Hidratacao venosa
Por: jana-nog • 13/11/2015 • Seminário • 492 Palavras (2 Páginas) • 1.362 Visualizações
| ||||
Hidratação venosa em Pediatria PROTOCOLO DE ASSISTENCIA CLINICA EM EMERGENCIA PEDIATRICA |
Hidratação venosa em Pediatria
FASES DA HIDRATACAO VENOSA NA CRIANCA
Baseiam-se nas carcteristicas clínicas do paciente, bem como no deficit de perdas esperado.
A desidratação é classificada em leve, moderada e grave, de acordo com o percentual de perda de peso, ocasionada pelo déficit de líquido. O cálculo é preciso quando sabemos o peso imediatamente anterior à desidratação.
[pic 2]
1. Fase de reparação: URGENCIA, está indicada para hipovolemia moderada e grave e visa à expansão do espaço intravascular, sendo realizada com infusão rápida de solução isotônica (SF 0,9%-20mL/kg, 20min). Objetivo: redução da frequência cardíaca, normalização da pressão arterial, melhora da perfusão, melhora do débito urinário e aparência mais alerta.
Deve-se ter cuidado especial com volume em pacientes com comorbidades como os cardiopatas, em choque cardiogênico, quando o recomendado é 5 a 10 ml/kg em 10 a 20 minutos.
2. Fase de manutenção: O cálculo da necessidade hídrica diária de manutenção (NHD) é baseado no consumo de quilocalorias, sendo este método o mais utilizado (Holliday e Seggar), descrito na tabela a seguir. Em situações especiais, como na SIHA, considerer a manutenção como 2/3 da NHD proposta por Holliday & Seggar. A hidratação na CAD está descrita em seu protocolo próprio, bem como a dos casos de dengue na crinça.
Tipo de solução: dependerá da avaliação após fase de reparação, devendo ser colhida gasometria com eletrólitos (sódio e potássio). Caso a dosagem de sódio esteja abaixo a 135mEq/dL, iniciar manutenção com SGF na proporção de 1 SG5%/ 1 SF 0,9%. Caso a dosagem de sódio seja maior/ igual a 135mEq/dL, deverá ser utilizada SGF na proporção 5%/0,18% respectivamente, que equivale a 3mEq/100mL de sódio. O KCl deve ser adicionado somente após bom volume de diurese presente. A concentração do KCl é de 2 mEq/100mL de solução.
[pic 3]3. Fase de reposição: A reposição do fluido perdido é independente e simultânea ao líquido de manutenção. O cálculo é feito através da estimativa clínica da desidratação (déficit de líquidos).
Na desidratação isonatrêmica e hiponatrêmica, o déficit é reposto nas próximas 24 horas após etapa de expansão. O volume diário é composto de NHD + deficit.
[pic 4]
Bibliografia
- Freedman, SB e Geary, DF (2013) Bolus fluid therapy and sodium homeostasis in paediatric gastroenteritis. Journal of paediatrics an child health 49: 215-222.
- Keijzers, G et al (2011). Survey of paediatric intravenous fluid prescription: are we safe in what we know and what we do? Emergency medicine Australasia 24:86-97.
- Ferreira, LGB (2011) Terapia de Hidratação Venosa. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ 73-89.
- Drysdale, SB et al (2010) The impact of the national patient safety agency intravenous fluid alert on iatrogenic hyponatraemia in children. Eur J Pediatr 169:813-817.
- Kannan, L et al (2010). Intravenous fluid regimen and hyponatraemia among children: a randomized controlled trial. Pediatr nephrol 25: 2303-2309.
- Rey, C et al (2010). Hypotonic versus isotonic maintenance fluids in critically ill children: a multicenter prospective randomized study. Acta paediatrica 100: 1138-1143.
...