PREPARAÇÃO NEUROMUSCULAR EM Buffus murinos
Por: Vandelma_Fisio • 18/4/2015 • Trabalho acadêmico • 1.615 Palavras (7 Páginas) • 307 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS
COORDENAÇÃO DO CURSO DE FISIOTERAPIA
DISCIPLINA: FISIOLOGIA HUMANA
PROFESSORES: FRANCISCO ARAÚJO E SUZANA GALVÃO
PREPARAÇÃO NEUROMUSCULAR EM Buffus murinos
Vandelma Lopes de Castro (1051125)
Abril/2015
INTRODUÇÃO
De acordo com Guyton (2011), praticamente todas as células do corpo humano apresentam potenciais elétricos através de suas membranas. Dentre essas células, pode-se destacar os neurônios e as fibras musculares- esquelética, lisa e cardíaca – consideradas células excitáveis capazes de gerar impulsos eletroquímicos que se codificam com grande rapidez em suas membranas. Segundo Guyton (2006), o músculo é ativado pelos neurônios que o inervam, situados na medula espinhal. Cada motoneurônio inerva número finito de fibras musculares, constituindo a unidade motora. Células musculares, assim como neurônios, podem ser excitadas por estímulos químicos, elétricos e mecânicos, que produzem potencial de ação que é transmitido por sua membrana celular. De modo diferente dos neurônios, as células musculares possuem mecanismo contrátil que é ativado pelo potencial de ação resultando em aumento da atividade de sódio (Ca++) intracelular, deslizamento das proteínas contráteis - actina e miosina- encurtando o sarcomêro após o potencial de ação.
A prática teve como objetivo estudar as propriedades fisiológicas dos mecanismos de excitação do músculo esquelético e demonstrar os efeitos dos estímulos elétricos, químicos numa preparação neuromuscular na espécie Buffus murinos.
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MATERIAIS E MÉTODOS
Um sapo da espécie Buffus Murinos foi submetido a testes para demonstrar o efeito de estímulos elétricos, químicos numa junção neuromuscular.
Os materiais utilizados para realização da aula prática foram: alfinetes, pinças, seringa, anestesia lidocaína, tesoura cirúrgica, solução de Ringer, pega varetas, fio de nylon, sapo Buffus murinos, eletroestimulador, cloreto de sódio (NaCl), prancha de isopor, bisturi.
A prática procedeu-se da seguinte forma, primeiramente no início da prática foi realizada a aplicação da anestesia no canal vertebral para preparar o animal deixando-o totalmente paralisado. No segundo momento, o animal foi fixado na prancha de isopor em decúbito ventral e iniciou-se o processo de retirada de toda a pele de uma da perna direita do animal até o osso calcâneo, com o objetivo de expor o músculo gastrocnêmio. Depois da remoção da pele e expondo toda a musculatura da coxa e da perna, foi isolado com o auxílio do fio de nylon o músculo gastrocnêmio. Com o auxílio dos pega varetas foi isolado também o nervo ciático, principal nervo estimulador do gastrocnêmio, tendo cuidado de manter a musculatura exposta constantemente hidratada com a solução de Ringer.
Posteriormente, foi conectado o estimulador elétrico realizando o estimulo elétrico, e partindo do ponto de mínima voltagem aplicou-se estímulos isolados diretamente sobre o nervo ciático até encontrar o limiar de excitabilidade, ocasionando a contração muscular. Fez-se o mesmo procedimento diretamente no com o músculo e encontrou-se o limiar de excitabilidade, feito isso, aplicou-se estímulos isolados com intensidade crescente para registrar as contrações musculares, a seguir foi dado um pequeno intervalo de tempo entre os estímulos e observando de forma isolada, identificando o limiar máximo.
Outro procedimento da prática foi a realização dos estímulos químicos: retirou-se os eletrodos do animal e foi adicionado um pouco de cloreto de sódio no músculo gastrocnêmio para obtenção de estímulos químicos lavando com bastante solução de Ringer e observou-se a contração involuntária, ou seja a fasciculação.
Por último, o animal foi colocado em posição de decúbito dorsal e com um bisturi foi feita uma incisão em toda a extensão do tórax-abdômen do animal para a observação do coração funcionando em sístole e diástole dentro e fora do organismo.
RESULTADOS
TABELA 01: OBSERVAÇÃO DE DIFERENTES ESTÍMULOS QUE CAUSAM CONTRAÇÃO NO MÚSCULO GASTROCNÊMIO E SEU NÍVEL DE INTENSIDADE EM Buffus murinos, TERESINA, 2015.
ESTÍMULO | CONTRAÇÃO | INTENSIDADE DA CONTRAÇÃO |
ELÉTRICO NO NERVO | OCORREU | ALTA |
ELÉTRICO NO MÚSCULO | OCORREU | ALTA |
QUÍMICO NO NERVO | OCORREU | ALTA |
QUÍMICO NO MÚSCULO | OCORREU | ALTA |
DISCUSSÃO
Diante da prática realizada, iniciou-se o experimento com a paralização do sapo da espécie Buffus murinos através da aplicação da anestesia lidocaína no canal cervical. Segundo Constanzo (2004), a lidocaína age bloqueando os canais de Na++ sensíveis à voltagem, bloqueando assim sua abertura e impedindo a ocorrência dos potenciais de ação do nervo motor, deixando portanto, o mecanismo de excitabilidade do corpo do animal reduzida temporariamente.
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