Resenha Sobre Saúde Mental
Por: Romilda Medeiros • 17/8/2020 • Resenha • 811 Palavras (4 Páginas) • 230 Visualizações
INTRODUÇÃO
Trata-se de uma visita técnica realizada no Hospital Regional do Seridó Telecila Freitas Fontes, na data de 14/02/2020, ás 8:00 horas, com as estudantes da 7° série do curso de Enfermagem da Universidade Potiguar de Caicó/RN. Realizou-se um reconhecimento da realidade a fim de vivenciar desde o acolhimento, procedimentos e alta hospitalar dos pacientes com sofrimento mental, a qual contamos com a presença da coordenadora do setor psiquiátrico a enf. Ully Nayane e a preceptora Taylla Dias.
No decorrer da visita foram apresentados locais dentro do próprio hospital utilizado para a interação dos pacientes, como a praça de convivência, a enfermaria localizada dentro da clínica médica e um corredor por trás das enfermarias.
OBJETIVO GERAL
Analisar a distribuição do serviço, infraestrutura, as dificuldades encontradas no setor, assim como as atribuições do Enfermeiro frente ao cuidado com os pacientes em sofrimento mental.
DESENVOLVIMENTO
O setor psiquiátrico encontra-se dentro da clínica médica e conta com duas enfermarias, sendo uma masculina com quatro leitos e uma feminina com dois leitos, também há existência de um espaço de convivência entre eles, que possibilita muitas vezes a saída deles pela clínica cirúrgica. Foi observado que possui uma infraestrutura falha, onde existe várias possibilidades de fuga inclusive pela janela da própria enfermaria dando acesso direto a saída do hospital.
A equipe do setor é composta por 1 médico, 1 psiquiatra, 1 psicólogo, 2 enfermeiros e 5 técnicos de enfermagem do plantão, na qual foi relatado que devido a deficiência de profissionais os enfermeiros dividem-se entre a clinica médica e o setor psiquiátrico, somente 1 dos 5 técnicos fica responsável pelo setor, mas quando necessário também atua na clinica médica. O psiquiatra está presente apenas uma vez por semana, assim dificultando o tratamento do paciente. O psicólogo realiza a visita diariamente, podendo retornar ao leito mais vezes de acordo com a necessidade do paciente.
Os pacientes dão entrada na urgência por meio do SAMU ou da Guarnição Policial, a maioria chega em surtos seguindo para o atendimento médico, sendo medicado, e caso necessário é realizada a contenção do paciente. Em caso de internação ocorre uma triagem avaliando o quadro clinico, sendo feita a coleta de dados. Segundo informações colhidas, os principais transtornos atendidos são: esquizofrenia, bipolaridade e depressão em estágio agudo. A maior incidência é de esquizofrenia, tendo como público alvo homens na faixa etária de 30 anos e a depressão em estágio agudo, são jovens que tentaram suicídio decorrente a motivos emocionais.
No local é utilizado apenas o método S.O.S para estabilizar e imobilizar o paciente, na qual os principais medicamentos utilizados são sedativos e antidepressivos, tais como: haldol, fenergan, diazepam, havendo uma carência no local quanto ao fenergan. A maioria chega ao hospital sem acompanhantes e geralmente ocasiona uma piora no quadro do paciente, devido a falta de apoio familiar que é de extrema importância para evolução e alta, além de dificultar o serviço ofertado pelos profissionais tendo que redobrar a atenção da equipe para o paciente.
Após a identificação do diagnóstico, é de suma importância que ocorra uma boa comunicação entre as Redes de Atenção à Saúde para um tratamento qualificado, buscando a integralidade do cuidado. Porém há um déficit neste quesito, sendo que, através da Assistente Social há comunicação do Hospital para o CAPS sem retorno de contrapartida, interrompendo o fluxo do tratamento que deveria ser contínuo.
Antigamente existia uma visão inadequada sobre os pacientes que chegavam em surtos, onde ocorria preconceito tanto pelos profissionais, pacientes de outros setores e familiares. Nos dias atuais, com a evolução que houve no âmbito saúde notou-se que ocorreu melhoras dos métodos de cuidados de forma humanizada para esses pacientes, tais mudanças se dá devido capacitações realizadas pela própria instituição para um melhor atendimento.
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