Relatório Aula Pratica Extração De Dna
Por: Larissa Vital • 22/11/2023 • Trabalho acadêmico • 1.064 Palavras (5 Páginas) • 88 Visualizações
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FACULDADE ANHANGUERA - UNIDADE DE BETIM
DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA
BIOTECONOLOGIA E PRODUÇÃO DE ALIMENTOS
PROFª. DRª. MARCELA ÌSIS MORAIS
RELATÓRIO AULA PRÁTICA 1 -
EXTRAÇÃO DE DNA DE FRUTAS
Farmácia- 10° período
BETIM
2023
Introdução
O DNA é a molécula que contém as informações genéticas de todos os seres vivos. Ele é formado por uma dupla hélice de nucleotídeos, que se interagem por ligações de hidrogênio entre as bases nitrogenadas. O DNA está localizado no núcleo das células eucarióticas, e também em organelas como as mitocôndrias.
Sobre essa molécula Israel Rosenfield, Edward Ziff e Borin Van Loon, relatam que:
O DNA é uma molécula incrível. Ele é capaz de armazenar, copiar e transmitir informações genéticas com uma precisão extraordinária. Ele é capaz de se auto-reparar, se recombinar e se modificar. Ele é capaz de interagir com outras moléculas e regular a expressão dos genes. Ele é capaz de influenciar o desenvolvimento, a saúde, a personalidade e o destino dos organismos. Ele é capaz de mudar o mundo.(ROSENFIELD, I.; ZIFF, E.; VAN LOON, B., 2014)
O DNA pode ser extraído de diversos tipos de células, usando métodos físicos e químicos que rompem as membranas celulares e nucleares, e que precipitam o DNA em uma solução salina.A extração de DNA é uma técnica fundamental na biologia molecular, pois possibilita a obtenção do material genético de um organismo, para análises dos mesmos.
O objetivo desta aula prática foi extrair o DNA de morango, destacando a importância do processo de extração de DNA, utilizando morangos como material de estudo, por serem frutos macios, ricos em água e com muitas células. Esse experimento clássico serve como uma representação prática da estrutura e da natureza intrincada do DNA, um dos pilares da biologia molecular e genética.
Materiais e métodos
Materiais: | Reagentes: |
- Gral com pistilo; | - Morango; |
- 2 béqueres; - Papel filtro ou algodão; - Funil; | - 100 ml solução de lise composta por 450 ml de água, 25 ml de detergente líquido, preferencialmente incolor e 1 colher de chá de sal; |
- Tubos de ensaio; | - Álcool etílico 95% gelado; |
- Água quente (50-70°C – em banho maria); | |
- Béquer com gelo; |
Metodologia:
- Colocar a fruta em um gral e esmagá-la até ficar homogêneo.
- Adicionar 100 ml de solução de lise à fruta amassada e misturar tudo, até ficar uma solução homogênea.
- Colocar a mistura em um frasco de vidro e levar à banho-maria quente (50-70°C) por 15 minutos, misturando frequentemente a solução.
- Filtrar a mistura.
- Transferir o filtrado para um tubo de ensaio até quase a metade do volume do tubo.
- Adicionar lentamente o álcool absoluto gelado no tubo de ensaio, deixando-o escorrer vagarosamente pela parede interna, a fim de formar duas fases, a superior, alcoólica e a inferior, aquosa. O volume de álcool adicionado deve ser aproximadamente o mesmo volume do extrato filtrado. Misture lentamente e observe a formação de um precipitado em forma de fios entre as fases.
Resultados e discussão
Durante a aula prática, foram obtidos os seguintes resultados:
Após a adição do álcool absoluto, observou-se a formação de uma camada de DNA visível na interface entre o álcool e a solução de morango. Isso demonstra a importância do álcool nessa aula pratica, pois ele desidrata o DNA, ou seja, não será solúvel em meio aquoso, e precipitar o DNA, tornando-o visível a olho nu. Além disso, o álcool gelado em ambiente salino favoreceu a condensação do DNA na interface entre as camadas.
A extração do DNA dos morangos foi bem sucedida, pois foi possível observar a massa branca e viscosa que se formou na interface entre o líquido filtrado e o álcool. Essa massa era composta pelo DNA dos morangos, que se precipitou nessa região por ser insolúvel no álcool.
Discutimos o papel importante que a solução lise teve um na extração do DNA dos morangos, pois ela continha sal e detergente. O sal ajudou a neutralizar as cargas negativas do DNA, facilitando a sua agregação. O detergente ajudou a romper as membranas celulares e nucleares dos morangos, liberando o DNA para a solução.
Durante o processo, notou-se a formação de bolhas no álcool, provavelmente como resultado da ação do detergente presente na solução de lise ele pode formar micelas com o álcool, gerando bolhas.
Além disso, uma fina camada de coloração vermelha tornou-se visível na parte superior do álcool. Isso pode ser atribuído à presença de impurezas residuais nos materiais utilizados, no caso os morangos, que podem ter conseguido passar pela filtração. O morango é um fruto rico em pigmentos, como a antocianina, que conferem a sua cor vermelha. Esses pigmentos podem se solubilizar na solução de lise e se misturar com o álcool, formando uma camada colorida.
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