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HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE HUMANIZASUS

Por:   •  19/5/2022  •  Monografia  •  1.627 Palavras (7 Páginas)  •  139 Visualizações

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FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS - FUPAC[pic 1]

FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE TEÓFILO OTONI

CURSO: ENFERMAGEM – 4° e 5° PERÍODO

 

 

JOÃO VICTOR SOARES DA SILVA

HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE

HUMANIZASUS

TEÓFILO OTONI

2020


JOÃO VICTOR SOARES DA SILVA

 

HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE

HUMANIZASUS

Relatório apresentado à disciplina Psicologia Aplicada a Saúde, curso de Enfermagem da Faculdade Presidente Antônio Carlos de Teófilo Otoni, como requisito parcial para a aprovação, sob orientação da professora xxxx.

TEÓFILO OTONI

2020


Humanização em Saúde – HUMANIZASUS

O presente trabalho buscou discorrer sobre os principais aspectos que envolvem a temática Humanização em Saúde, destacando a rede HumanizaSUS. No campo das políticas públicas de saúde ‘humanização’ diz respeito à transformação dos modelos de atenção e de gestão nos serviços e sistemas de saúde, indicando a necessária construção de novas relações entre usuários e trabalhadores e destes entre si. A ‘humanização’ em saúde volta-se para as práticas concretas comprometidas com a produção de saúde, de tal modo que atender melhor o usuário se dá em sintonia com melhores condições de trabalho e de participação dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde (Campos, 2000).

 Baseado na ideia de promover inovações na área da saúde, no que diz respeito a torna-la mais humanizada e acolhedora com aqueles que dela necessitam, foi criada em 2003 a Política Nacional de Humanização - HumanizaSUS (PNH), que tem como objetivo colocar em prática os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde e proporcionar mudanças nos modos de gerir e de cuidar. Baseado nisso, este trabalho tem como objetivo relatar os benefícios que essa política pode trazer para os indivíduos envolvidos, relatar a importância da humanização para a saúde do paciente e também dos profissionais, e os obstáculos que dificultam a concretização da mesma.

A Política Nacional de Humanização se pauta em três princípios: inseparabilidade entre a atenção e a gestão dos processos de produção de saúde, transversalidade e autonomia e protagonismo dos sujeitos. Além disso, está em constante atualização, em busca de coerência com os princípios do SUS, sendo uma política institucional construída coletivamente. Para se efetivar a humanização é fundamental que os sujeitos participantes dos processos em saúde se reconheçam como protagonistas e corresponsáveis de suas práticas, buscando garantir a universalidade do acesso, a integralidade do cuidado e a equidade das ofertas em saúde (Ministério da Saúde, 2020).

 Para muitas pessoas, a humanização se tornou um clichê, uma vez que muito se tem falado, mas pouco se coloca em prática. Embora a realidade do SUS seja muito mais complexa e desafiadora do que parece, se faz necessário uma maior atuação de todos no que envolve o processo de humanização, para que seu real significado seja efetivado. Não basta apenas conhecimento técnico e científico, humanizar vai além de considerar as demandas fisiológicas dos pacientes, pois inclui também as demandas mentais. Segundo pesquisas realizadas nos municípios do Estado de São Paulo (2010), cujo objetivo foi avaliar o grau de satisfação de usuários dos serviços de saúde pública municipal, a insatisfação se mostrou notória no que se refere a humanização do atendimento. As principais queixas dos pacientes envolvem a forma como são tratados na Unidade, queixam-se de falta de atenção, paciência e empatia por parte dos profissionais.

É necessário enxergar e cuidar do paciente como um todo, compreendê-lo em sua totalidade, e não apenas a doença que o acomete. É importante lembrar que o paciente que procura atendimento está sofrendo devido a atual situação, ele se encontra fragilizado fisicamente e emocionalmente, situação essa o qual não estava preparado. Por se tratar de um momento delicado de sua vida, é imprescindível que ele seja acolhido da melhor forma possível, uma vez que a humanização atua diretamente na melhora do estado geral de saúde do mesmo. Como uma forma de entender melhor a importância de humanizar o atendimento, uma vez que o indivíduo é um ser biopsicossocial, devemos levar em consideração que o mesmo não busca apenas a solução de um problema de saúde, mas também alívio e conforto pessoal.

Muitas vezes só de ser ouvida, a pessoa já se sente mais aliviada, fazendo com que o tratamento flua de forma mais tranquila, favorecendo também o estabelecimento de uma relação de confiança entre profissional-cliente. É importante entender o sofrimento de quem está precisando de ajuda, ouvir suas opiniões e seus anseios, de forma igualitária, sem fazer julgamento e sempre respeitando as diferenças, nesse contexto, a pessoa deve ser o foco principal, e não somente a doença. A atual situação de fragilidade que ela e a família se encontra, por vezes devido a internação, pode dar origem a outros problemas como crises de ansiedade, depressão e até mesmo sintomas físicos de origem psicológica, por isso é preciso que se tenha um maior preparo e capacitação da equipe para lidar com essa situação, e assim oferecer um atendimento de melhor qualidade.

Além da atenção com os usuários, trabalhadores e gestores também devem ter sua devida valorização para que o processo de produção de saúde, incluindo a implementação de um cuidado mais humanizado seja implantado. É necessário estabelecer condições favoráveis para que isso se torne possível, pois nem sempre depende apenas dos profissionais. Isso inclui um ambiente adequado, com melhores condições de trabalho como infraestrutura e redução da carga horária, que muitas vezes se torna exaustiva, dificultando a aproximação afetiva entre as pessoas e consequentemente diminuindo a qualidade da assistência. As difíceis condições de trabalho fazem com que eles se sintam desestimulados e desanimados, esse desgaste acaba afetando a saúde mental desses profissionais, o que colabora para o surgimento de Síndromes como o Burnout e outras patologias. Essa “desumanização” com o profissional de saúde acaba o impedindo de exercer suas funções com maior eficiência. Para Spector (2010, p. 413) “as condições físicas do trabalho tendem a ter efeitos físicos diretos nas pessoas”, através disso subtende-se que primeiramente devemos cuidar de quem cuida, para assim obtermos bons resultados com aqueles que vão à procura de ajuda. Outra forma de melhorar as relações é incluir a participação dos trabalhadores na gestão, aumentando a comunicação entre as classes, para que os trabalhadores também sejam ouvidos, no que diz respeito a tomada de decisões sobre o que envolve seus processos de trabalho.

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