PREVALÊNCIA DO TRACOMA EM ALGUMAS DAS INTITUIÇÕES DE ENSINO DO ESTADO DE SÃO PAULO

1. INTRODUÇÃO

1.1 Conceito

É uma doença ocular mais frequente do mundo, acometendo 500 milhões de indivíduos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 5,6 milhões de pessoas estejam cegas devido as complicações do tracoma, sendo, portanto, a principal causa de cegueira prevenível, principalmente nos países em desenvolvimento. Além disso, 80 milhões de crianças apresentam o tracoma inflamatório que pode causar grave deficiência (Schellini et al.,2010).

O tracoma é uma doença ceroto conjuntivite crônica recidivante, causada pela Chlamydiatrachomats também responsável por uma DST denominada clamídia(Ferraz et al., 2010).

Existem cinco tipos de tracoma. São eles: Inflamação tracomatosa folicular (TF)- presença de cinco ou mais folículos com pelo menos 0,5 mm de diâmetro na conjuntiva tarsal superior; Inflamação Tracomatosa Intensa (TI)- Inflamaçãoconjuntival que obscurece mais de 50% dos vasos tarsais profundos; Cicatrização conjuntival tracomatosa (TS) – Presença de cicatrizes na conjuntival tarsal superior; Triquiase tracomatosa (TT)- Presença de pelo menos um cilio tocando o globo ocular ou evidencia de epilação dos cílios; Opacificação corneana (CO) – Presença de Opacificação corneana que atinge a borda pupilar (Koizumi et al., 2005).

1.2 Transmissão

A principal fonte de transmissão é o ser humano, a prevalência de sua transmissão é entre criança em idade escolar, ou seja, menores de 10 anos, considerado uma das principais fonte de ineficiência da higienização, devido as baixas condições socioeconômicos e baixo índice de desenvolvimento humano, sendo descrita em locais com precárias condições de habitação, grande concentração populacional, precariedade saneamento básico, baixos níveis educacional e cultural (Schellini et al 2010).

A sua transmissão é fácil devido ao uso de fomitos compartilhados entre as pessoas de mesma casa (ex.: toalha de rosto), pode ocorrer também pela presença de insetos vetores e presença de outras doenças oculares (Koizumi etAL,2005).

1.3 Sinais e sintomas

O agente provoca uma conjuntivite crônica, que se acompanha de poucos sinais e sintomas: prurido ocular, hiperemia leve, pouca ou nenhuma secreção ocular (Schellini, 2012).

1.4 Diagnóstico

O diagnóstico do tracoma é essencialmente exame clinico realizado com lupa de 2,5 vezes de aumento. A confirmação laboratorial deve ser utilizada para constatação da presença do agente etiológico na comunidade, e não para citação de cada caso (Schellini, 2012).

1.5 Tratamento

A partir dos casos positivos, os adultos acometidos (comunicantes) podem ser identificados e todos devem receber o tratamento clinico que atualmente éfeito com administração via oral de azitromicina. Todos os acometidos passam por exames periódicos para certificação da cura. A forma cicatricial da doença poderá requerer tratamento cirúrgico (Schelliniet. al, 2012).

1.6 Doença Negligenciada

O tracoma é considerado pelas organizações internacionais do campo da saúde como uma das doenças negligenciada, doença para qual tem havido pouco ou nenhum investimento da indústria, no desenvolvimento de novas técnicas de diagnóstico, medicamentos e vacinas. Essa doença tem sido negligenciada inclusive pela academia, o que se pode constatar pelo pequeno número de estudos e publicações sobre elas (Schellini et. al , 2012).

2. JUSTIFICATIVA

Estamos realizando este trabalho devido a pouca valorização da doença do Tracoma e seu grande impacto negativo no paciente, evidenciado pelo aumento de casos no decorrer dos últimos anos e sua severidade.

3. OBJETIVO GERAL

Este trabalho tem por objetivo analisar pesquisas realizadas em instituições de ensino nas cidades de São Paulo, Embu das Artes, Bauru, Botucatu, sendo publicadas em artigos