RESUMO - DEMENCIAS TRANSTORNO NEUROCOGNITIVO

DEMÊNCIAS[pic 1]

TRANSTORNO NEUROCOGNITIVO

Cognição inclui memória, linguagem, orientação, julgamento, condução de relações interpessoais, práxis e resolução de problemas.

Transtornos cognitivos refletem perturbações em uma ou mais áreas que a cognição abrange.

Condição em que melhor exemplifica como lesões biológicas resultam em sintomas comportamentais

Delirium é um tipo de transtorno neurocognitivo caracterizado por confusão de curta duração e alterações na cognição. Existem 4 subcategorias: condição médica geral; induzido por substâncias; causas múltiplas; outras etiologias ou etiologias múltiplas.

Demência é o de transtorno neurocognitivo maior, caracterizado por prejuízo grave na memória, no julgamento, na orientação e na cognição. As subcategorias são: doença de Alzheimer; doença vascular; infecção por HIV; lesão cerebral traumática; degeneração lobar frontotemporal; doença do príon; induzida por substâncias; etiologias múltiplas; e não especificada.

Transtorno amnéstico são transtornos neurocognitivos maiores devidos a outras condições médicas, é caracterizado pelo prejuízo da memória junto com outros sintomas cognitivos e pode ser decorrente de condições médicas, intoxicação ou causas desconhecidas.

AVALIAÇÃO CLÍNICA

O clínico deve buscar trazer à tona o desenvolvimento da doença. Transtornos cognitivos sutis podem ter sua história clínica identificada com sucesso. Transtornos maiores podem ter a história mais difícil de acesso, sendo necessário a participação de acompanhantes

EXAME DO ESTADO MENTAL

Meio de fazer um levantamento das funções e capacidades a fim de permitir uma definição dos pontos fortes e fracos pessoais.

É uma avaliação estruturada de sinais e sintomas, que pode ser repetida, e que promove a comunicação de forma eficaz entre clínicos.

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COGNIÇÃO

Ao testar a cognição, deve-se avaliar a memória, as capacidades visuespaciais e de construções, leitura, escrita e habilidade matemática.

PATOLOGIA E EXAMES LABORATORIAIS

Pacientes psiquiátricos e neuropsiquiátricos devem ser avaliados fisicamente de formas criteriosas, especialmente quando há questões que envolvem condições etiológicas relacionadas ou condições médicas comórbidas.

A maioria das doenças sistêmicas ou doenças encefálicas primárias que conduzem a perturbações psicopatológicas também se manifestam por meio de várias anormalidades periféricas ou centrais.

A avaliação de triagem pode conter vários testes de apoio para aumentar a especificidade do diagnóstico.

TESTES NEUROPSICOLÓGICOS

Avaliação padronizada, quantitativa e reproduzível das capacidades cognitivas de um paciente.

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DEMÊNCIA

(TRANSTONO NEUROCOGNITIVO MAIOR)

Refere-se a um processo de doença marcado pelo declínio cognitivo, mas com clareza de consciência.

Não refere a um baixo funcionamento intelectual, nem retardo mental, pois essas condições são de desenvolvimento e estática, e os déficits cognitivos na demência representam um declínio de níveis anteriores de funcionamento.

A demência envolve múltiplos domínios cognitivos, e déficits cognitivos causam prejuízo significativo no funcionamento social e profissional.

Existem vários tipos de demência com base na etiologia: doença de Alzheimer, demência com corpos de Lewy, demência vascular, demência frontotemporal, lesão cerebral traumática (LCT), HIV, doença do príon, doença de Parkinson e doença de Huntington. A demência também pode ser causada por outras condições médicas ou neurológicas ou produzida por várias substâncias.

Os pontos clínicos críticos da demência são a identificação da síndrome e o exame clínico de sua causa

Pode ser progressivo ou estático; permanente ou reversível e geralmente, presume-se sempre uma causa subjacente.

EPIDEMIOLOGIA

O envelhecimento da população é fator determinante para o aumento da prevalência de demência.

A prevalência de demência moderada a grave em diferentes grupos populacionais é de aproximadamente 5% na população em geral com idade superior a 65 anos, de 20 a 40% nessa população acima dos 85 anos, de 15 a 20% em consultórios médicos ambulatoriais e de 50% nas instalações de cuidados para casos crônicos.

Dentre os tipos de demência o mais prevalente (65 a 84% dos casos) é do tipo Alzheimer e sua prevalência aumenta com a idade. O segundo tipo mais comum é a demência vascular, que apresenta uma relação causal com doenças cerebrovasculares, correspondendo 15 a 30% de todos os casos. Outras causas representam 1 a 5% de todos os casos e incluem lesão cerebral traumática, demências relacionadas ao álcool e diversas relacionadas ao transtorno do movimento, como Huntington e Parkinson.

ETIOLOGIA

As causas mais comuns de demência em indivíduos com idade superior a 65 anos são doença de Alzheimer; demência vascular e demência mista.

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DEMÊNCIA DO TIPO ALZHEIMER

O diagnóstico de doença de Alzheimer requer exame, no entanto, ainda se faz necessário o diagnóstico de exclusão dos outros tipos de demência.

A causa da demência do tipo Alzheimer é desconhecido, no entanto, sabe-se que o depósito de amiloide é uma característica típica da neuropatologia do transtorno. Além disso, fatores genéticos também contribuem para o desenvolvimento

A neuropatologia da demência do tipo Alzheimer mostra que na neuroanatômica macroscópica clássica do cérebro desses pacientes apresenta atrofia difusa com sulcos corticais achatados e ventrículos cerebrais aumentais. Os achados clássicos e microscópicos patognomônicos são placas senis (placas amiloides ou neuríticas – o acumulo de proteínas forma as placas e as placas matam os neurônios), emaranhados neurofibrilares, perda neuronal (no córtex e no hipocampo), perda sináptica e degeneração granulovascular dos neurônios. A fisiopatológica da doença de Alzheimer mostra que acetilcolina e norepinefrina estão envolvidos com maior frequência na demência do tipo Alzheimer. Há a hipótese de um déficit colinérgico e de uma redução da atividade de norepinefrina. Além disso, a concentração reduzida de peptídeos neuroativos somatostatina e corticotrofina também são reduzidas.