VIOLENCIA

Representações de mulheres  sobre violência e sua relação com qualidade de vida

                                                                     Sheila Patrícia Diamante da Silva

 Acadêmica do curso de Enfermagem

   (Faculdade de Ensino e Cultura Do Ceará)

 

   A mulher é uma das grandes vitimas da violência em nosso país e no mundo.  A cada minuto milhares  de vitimas são violentadas, o que faz com que  a desigualdade em nosso meio se torne ainda maior.

   A vergonha e o medo de se expor não as deixam denunciar, temendo   de seus companheiros escondem a realidade.

   A violência está não só em suas residências, mais fora delas, um desses exemplos é a condição social com que muitas mulheres se encontram, sua ocupação, profissão, local onde vivem, sua posição na sociedade, falta de estrutura familiar, escolaridade, ou seja a maioria das mulheres que sofrem violência ainda são de menor poder aquisitivo,  vivendo em situação de  extrema pobreza.

   O fato de muitas mulheres viverem em  uma condição social melhor não significa dizer que muitas não sofrem as mesmas consequências  que as de classe baixa , essa é uma realidade que não está longe das famílias de estruturas organizada.

 

   

    A realidade que vemos, não está estampada no rosto de alguém, está escondida em uma peça de roupa, no cabelo cobrindo um espancamento, uma queimadura por trás de algo. Muitas mulheres denunciam seus companheiros, por não suportarem mais tanto sofrimento.   Em nosso país a realidade após uma denuncia é muito seria e trás consequências ainda maiores, porque aquele agressor  que foi denunciado vai preso,  e alguns meses depois,  paga fiança e vai solto, é nessa situação onde ocorre o perigo, pois muitas mulheres temem serem assassinadas ou sua família vitima dessa  violência.

   As marcas são deixadas pela agressão e pelo desrespeito, porque quando se falta o respeito logo vem a agressão. A falta de amor, fé, falta de condições básicas, de preparo do agressor, a imaturidade, impaciência, intolerância, egoísmo, falta de caráter, falta de sabedoria, irresponsabilidade e falta de compreensão são características traçadas por quem agride suas vitimas.

   A relação de poder que muitos homens tem sobre a  mulher retratam  autoridade, domínio, machismo e imposição, o que impedi – as de exercer sua liberdade e seu direito de ir e vir.

   É evidente que a violência afeta a qualidade de vida da população, porém manter – se em silencio faz com que ocorram manifestações físicas, sexual, psicológicas e fatais, sem indícios de que a violência foi fator desencadeante do que se foi apresentado.

   Quando não se gera consequências fatais a violência trás consigo sequelas como ansiedades,  fobias, depressão, uso de drogas, tentativas de suicídio e desgaste familiar.

   

   A violência também afeta as crianças vitimas de trafico, espancamento e prostituição, isso faz com que essas crianças temendo represálias não se pronunciem desencadeando transtornos psicológicos e tenham pouco rendimento na escola, dificuldades nas relações de amizade e de convívio com os familiares, muitos deles na maioria das vezes são violentados por  seus parentes, pai, mãe, tio ou padrasto, tornando esse convívio ainda mais difícil.

   Saber diferenciar uma violência é algo que precisa ser trabalhado, e muito profissionais de saúde convivem com essa realidade todos os dias no seu ambiente de trabalho através do atendimento a essas famílias.

   As repartições são as que mais compartilham com o sofrimento de algumas dessas mulheres que ora sofrem violência do cônjuge, ou do namorado, ou por serem descriminadas por sua profissão, no caso das profissionais do sexo, dançarinas e até mesmo o fato de vestir –se e ter sua independência, tudo isso incomodam o agressor.