Epidemiologia da violência e das causas externas
Por: Enfermagem 2017.1 Uss • 15/6/2018 • Trabalho acadêmico • 1.266 Palavras (6 Páginas) • 285 Visualizações
Enviado por Suellen Rocha
EPIDEMIOLOGIA DA VIOLÊNCIA E DAS CAUSAS EXTERNAS
Na história do mundo há todos os tipos de casos de violências independentemente se é praticado em si ou contra outros. Através dos anos e crescimento populacional, observamos o aumento de todos os tipos de violência que se manifesta em todos tipos de classes sociais, raça e gênero.
Esses eventos estão refletindo em várias áreas principalmente na área da saúde através de tratar de feridos e contabilizar mortos. A Organização Mundial da Saúde (OMS, 20032) refere que eles representam a “encruzilhada para onde convergem todos os corolários da violência, pela pressão que exercem suas vítimas sobre os serviços de emergência, atenção especializada, reabilitação física, psicológica e assistência social”.
Podemos observar que para ter um atendimento eficaz para essas vítimas teremos que ter uma política pública eficaz para atender toda a demanda de feridos, com isso, seria necessário intensificar serviços tais como: ambulâncias, hospitais de urgência e emergência, PSF para a reabilitação desses pacientes e suas famílias.
Diversos indicadores têm sido trabalhados para demonstrar a importância do tema, enfocados em determinados grupos populacionais. Dentre esses indicadores encontramos: mortalidade proporcional. Mortalidade diferencial por sexo e faixa etária, indica dor dos anos potenciais de vida perdidos (APVP).
Esses indicadores mostram a magnitude da violência, e em especial a mortalidade que obteve um considerável crescimento.
Certamente a qualidade de vida a que cada grupo socioeconômico está exposto é diferente e, portanto, é igualmente diferente sua exposição a processos de risco que determinam o aparecimento de doenças e formas de morte específicas, assim como seu acesso a processos benéficos e potencializados da saúde e da vida. (Granda, Brei/h, 1989, p. 40)
A mortalidade pelas chamadas "causas externas" (acidentes e violências), já em 1968, eram apontadas como importante causa de mortalidade (Püffer, Griffth, 1968, p. 168). A partir daí diversos estudos passaram a demonstrar a importância da violência no quadro de morbimortalidade da América Latina e do Brasil.
Yunes (1993), em trabalho publicado sobre mortalidade por causas violentas na região das Américas, afirma que o problema da violência é muito complexo, especialmente devido à multicausalidade, o que dificulta a interpretação do próprio conceito de violência, bem como sua interação com o setor saúde. Considera, ainda, a necessidade do conhecimento do perfil epidemiológico das mortes por causas externas, com o objetivo de propor e aplicar programas adequados de prevenção.
No Brasil no ano de 2013, as causas externas foram responsáveis por 151.683 óbitos registrados no SIM, sendo a maior parte no sexo masculino (82,2%) e pessoas com idade de 20 a 39 anos (43,8%). Em relação a raça/cor da pele, houve predomínio de pardos (50,1%) e brancos (37,3%). A Região Sudeste foi responsável por 36,8% dos óbitos, como ilustra a (tabela 1). A taxa de mortalidade por causas externas foi de 75,5 óbitos por 100 mil habitantes, variando de 26,4 óbitos por 100 mil mulheres a 125,5 óbitos por 100 mil homens. O risco de morte por causas externas entre homens foi 4,7 vezes o observado entre as mulheres. Segundo a faixa etária, as maiores taxas de mortalidade foram observadas entre os idosos. (122 óbitos por 100 mil habitantes) e adultos de 20 a 39 anos (99,2 óbitos por 100 mil habitantes). A Região Sudeste apresentou a menor taxa de mortalidade por causas externas (66 óbitos por 100 mil habitantes), enquanto as maiores taxas foram observadas nas regiões Centro-Oeste (92,2 óbitos por 100 mil habitantes) e Nordeste (86,1 óbitos por 100 mil habitantes).
Como vimos acima, onde se refere que o problema da violência é muito complexo, no Brasil, porém, não é menos complexo, pois a criança quando nasce corre risco de morte, e depois correm os riscos com as doenças infectos contagiosas, e por fim, correm os riscos de morrer através da violência ou sofrer mutilações através dela.
As mortes por violências são as mais banais em comparação as outras, sendo que estas são evitáveis através de politicas públicas eficazes com investimentos em educação, segurança e sistema penal mais voltado a recuperação, e cumprimento das leis. Porém o problema da violência principalmente ligada na estrutura da sociedade, afinal uma casa que possui limites tem menor incidência de desobediência.
A violência e das causas externas são responsáveis por uma grande parcela das internações hospitalares no Brasil e, apesar de apresentarem menor tempo de internação, elas representam um “abalo” para os recursos públicos de saúde do que observado pelas causas naturais elas estabelecem uma dúvida em questão de saúde pública relevante e a sua prevenção tem se configurado como prioridade na área da Saúde. Diversos sistemas proporcionam o acesso a informações que revelam o impacto das causas externas no panorama de saúde brasileiro. O Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), devido a sua abrangência e qualidade, permite o conhecimento da mortalidade
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