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O CASO CLÍNICO RESOLVIDOS

Por:   •  15/4/2020  •  Tese  •  4.226 Palavras (17 Páginas)  •  1.357 Visualizações

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 CASO CLÍNICO 1

C., 30 anos, sexo masculino, dá entrada no hospital devido a uma infecção causada por Chlamydia e lhe é receitado tetraciclina por via oral (6,625 a 12,5 mg/kg de 6/6h). Porém, por ser uma droga que apresenta caráter ácido, o paciente reclama de grande ardência epigástrica e por isso solicita leite ou um antiácido, sendo negado o pedido logo em seguida.    

R= Como a tetraciclina tem caráter ácido, o pedido do leite foi negado pois este é de caráter básico, o que dificultará a absorção do medicamento. Sendo assim , haverá a ionização das moléculas (ácido com base). Também poderia haver a não absorção da cálcio contido no leite, pois ocorreria uma quelação. Assim como o leite, o antiácido é de caráter básico e seria indicado para neutralizar o pH do meio. Portante foi negado pois as maoléculas ionizadas em geral tem menor absorção.

CASO CLÍNICO 2

S. M. T., sexo masculino, 30 anos, medindo 1,73 m de altura e pesando aproximadamente 92 kg, iniciou tratamento para obesidade com sibutramina (inibidor da receptação de serotonina). Nessa fase, o paciente se encontrava em ótimo estado geral e dois meses após o início do tratamento ele apresentou uma significativa perda de peso, indicando o sucesso do tratamento. Pouco tempo após esse período, procurou um dermatologista para fazer um tratamento para calvície, sendo prescrita finasterida. Após 15 dias de uso conjunto desses dois fármacos, o paciente tornou-se hiperativo, irritado e, por vezes, agressivo, com notório prejuízo em seu desempenho profissional e interpessoal. Considerando que esses sintomas são característicos da intoxicação com sibutramina e, também, que ambos os fármacos são metabolizados pela mesma enzima (CYP3A4), use os seus conhecimentos sobre biotransformação de fármacos e formule uma hipótese para explicar o que ocorreu nesse caso. 

R= A intoxicação por sibutramina ocorreu porque a finasterida, assim como a sibutramina são metabolizadas pela mesmo enzima (CYP3A4), porém a finasterida tem mais afinidade pela enzima, sendo metabolizada primeiro e havendo então o acúmulo da sibutramina por mais tempo no organismo, com isso gera um grau de intoxicação devido a inibição enzimática da serotonina podendo agravar para a síndrome serotoninérgica e levar a hiperatividade, agressividade e irritação.

CASO CLÍNICO 3

J. T., 31 anos de idade, sexo masculino, portador de diabetes, apresenta problemas significativos com refluxo gástrico. Ele também sofre de artrite e administra ácido acetilsalicílico com revestimento entérico para a dor. Como tratamento para o refluxo gástrico, o médico de J. T. receita metoclopramida, que é um agente que aumenta a taxa de esvaziamento gástrico. Com base nos teus conhecimentos, relate sobre a terapêutica deste paciente.

R= Ao ser administrada a metocloprimida, ocorrerá a taxa de esvaziamento gástrico e o AAS com revestimento dificulta a absorção, mas ajuda a manter o princípio ativo do medicamento até chegar ao local, protegendo da absorção antecipada. No entanto, seria indicado um AAS sem revestimento parar aliviar a dor mais rapidamente ou indicar outro medicamento sem ser AAS.

CASO CLÍNICO 4

J. M. V., 16 anos, sexo feminino, apresenta quadro de rinorreia, espirros frequentes e congestão nasal, sintomas típicos de um resfriado comum. A paciente solicita ao farmacêutico a dispensação de um fármaco descongestionante nasal para alívio dos sintomas. O farmacêutico deve escolher entre duas opções:

-Cloridrato de nafazolina, solução nasal;

-Cloridrato de fenilefrina + maleato de dexclorfeniramina + ácido acetilsalicílico + cafeína (em associação), comprimido.

R= Deve ser indicado o cloridrato de nafazolina, solução nasal, pois foi solicitado o pedido de um descongestionante nasal para alívio de rinorreia, espirros e congestão nasal. Como este medicamento é local, seria o mais indicado pois terá resultado mais rápido e o paciente apresenta caso de alergia e não necessita de um antihistamínico.

 CASO 5

T. A. D., 70 anos, 65 kg, sexo masculino, usuário de digoxina, esteve fazendo a sua avaliação de saúde rotineira e descobriu que estava com problemas renais, apresentando valores de clearance de creatinina muito baixos. O médico solicitou então que o farmacêutico reavaliasse a dose de digoxina a ser aplicada nesse paciente, por via oral, já que a digoxina apresenta baixo índice terapêutico. Dessa forma, o farmacêutico calculou uma nova dose de manutenção diária para esse paciente.

R= Como o paciente é idoso e apresenta problemas cardíacos e renais, foi pedido o exame para descobrir o clearence e os valores de creatinina, pois a creatinina é a substância que é quase totalmente eliminada pelos rins e assim descobrir a taxa de filtração glomerular(medida direta da função renal). O exame apresentou clearence de creatinina muito baixo, ou seja, a filtração glomerular não está ocorrendo adequadamente.O médico solicitou a reavaliação da digoxina(medicamento cardiotônico), pois a digaxina apresenta baixo índice terapêutico onde a dose terapêutica e a dose tóxica são muito próximas e o índice terapêutico tem como finalidade fazer uma regressão no grau de um risco técnico de um fármaco. Sendo assi, foi solicitado um reajuste na dose da digoxina para evitar a chance de uma possível intoxicação. O sistema renal na farmacologia tem grande importância pois este sistema é um dos principais na excreção dos fármacos, e o rins, desempenham papel importante através do suprimento sanguíneo adequado e mecanismos de filtração e secreção. A estes mecanismos se opõe um terceiro que é a reabsorção tubular.

 CASO 6

Paciente P.C.R, sexo feminino, 50 anos, obesa, hipertensa e diabética, foi internada apresentando edema (inchaço provocado pelo acúmulo de líquido) nas mãos e nos pés com dormência, dor nos ossos, náuseas e vômito além de coceira generalizada, sintomas clássicos de insuficiência renal provavelmente provocada por síndrome nefrótica. A avaliação laboratorial revelou o seguinte:

Creatinina sérica: 9,0 mg/dL (V.R.: homens – 0,7 a 1,3 mg/dL; mulheres – 0,6 a 1,2 mg/dL)

Uréia sérica: 100 mg/dL (V.R.: 15 – 45 mg/dL)

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