002; JORGE; DANTAS, 2003; SOUZA 2007).
Pressão: A pressão capilar em sua normalidade é de 32mmhg. Quando é exercida uma pressão superior à este limite sobre proeminências ósseas nos pacientes acamados, há o desenvolvimento de isquemia local. Ocorre um eritema devido à hiperemia reativa, devido ao surgimento de um rubor vermelho vivo à medida que o corpo tenta suprir o tecido carente de O2. Aliviar a pressão através de mudanças de decúbito para uma boa recuperação do paciente deve ser um das metas mais importantes. (DELISA; GANS, 2002; SMELTZER; BARE, 2005)
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