INFLAMAÇÃO EXPERIMENTAL E AÇÃO ANTIFLOGÍSTICA DOS MEDICAMENTOS
Por: Diana Rezende • 11/11/2016 • Relatório de pesquisa • 1.646 Palavras (7 Páginas) • 803 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E FARMACOLOGIA
CURSO: BACHARELADO EM FARMÁCIA
DISCPLINA: FARMACODINÂMICA
PROFESSORA: MARIA DO SOCORRO CORDEIRO FERREIRA
INFLAMAÇÃO EXPERIMENTAL E AÇÃO ANTIFLOGÍSTICA DOS MEDICAMENTOS
DIANA CARVALHO DE REZENDE
(2014951194)
TERESINA – PI
OUTUBRO/2016
INTRODUÇÃO
A inflamação é um fenômeno complexo caracterizado principalmente pela presença de dor, eritema, aumento de temperatura e edema no local do estimulo lesivo, independente da origem do mesmo (microrganismos, lesões físicas como queimaduras, irritantes químicos) (SILVA, 1994). A reação inflamatória nada mais é do que uma resposta de proteção do organismo a um agente ou lesão considerada nociva pelo mesmo. O uso de substâncias químicas para melhorar a dor e a inflamação é um das necessidades mais antigas da humanidade. Desde o isolamento da salicilina e a demonstração dos seus efeitos antipiréticos em 1829 por Leraux, um longo caminho de pesquisa vem sendo trilhado (MONTEIRO et al., 2008). A carragenina, na sua forma original, é um polissacarídeo ramificado e de alto peso molecular. Trata-se de uma droga que possui o efeito de induzir a liberação dos principais mediadores químicos da resposta inflamatória (histamina, bradicinina, serotonina, prostaglandinas e leucotrienos) (GILMAN, 1996).
A presente pratica objetiva-se demonstrar os sinais cardinais da inflamação visíveis a olho nu, juntamente com a analise dos efeitos edematogênicos da carragenina e o combate anti-inflamatório dos AINES, quando utiliza-se o ácido acetilsalicílico e o meloxicam como pré-tratamento.
MATERIAIS E MÉTODOS
Para a pratica, fez-se necessário 4 animais da espécie Rattus norvegicus Wistar (ratos de laboratório), na qual dois destes ficaram no grupo controle (1) e os outros dois no grupo experimental (2). O primeiro passo foi a pesagem dos animais para calcularmos a dose do anestésico Tiopental Sódico 30 mg/kg e descobrirmos o valor exato da dose a ser administrada em cada animal, para conseguinte anestesiarmos pela via intraperitoneal com o auxilio de uma seringa e agulha. Após o efeito deste, medimos por meio do paquímetro a espessura da pata direita traseira em estado basal (sem a aplicação de um agente indutor de edema) de cada um dos quatro animais.
Nos animais do grupo I, foi injetado com o auxilio da seringa e a agulha, a Carragenina na região subplantar da pata direita de ambos animais e com 30 min e 60 min após esta administração medimos novamente a espessura das patas dos animais e anotamos os resultados. Nos animais do grupo II, injetamos o Ácido Acetilsalicílico 100 mg/Kg (nos grupos 1 e 3) e Melocicam 2 ml/kg (nos grupos 2 e 4) por via intraperitoneal e 30min após essa administração, injetamos Carragenina também na região subplantar da pata direita de cada animal do grupo experimental. Medimos a espessura da pata direita após 30min e 60 min e anotamos os resultados.
RESULTADO
TABELA 1.0 - VARIAÇÃO DA ESPESSURA (mm/ich) DA PATA DIREITA POSTERIOR DE Rattus norvegicus Wistar, BASAL (T0), APÓS A APLICAÇÃO DE CARRAGENINA (0,1 ml/pata) NA REGIÃO SUBPLANTAR (T1) DO CONTROLE. COM PRÉ-TRATAMENTO DE ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (100 mg/Kg) NOS GRUPOS 1 E 3, E COM PRÉ-TRATAMENTO DE MELOXICAM (2 ml/Kg) NOS GRUPOS 2 E 4, AMBOS FÁRMACOS ADMINISTRADOS NA REGIÃO PERITONEAL. NOS TEMPOS 30 (T1) E 60 (T2) MINUTOS APÓS NOS GRUPOS CONTROLE E EXPERIMENTAL. TERESINA-PI, 2016.
Grupo 1 | Grupo 2 | Grupo 3 | Grupo 4 | |
T0 T1 T2 | T0 T1 T2 | T0 T1 T2 | T0 T1 T2 | |
CONTROLE 1 CONTROLE 2 EXPERIMENTAL 1 EXPERIMENTAL 2 | 1,48 1,54 1,55 1,48 1,53 1,55 1,46 1,49 1,48 1,45 1,47 1,46 | 1,41 1,48 1,49 1,46 1,50 1,52 1,53 1,53 1,53 1,45 1,45 1,50 | 1,47 1,55 1,55 1,49 1,52 1,52 1,46 1,48 1,47 1,45 1,47 1,47 | 1,43 1,52 1,50 1,42 1,46 1,50 1,44 1,51 1,48 1,42 1,51 1,49 |
FONTE: Laboratório de Farmacologia da UFPI. Acadêmicos de Farmácia, 2016.2.
TABELA 2.0 - REGISTRO DA MÉDIA DA ESPESSURA DA PATA (mm/ich) DIREITA POSTERIOR DE Rattus norvegicus Wistar, APÓS A APLICAÇÃO DE CARRAGENINA (0,1ML/PATA) NA REGIÃO SUBPLANTAR NOS TEMPOS 30 (T1) E 60(T2) MINUTOS DOS GRUPOS CONTROLE E EXPERIMENTAL (AAS). TERESINA-PI,2016.
TEMPOS 1 e 3 | T0 | T1 | T2 |
CONTROLE EXPERIMENTAL | 1,48 1,46 | 1,54 1,48 | 1,55 1,47 |
FONTE: Laboratório de Farmacologia da UFPI. Acadêmicos de Farmácia, 2016.2.
TABELA 3.0 - REGISTRO DA MÉDIA DA ESPESSURA DA PATA (mm/ich) DIREITA POSTERIOR DE Rattus norvegicus Wistar, APÓS A APLICAÇÃO DE CARRAGENINA (0,1ML/PATA) NA REGIÃO SUBPLANTAR NOS TEMPOS 30 (T1) E 60 (T2) MINUTOS DOS GRUPOS CONTROLE E EXPERIMENTAL (MELOXICAM). TERESINA-PI,2016.
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