O Transtornos de personalidade resumo
Por: Débora Guimarães • 19/6/2018 • Abstract • 805 Palavras (4 Páginas) • 511 Visualizações
P1: TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
Encontrados em até 50% dos pacientes psiquiátricos. Dificultam adesão ao tratamento. Por serem egossintônicos, não são reconhecidos como problemas pelos pacientes. São aloplásticos, isto é, tentam modificar o meio externo e não a si mesmos.
Não são causados por lesões cerebrais ou outros distúrbios psiquiátricos.
DSM-V: TP são persistentes, duradouros, começa precocemente, causam prejuízos, ações se desviam acentuadamente do que é esperado pela cultura.
→ Se manifesta em pelo menos 2 das 4 áreas: cognição, afetividade, relações interpessoais, controle de impulsos.
Grupo A (afastamento): esquizotípica, esquizóide, paranoide.
Grupo B (dramáticas/impulsivas): narcisista, histriônica, borderline, antissocial.
Grupo C (ansiedade/medo): dependente, evitativo, obsessivo-compulsivo.
GRUPO A
TP PARANOIDE
Marcado por suspeita e desconfiança excessiva; percebe significados ocultos de humilhação e ameaças em atitudes e palavras; guarda rancor; teorias conspiratórias; questiona fidelidade de cônjuges e lealdade de amigos/sócios.
O paciente não reconhece necessidade de ajuda; encontra-se tenso, buscando por pistas ocultas; apresenta raciocínio lógico baseado em premissas falsas; discurso de autorreferência.
Podem ter afeto restrito, parecem frias. Menosprezam aqueles que percebem como fracos ou debilitados de alguma forma.
-EEM: oposição à consulta, perplexidade, conteúdo de pensamento com idéia fixa e supervalorizada, ilusões à sensopercepção.
-Tratamento: Psicoterapia. Terapeuta deve ser direto, sincero, pouco afetuoso. Não se dão bem em terapias em grupo.
-Farmacologia: Ansiolítico (diazepam). Se agitação profunda, antipsicótico (haldol). Pimozida (antipsicótico) reduz ideação paranoide.
TP ESQUIZOIDE
Buscam isolamento social, solitários, procuram atividades com pouca interação humana (por exemplo, trabalham em horários noturnos), frios, distantes, sem interesse sexual, poucas atividades provocam prazer, não possuem ou possuem apenas um contato íntimo e confidente, incapacidade de expressar diretamente raiva por alguém.
Dedicam-se a atividades não humanas. Dificuldade em manter contato visual.
-EEM: fala quantitativamente reduzida, respostas monossilábicas, ausência de fala espontânea, afetividade reduzida.
-Tratamento: Psicoterapia.
-Farmacologia: Pequenas doses de APC, ADP e psicoestimulantes podem ser benéficos. BZD reduzem ansiedade social.
TP ESQUIZOTÍPICO
São pacientes excêntricos, com fala/aparência peculiares; ausência de amigos íntimos/confidentes; discurso fantasioso, pensamento mágico (ex.: clarividência).
É a personalidade pré-mórbida da esquizofrenia.
-EEM: aparência excêntrica, conteúdo do pensamento mágico, idéia de referência (significados especiais para acontecimentos comuns), pensamento vago e circunstancial, alterações de sensopercepção (como ilusões corporais).
-Tratamento: Psicoterapia + APC.
GRUPO B
TP ANTISSOCIAL
É o manipulador, irresponsabilidade, desrespeito a leis e convenções sociais; pode se associar a atos ilegais, mas não é sinônimo de criminalidade; ausência de remorso.
Parece ser calmo, confiável, mas esconde hostilidade e fúria. História de fuga de casa, abuso de substâncias, promiscuidade, roubos. Dificuldade em manter relacionamentos. Tende a impressionar clínicos do sexo oposto. (coringa e alerquina)
Ausência completa de delírios. Senso de realidade aguçada. Capacidade de racionalizar e inventar desculpas plausíveis para suas atitudes.
Diagnóstico feito a partir dos 18 anos. Características iniciam pelo menos aos 15.
-Tratamento: Maior adesão à psicoterapia quando confinados. Fármacos devem ser escolhidos criteriosamente quando há histórico de abuso de substâncias. Beta bloqs reduzem agressividade. Psicoestimulantes em caso de TDAH.
Obs.: Diferente do comportamento ilegal, que visa apenas ganhos financeiros, o comportamento antissocial abrange diversas esferas da vida do paciente.
TP BORDERLINE
Instabilidade emocional e impulsividade (sexo, gastos, abuso de substâncias, compulsão alimentar). Limítrofe entre neurose e psicose.
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