TRIAGEM DE RISCO NUTRICIONAL

Triagem de risco nutricional

Esta triagem de risco nutricional se relaciona à avaliação feita ao paciente R.O.B de 71 anos que foi internado em função de pneumonia aguda aliada à Hipertensão Arterial Sistólica de 180/120 mm/Hg, o que determinou sua imediata internação hospitalar.

Após a internação foi solicitada uma avaliação nutricional do paciente R. O. B. já que este apresentava fraqueza muscular, descoloração da pele, palidez nas conjuntivas e circunferência braquial e de panturrilha abaixo do recomendado para essa faixa etária em um homem saudável.

A avaliação diagnóstica do paciente revelou que R. O. B alimenta-se basicamente de:

- café da manha: café preto e leite;

- almoço e janta: sopa de legumes sem a presença de proteínas e carboidratos;

- lanches: uma fruta macia, geralmente banana e mamão.

Os exames visuais no paciente apontam para um quadro de desnutrição moderada que, agravada pelo quadro de pneumonia severa tende a se agudizar ao longo do tempo se não for feita uma intervenção rápida e eficaz no paciente. A internação do mesmo revela-se uma oportunidade boa para que seja ministrado uma terapia nutricional de modo que o paciente se recupere, ao mesmo tempo em que a medicação combate o quadro de pneumonia.

Também foi constatado que o quadro de HAS é provocado pelo excesso de consumo de sódio na alimentação salgada, além do desequilíbrio homeostático dos fluidos do paciente em função dessa dieta pobre em proteínas e carboidratos.

Foi recomendado uma dieta em que se privilegie o topo da pirâmide alimentar recomendado pelo Ministério da Saúde de modo que, nos primeiros dias a terapia proteica possa recuperar a massa muscular, ao mesmo tempo que a terapia com carboidratos recupere o tônus muscular debelando o quadro de atonia moderada que o paciente apresente.

Em paralelo a essa terapia, o hospital informa que a terapia com antibióticos tem combatido a pneumonia. Como a internação do paciente foi por um prazo de sete dias, os primeiros dias foram dieta proteica e de carboidratos, voltando-se lentamente para uma alimentação equilibrada nos demais dias. Após o término da internação a pressão arterial apresentava valor de 120/80 mm/Hg, a atonia muscular havia desaparecido e houve ganho de massa muscular e adiposa no paciente.

Foi recomendado ao paciente que continuasse com a dieta passada pela equipe de nutrólogos do hospital, de modo que ele possa controlar e manter uma dieta equilibrada de acordo com a pirâmide alimentar do Ministério da Saúde, passando por todos os grupos nutritivos dessa tabela.

Referências Bibliográficas: DOVERA, T. M. D. S. Nutrição Aplicada ao Curso de Enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.