MBA EM GESTÃO EM SAÚDE COM ENFASE EM ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM GESTÃO EM SAÚDE COM ENFASE EM ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR

Fichamento de Estudo de Caso

Natália Martins Freire

Trabalho da Disciplina Economia e Finanças em Saúde,

                                                 Tutor: Prof. Ronald Paschoal

Fortaleza

2019

Estudo de Caso de Harvard: A AIDS no Brasil

Referência: Havard Business School 507-P02 12/04/2007 A AIDS no Brasil. Rohit D.; Ricardo, R.  

Texto do Fichamento:

No começo dos anos 1990, o Banco Mundial previa que em até 2020 o HIV teria infectado 1,2 milhões de brasileiros, mas em 2005 apenas 600mil brasileiros eram portadores, metade do número previsto pelo Banco Mundial.

        Nesse mesmo ano o ex-ministro da saúde no Brasil, Humberto Costa, disse que o preço pago pelo país para o medicamento Kaletra, usado no tratamento de HIV, representa um custo anual de US$ 2.630 por paciente, o que era muito alto, uma vez que estudos realizado pela Organização Mundial de Saúde, que o preço justo deveria ser entre US$ 480 a US$ 540 por paciente já incluindo os lucros.

        A porta-voz do laboratório americano Abbott anuncia um acordo com o governo brasileiro em que ocorre a diminuição do preço de Kaletra para consequente ampliação ao acesso dos pacientes ao tratamento.

        Menos de um mês depois o então Presidente Lula promove uma reforma ministerial e anuncia José Saraiva Felipe como sendo o novo Ministro da Saúde. E este, relata que nunca encontrou nenhum documento referente ao acordo entre o governo brasileiro e o laboratório americano.

        O Brasil era considerado uma história de sucesso exemplar entre os países em desenvolvimento no que diz respeito ao controle da AIDS. Tal feito foi possível devido a ações do governo, como campanhas contínuas, distribuição gratuita de medicamentos, gestão cautelosa de recursos. O resultado foi níveis semelhantes a países da Europa Ocidental.

        Apesar do feito, o governo brasileiro invocou o direito legal de ignorar patentes farmacêuticas do Laboratório Abbott e emitiu licença compulsória para a fabricação do medicamento em seu laboratório governamental Farmanguinhos no Rio de Janeiro, caso a Abbott não abaixasse o preço do medicamento Kaletra.